Autor

O melhor de Natal

Browsing

E lá se vão 40 anos desde que Léo Jaime indicou um amigo a Guto Goffi, Roberto Frejat, Dé e Maurício Barros. Contando uma versão nova de uma velha história, o Barão Vermelho, hoje composto por Rodrigo Suricato (guitarra, violão e voz), Fernando Magalhães (guitarra e violão), Guto (bateria) e Maurício (teclados e vocais) comemora as quatro décadas com a pompa, a circunstância e os solos de guitarra que a ocasião pede: no dia 13 de agosto vai ao ar, no Canal BIS (me dê de presente o seu bis!), o primeiro dos quatro episódios em que a banda se apresenta para uma plateia incendiária e emocionada em um teatro no Rio, ao mesmo tempo em que mistura entrevistas e imagens de bastidores. O presentaço está dividido em quatro monólitos: Acústico, Clássicos, Blues & Baladas e Sucessos, que serão exibidos no BIS aos sábados, dias 13, 20, e 27 de agosto e 3 de setembro, sempre às 23h.

Cada um deles forma uma coleção, que será lançado separadamente, pela NBV, empresa do próprio Barão. Ah! O amigo do Léo Jaime era Cazuza, claro.

Com o sólido reforço de Márcio Alencar no contrabaixo, o Barão pensou, dividiu e rearranjou seu repertório sem respeitar fronteiras muito definidas, como pede a arte. Ou seja, no bloco acústico tem blues, os sucessos são clássicos… tem pra todo mundo, é o “Barão 40 horas”, nas palavras de Maurício. Chama a atenção o clima de sacanag… quer dizer, de camaradagem entre os músicos e seus convidados, do garoto Suri, que integra o Barão desde a saída do fundador Frejat, em 2017, aos fundadores Guto e Maurício, passando pelo gentleman Fernando Magalhães, que começou a acompanhar a banda em 1985, ou seja, viveu 37 destes 40 anos. Também se percebe o brilho nos olhos da banda ao desfilar o repertório, que passeia sem solavancos por quatro décadas. A direção do especial é de Rodrigo Pinto, e os shows foram gravados nos dias 1º e 2 de junho deste ano.

A festa já começa com a maior novidade do projeto, o bloco acústico, com versões diferentes (e o violão mágico de Suri) de músicas como “Enquanto ela não chegar” e “Bete Balanço” e convidados como Chico César (em “Por você”, também reforçada pelo sanfoneiro Marcelo Caldi) e Samuel Rosa (em “Maior abandonado”), que lembra quando ouvia o Barão no rádio, ainda guri, em Beagá. Lá atrás, na época da série “Unplugged” da MTV, nos anos 1990, o Barão gravou um disco no formato, mas ele acabou não chegando ao grande público. O álbum incluirá ainda três músicas inéditas no set acústico, “Tua canção”, “Sorte e azar” e “Carne de pescoço”.

O episódio seguinte, programado para o dia 20 de agosto, sofre um pouco pela redundância: o que são clássicos do Barão? Fernando Magalhães sugere “O poeta está vivo”, que tal?, com seu solo de guitarra, um dos mais reconhecíveis de todo o rock nacional. A nova versão de “Meus bons amigos”, puxada pelo violão country-blueseiro de Suri, é de arrepiar! Depois do bloco acústico, o peso do instrumental vem com tudo, em canções como “A solidão te engole vivo” e “Tão longe de tudo”. Para encerrar aos pulos, “Por que a gente é assim?”, avassaladora, com participação de Jade Baraldo (que define a letra como “um expurgo”). Mais uma dose!

No dia 27 chega o que deve ser o bloco mais cultuado pelos fãs hard de Barão Vermelho, aquele dedicado ao blues e baladas.

– O blues é o pai do rock, é o elo de ligação entre a África e a música americana – define Guto.

Mas não qualquer blues, segundo Fernando.

O recorte traz a oportunidade de a banda lembrar músicas como “Guarda essa canção” (Dulce Quental/Frejat), do disco “Carne crua”, de 1994, e o hino “Down em mim”, uma das letras com a assinatura de Cazuza tatuada de forma mais sangrenta: “E as paredes do meu quarto vão assistir comigo/ A versão nova de uma velha história”. Maurício – que comparece com os vocais principais em “Eu não amo ninguém” – confessa que “Down em mim” dá um certo trabalho, na hora de estudar a introdução de piano que ele mesmo compôs aos 18 anos. Suri também comparece com uma composição, a bela e melancólica “Um dia igual ao outro”. A presença de Cazuza é nítida por todo o show, mas na parte do blues ela berra, até em “Amor, meu grande amor”, que não é dele (Angela Ro Ro e Ana Terra), mas é, né?

Como se o público já não cantasse todas as letras o tempo todo, o último EP leva o singelo nome de “Sucessos” e vem para esmigalhar o que restava dos corações roqueiros àquela altura da apresentação (sorte que um episódio vai ao ar por semana, para recondicionamento do músculo cardíaco). Ao cantar “O tempo não para”, Suri apresenta Lucinha Araújo na plateia, “que deu à luz não apenas o Cazuza, mais o pais inteiro”, e a câmera, esperta, pega “a maior mãe-cantora do Brasil”, na definição do filho, amarradona, cantando “Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro…”. Só as mães são felizes. Um dos momentos mais emocionantes da série (mais um?) vem no clássico dos clássicos, sucesso do sucessos, “Pro dia nascer feliz”, com a participação de ninguém menos do que Roberto Frejat – que ainda menciona que a gravação aconteceu no dia do aniversário de Peninha (1950-2016), por décadas brother e percussionista da banda. Quarenta anos de puro êxtase, fúria e folia. Ou, como dizem Guto e Maurício:

– Um dia, na escola, a gente combinou que seria músico.

Duração: 80 minutos.
Classificação: 14 anos. Acesso de menores somente acompanhados dos pais ou maior responsável.

Filho do italiano Vincenzo De Cicco e da potiguar Ana Albuquerque, Januário Cicco nasceu no dia 30 de abril de 1881 em São José de Mipibu, no Rio Grande do Norte e foi um importante nome da medicina potiguar do início do século XX. Formou-se em medicina na Universidade Federal da Bahia e mudou-se para Natal em 1906 e desde então desempenhou um papel crucial na saúde pública e privada da cidade e do estado do Rio Grande do Norte.

Até sua chegada, a cidade contava apenas com o Hospital da Salgadeira, inaugurado em 1855. Era nesse estabelecimento que a população buscava assistência médica. No entanto, no mesmo ano em que Januário chegou a Natal, o hospital teve de encerrar suas atividades devido à falta de infraestrutura adequada para atendimento ao público. Diante deste cenário, Januário Cicco reconheceu a urgência de oferecer cuidados médicos à população local de maneira mais digna e segura. Sem expectativa de apoio político ou financeiro externo, decidiu abrir um consultório em sua própria residência, dando início aos atendimentos à comunidade.

Em 1909, Januário Cicco inaugurou o Hospital de Caridade Juvino Barreto, considerado o primeiro hospital popular da cidade. O imóvel escolhido pertencia ao governador Alberto Maranhão, que gentilmente disponibilizou sua residência de veraneio para a causa. A localização da casa era estratégica, estando próxima à costa. A crença popular da época defendia que os ventos marinhos beneficiavam os tratamentos médicos. O hospital, fundado por Januário Cicco, passou a ser conhecido como Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) em 1960, nome que ainda mantém. Onofre Lopes, que deu nome ao hospital, foi o fundador da UFRN. Porém, a trajetória de Januário Cicco em Natal não se restringiu apenas a essa conquista. Ele se destacou como uma figura central na medicina popular da cidade.

Em 1927, surgiu a Sociedade de Assistência Hospitalar (SAH) com o objetivo de administrar o Hospital Universitário Onofre Lopes. Anteriormente sob controle governamental, o hospital tornou-se inteiramente civil, o que otimizou processos e reduziu burocracias. No mesmo ano, Januário Cicco iniciou uma campanha para estabelecer uma maternidade, recebendo, para isso, a doação de um terreno pelo então prefeito, Omar O’Grady.

O nascimento da Maternidade-escola Januário Cicco

Com o terreno garantido, a busca era agora por recursos para a edificação. A arrecadação estava a todo vapor com eventos, festas e leilões. Contudo, em 1937, uma tragédia pessoal abateu Januário: a perda de sua filha e esposa. Essa dolorosa experiência fez com que ele mergulhasse de cabeça no trabalho, deixando de lado qualquer envolvimento social. Em 1942, com o desenrolar da Segunda Guerra Mundial, Natal se tornou um ponto estratégico, atraindo muitos americanos à região. Eles necessitavam de uma instituição hospitalar, especialmente uma maternidade, que estava em seus estágios iniciais de desenvolvimento.

Esse cenário propiciou um impulso significativo ao projeto, e em 1950, a Maternidade de Natal foi, finalmente, aberta ao público. Às 9h do dia 15 de fevereiro daquele ano, a primeira criança veio ao mundo: uma menina batizada de Yvette, em tributo à filha que Januário Cicco perdera anos antes. O próprio Januário Cicco deixou bem claro uma coisa: “Não construí a maternidade para abrigar soldados e sim para mulheres pobres darem à luz em paz.”

A Maternidade de Natal inaugurou com 64 quartos e um número duas vezes maior de leitos, onde cada quarto tinha o nome de uma flor. Mas foi em 1961 que a maternidade foi renomeada como Maternidade-Escola Januário Cicco, servindo como campo de aprendizado para os estudantes da então recém-criada UFRN, nas áreas de obstetrícia e ginecologia. Atualmente, a maternidade destaca-se como um pilar de saúde em Natal, consolidando-se entre as melhores em atendimentos e consultas via SUS. Outro mérito da instituição é a Certificação da Qualidade de Banco de Leite Humano, concedida ao Banco de Leite Humano da Maternidade. Este reconhecimento já foi entregue seis vezes consecutivas pela Associação Brasileira de Profissionais de Bancos de Leite Humano e Aleitamento Materno (ABPBLH-AM).

Além da pioneira instituição de saúde e da maternidade, Januário Cicco também foi responsável por criar o primeiro serviço de pronto socorro de Natal; foi idealizador do primeiro banco de sangue de Natal; criador da Escola de Auxiliares de Enfermagem e foi fundador do Centro de Estudos da Sociedade de Assistência Hospitalar. Além destes incríveis feitos, Januário Cicco escreveu várias obras, entre as mais importantes estão: “O Destino dos Cadáveres” (1906); “Como se Higienizaria Natal” (1920); “Memórias de um Médico de Província” (1928); “Eutanásia” (1932). É importante ressaltar que essas obras são de extrema importância no meio médico até os dias atuais.

O legado de Januário Cicco não se restringe às paredes da maternidade que leva seu nome. Sua visão e dedicação à saúde influenciou gerações e estabeleceu padrões para a medicina no estado. A cidade de Natal deve muito a este pioneiro, que com sua paixão e compromisso, elevou os padrões de cuidado e formação médica na região. Assim, ao caminhar pelas ruas de Natal e ao ouvir o nome “Maternidade Januário Cicco”, é impossível não reconhecer a imensa contribuição deste médico potiguar para a saúde e formação médica do Rio Grande do Norte. Ele é, sem dúvida, uma das grandes personalidades da história potiguar.

Mais de 100 cidades em todo o mundo. Mais de 3 milhões de participantes. Desfrute de uma série de concertos iluminados sob a luz de velas e realizados por músicos ao vivo em alguns dos lugares mais sublimes de Natal: o Teatro Riachuelo. Dia 13 de outubro às 18h30 e às 21h. Imperdíveis!

Dia 13 de outubro às 18h30

“Candlelight: Vivaldi, As Quatro Estações” (Programa Previsto)

As Quatro Estações de Vivaldi:

  • Primavera (Allegro, Largo, Allegro Pastorale)
  • Verão (Allegro non molto, Adagio-Presto, Presto)
  • Outono (Allegro, Adagio Molto, Allegro Molto)
  • Inverno (Allegro non molto, Largo, Allegro)

Dia 13 de outubro às 21h

Candlelight: Os Clássicos do Rock (Programa Previsto)

Pink Floyd – Another Brick in The Wall
Aerosmith – Cryin’
Metallica – Enter Sandman
Metallica – Nothing Else Matters
Bon Jovi – Livin’ on a Prayer
The Beatles – Penny Lane
The Rolling Stones – Satisfaction
Nirvana – Smells Like Teen Spirit
Deep Purple – Smoke on The Water
Led Zeppelin – Stairway to Heaven
Guns N’ Roses – Sweet Child O’ Mine
Foo Fighters – Times Like These
Queen Medley:
Under Pressure
We Will Rock You
Bohemian Rhapsody

Artistas

Sexteto de Cordas – Monte Cristo

Para mais informações e para comprar os seus ingressos, acesse:
Candlelight: Vivaldi, As Quatro Estações – https://feverup.com/m/136023
Candlelight: Os Clássicos do Rock – https://feverup.com/m/136022

Classificação: a partir dos 8 anos. Menores de 16 anos deverão ser acompanhados por um adulto.

Em comemoração ao seu aniversário, Waldonys sobe ao palco do Teatro Riachuelo em um emocionante show mostrando sua história musical, aventuras, causos e muita poesia que carrega em sua bagagem recheada de experiência, alegria e sensibilidade artística.

O Cantor Waldonys tem uma relação de muito carinho por Natal, por projetos e artistas potiguares e, por esse motivo, recebeu a homenagem do título cidadão Natalense em outubro de 2022, por considerar a cidade uma extensão de sua casa.

Em seu repertório, sucessos como: “Sonho de Ícaro”, “Anjo Querubim”, “Se Lembra Coração”, “Sinônimos”, grandes clássicos como “Asa Branca”, “Riacho do Navio” e “Sabiá”, além de grandes surpresas que está preparando especialmente para esta grande celebração acompanhado de sua banda completa.

Carreira de Waldonys

Waldonys nasceu em Fortaleza em 1972, começou a tocar acordeon ainda criança, aos 10 anos. Suas referências musicais foram construídas bebendo na fonte dos menestréis da sanfona no Nordeste, Dominguinhos e Luiz Gonzaga, com quem gravou aos 15 anos.

No final dos anos 80 participou de programas de projeção nacional, morou nos Estados Unidos, e voltando ao Brasil participou de turnês e gravações ao lado de nomes como Marisa Monte, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo.

O reconhecimento do público e da crítica levaram Waldonys a ampliar os espaços da sua carreira solo, com vitoriosas temporadas pelos Estados Unidos, México, Cuba, países da América do Sul e da Europa.

Hoje com 10 CDs, um DVD, e vários clipes gravados, Waldonys traz na bagagem uma elevada sensibilidade artística no seu repertório.

Conhecido também pelos fãs e amigos pelo amor e pela arte de voar, Waldonys cruza os céus em arrojadas manobras acrobáticas a bordo do seu avião e em seus saltos de paraquedas.

Para mais informações e para comprar os seus ingressos, acesse:
https://uhuu.com/evento/rn/natal/waldonys-51-11919

Duração: 120 minutos.
Classificação: 16 anos. Acesso de menores somente acompanhados dos pais ou maior responsável.

Este marco representa um grande avanço no campo das energias renováveis. A infraestrutura, localizada no Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do SENAI-RN, em Natal, é a primeira planta-piloto do Brasil focada na produção de combustível sustentável de aviação (SAF, sigla em inglês para Sustainable Aviation Fuels).

A aviação é uma das indústrias que mais contribui para as emissões de gases do efeito estufa. Com a crescente demanda por soluções sustentáveis e práticas mais verdes, o H2CA não apenas posiciona o Brasil na vanguarda da inovação em combustíveis renováveis, mas também se alinha ao compromisso global de reduzir a pegada de carbono. O principal objetivo deste laboratório é desenvolver um combustível que contribua significativamente para a diminuição das emissões no transporte aéreo nacional.

Além do impacto ambiental positivo, o projeto também abre novos horizontes para pesquisa e desenvolvimento no país. Com o know-how e a experiência compartilhados pela Cooperação Brasil-Alemanha, espera-se que a iniciativa promova também a capacitação de profissionais, a geração de empregos qualificados e o estímulo a outras inovações na área de energias renováveis.

“Esta é uma planta-pioloto com maturidade industrial que possibilita passarmos da escala de produção experimental que tínhamos até então para uma escala maior, piloto, permitindo o desenvolvimento de testes e de novos produtos em condições reais de operação industrial”, diz a pesquisadora doutora em Engenharia de Petróleo do Laboratório de Sustentabilidade do ISI, Fabiola Correia, coordenadora do projeto.

“Até outubro deste ano, a expectativa é ter a primeira amostra do combustível para buscar a certificação junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e apresentar o produto ao mercado”, acrescenta. “Só após a certificação a etapa de comercialização é possível”.

A inauguração oficial ocorreu na terça-feira (5) e contou com a presença de representantes dos governos brasileiro e alemão, bem como líderes da indústria e pesquisadores na área de energias renováveis. Os olhos do mundo estão voltados para iniciativas como o H2CA, pois representam a intersecção entre a tecnologia e a sustentabilidade, indicando um futuro mais promissor e verde para a aviação e para o mundo como um todo.

Muitos podem não saber, mas esse mar de areia tem uma rica história cinematográfica. Ao invés dos tradicionais desertos de Marrocos ou da Arábia Saudita, as Dunas do Rosado foram o cenário escolhido para ambientar cenas icônicas da novela “O Clone”, da Rede Globo. E não parou por aí. A região também fez aparições em “Flor do Caribe” e na produção da Netflix, “3%”.

Declarada Área de Proteção Ambiental (APA) pelo Decreto no 27.695 de 21 de fevereiro de 2018, as Dunas do Rosado é a décima Unidade de Conservação estabelecida pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte. Situada entre os municípios de Porto do Mangue e Areia Branca, essa maravilha da natureza ocupa uma vasta área de 16.593,76 hectares. Além somente da sua magnitude, a APADR tem uma missão vital: salvaguardar a rica biodiversidade, regular a ocupação humana e garantir um uso sustentável de seus recursos.

Mas o que torna as Dunas do Rosado tão especiais?

São suas ondulantes montanhas de areia colorida, esculpidas meticulosamente pelos ventos que trazem sedimentos das falésias vizinhas. Situado a 250 km da capital, Natal, esse parque, considerado o maior conjunto de dunas do estado, ainda é pouco explorado pelo turismo local. No entanto, é frequentemente incorporado em roteiros que exploram as maravilhas litorâneas, como Ponta do Mel, um pitoresco vilarejo em Areia Branca.

Para os amantes da natureza, aventureiros ou simplesmente aqueles que buscam uma escapada diferente, as Dunas do Rosado surgem como um destino imperdível. Mas, o visual fica melhor ainda no nascer e no pôr-do-sol! Então vale a pena conferir! É uma chance de se perder e, ao mesmo tempo, se encontrar nas vastidões de areia, onde cada grão conta uma história e cada duna revela um segredo. Em meio à efervescência turística do litoral brasileiro, esse oásis potiguar permanece como um refúgio singular, aguardando ser descoberto por mais e mais viajantes.

Para explorar as Dunas do Rosado, o ponto de partida mais recomendado é Ponta do Mel. Este charmoso vilarejo conta com uma infraestrutura turística robusta, oferecendo pousadas, restaurantes e diversos serviços para os visitantes. É o destino perfeito para aqueles que buscam desfrutar da natureza em sua forma mais pura e simples. Para uma experiência ainda mais agradável nas dunas, opte por passeios nos momentos em que o sol está mais ameno, como nas primeiras horas da manhã ou ao entardecer.

O alto valor do aporte, oriundo da multinacional produtora de aerogeradores de origem alemã, Nordex, em parceria com sua acionista espanhola Acciona, aponta para o crescente interesse global na produção de energia limpa e no papel do Brasil como protagonista nesse cenário. O projeto, batizado de “Alto dos Ventos”, visa a construção de um Complexo Industrial voltado para a produção de Hidrogênio e Amônia verde. A iniciativa será erguida em uma vasta área de 10 hectares, tendo sua base industrial situada no município de Macau/RN.

Atualmente, o processo de licenciamento já foi iniciado junto ao Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (Idema), garantindo que todas as normas ambientais e regulatórias sejam atendidas, reforçando o comprometimento das empresas envolvidas com a sustentabilidade e o respeito ao ecossistema local.

De acordo com informações do Idema, o projeto contemplará uma estação pioneira localizada no Vale do Assu, com a geração de energia predominante proveniente de fontes eólicas (70%) e solares (30%). O Termo de Referência foi encaminhado em julho e, atualmente, encontra-se em análise pelo instituto. O empreendedor dispõe de um prazo de 180 dias para submeter o Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Se todos os documentos estiverem em ordem e não houver necessidade de informações adicionais após o envio do EIA, o Idema terá igual período, de 180 dias, para finalizar a avaliação do projeto.

Hugo Fonseca, coordenador de desenvolvimento energético da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte (Sedec/RN), informa que já foram realizadas reuniões com a empresa para discutir diretrizes relacionadas à política de desenvolvimento dessa fonte de energia. “O projeto encontra-se em licenciamento e possui alguns desafios que ainda precisam ser superados. O mais importante é o custo nivelado de produção”, explica o coordenador que frisa ainda haver um longo caminho a percorrer. “Desde o desenvolvimento da infraestrutura para produção, armazenamento e exportação, com destaque para o novo Porto-Indústria Verde, como principal meio logístico para viabilizar a produção e exportação, como também o desenvolvimento de incentivos fiscais tanto a nível federal como estadual”, diz Hugo Fonseca.

Quando empregado como combustível, o hidrogênio é percebido como um elemento chave para um futuro livre de carbono. Isso se dá pelo fato de sua combustão resultar somente na emissão de vapor de água, sem liberar poluentes na atmosfera, diferentemente do que ocorre com o carvão ou petróleo. No entanto, essa conversão exige significativa quantidade de energia. Nesse cenário, o Rio Grande do Norte se destaca, sendo líder em geração de energia eólica, com 7,43 gigawatts de capacidade instalada. Além disso, possui potencial para gerar 140 gigawatts de energia limpa offshore, o que equivale à energia produzida por dez usinas hidrelétricas de Itaipú.

Localizada no coração da capital potiguar, a Praça Pedro Velho, também conhecida popularmente como Praça Cívica, é um símbolo de resistência e de memórias vivas de gerações. Ao longo dos anos, tornou-se palco de inúmeros eventos, manifestações e encontros dos mais variados, consolidando-se como um ponto de referência para os moradores e visitantes da cidade.

A requalificação, tão esperada pela população, buscou não apenas preservar, mas revitalizar e modernizar a estrutura, tornando o espaço ainda mais convidativo e seguro para todos. A praça agora conta com iluminação LED, paisagismo renovado, bancos e áreas de descanso mais confortáveis, além de um novo playground para as crianças e uma área para apresentações artísticas e culturais. O investimento foi de R$ 2,5 milhões.

Também conhecida como Praça Cívica, o local será o cenário das celebrações tradicionais do 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, incluindo o desfile cívico-militar. Situada no centro do bairro Petrópolis, na zona Leste de Natal, o espaço não via melhorias em sua estrutura desde 2004. A arquiteta Gladys Fernandes explica que o objetivo era proporcionar um espaço moderno e funcional, mantendo, porém, o significado histórico, cultural e político da praça. Esta ganhou o apelido de “cívica” devido aos desfiles do 7 de setembro. “A gente buscou preservar alguns elementos que já tinham do ponto de vista histórico, como o busto de Pedro Velho, que é uma estátua em bronze, que veio de Paris, além de pensar um espaço voltado para o lazer, prática esportiva e cultura”, comenta.

O grupo de esculturas em bronze, com mais de um século, que inclui uma figura feminina simbolizando a Pátria e o busto de Pedro Velho, nome que batiza a praça e foi o primeiro governador republicano do Rio Grande do Norte, foi mantido intacto. Essas obras foram colocadas em um pedestal meticulosamente feito das pedras portuguesas que anteriormente pavimentavam o local. Além disso, os monumentos foram realçados com iluminação cênica. Fernandes diz que o palco para eventos, também chamado de palanque, foi idealizado como um espaço para apresentações culturais. “Ouvimos também a Funcarte e eles pediram que fosse criado um espaço para apresentação de grupos de dança, teatro, orquestra sinfônica, enfim. Da mesmo forma, o pequeno anfiteatro. Além disso, temos um espaço para convivência e o busto ficou na parte central”, conta a arquiteta Gladys Fernandes.

O paisagismo da área foi composto por árvores como Pau-Brasil e palmeira imperial, além de outras espécies nativas. A praça foi revitalizada com uma nova camada de grama esmeralda e amendoim, complementada por plantas decorativas. Para os próximos meses, a prefeitura anunciará uma programação cultural diversificada na praça, solidificando ainda mais a Praça Pedro Velho como um dos principais pontos culturais de Natal.

Natal figura na lista dos 10 destinos mais procurados pelos brasileiros, acompanhado por metrópoles como São Paulo, que ocupa o topo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Porto Alegre, Maceió e Florianópolis. A vasta programação de fim de ano na cidade do Natal, no Rio Grande do Norte, é apontada como uma das principais razões para sua crescente popularidade, de acordo com o estudo apresentado.

O relatório anual da renomada empresa norte-americana Kayak, especializada em busca de viagens, indica que dezembro concentra o maior volume de buscas de voos para a capital potiguar. Isso demonstra que, consistentemente, Natal permanece entre os destinos preferidos dos brasileiros para celebrar as festividades de fim de ano. Nesse cenário, eventos como o Carnatal, o tradicional “Natal em Natal” e as comemorações de Ano Novo se destacam.

O Carnatal, que ocorrerá nos dias 8, 10 e 11 de dezembro, já tem em sua programação grandes nomes da música, como Anitta, Léo Santana, Claudia Leitte, Thiaguinho e Felipe Amorim. Por outro lado, o “Natal em Natal” encanta com sua decoração temática e diversos palcos espalhados pela cidade. As celebrações da virada do ano também prometem, com detalhes geralmente revelados mais próximo ao evento.

David Garcia, gerente de recreação do Esmeralda Praia Hotel em Ponta Negra, destaca a importância das descobertas do relatório da Kayak: “O incremento nas buscas por Natal nos últimos meses do ano reflete a estima das pessoas pelas festas locais e a qualidade das atividades propostas na cidade durante essa época”, afirma.

Dom Nivaldo Monte, natural de Natal e nascido em 15 de março de 1918, era filho de Pedro Alexandre do Monte e Belarmina Sobral do Monte. Originários de uma família humilde e trabalhadora de agricultores do sertão pernambucano, carregavam uma profunda religiosidade. Tiveram oito filhos, mas apenas sete sobreviveram e a fé, união e preparação para a vida, eram valores centrais na criação de seus filhos. Deste núcleo familiar emergiram profissionais dedicados, como um médico, um dentista, um farmacêutico e três sacerdotes. Entre esses sacerdotes estavam o Cônego Luiz Gonzaga do Monte, que, embora tenha falecido em 1944, foi amplamente reverenciado como “sábio e santo” em sua época, e o Padre Orígenes Monte, um exemplar pai e sacerdote que foi ordenado já na fase adulta e após ser viúvo.

Apesar de sua estrutura física delicada e saúde vulnerável, Dom Nivaldo possuía um espírito inabalável e determinado. Ele nunca se submeteu aos desafios da vida, expandindo constantemente seus horizontes e, conforme suas próprias palavras, buscava “pisar firme, pensar alto e ver longe”. Iniciou sua formação secundária no Seminário Menor de Natal em 1931, com apenas 13 anos. Prosseguiu seus estudos em Filosofia e Teologia no Seminário Maior de Fortaleza entre 1934 e 1938. Além disso, participou de diversos cursos de atualização para sacerdotes e bispos, assim como cursos especializados e de extensão universitária.

Dotado de uma mente aguçada, sua lógica de pensamento revelava uma constante busca pela verdade. Estava sempre mergulhando mais profundamente no mistério dos seres e acontecimentos, em sua incessante procura por novas maneiras de compreender e existir.

O Ministério Eclesiástico de Dom Nivaldo Monte

Dom Nivaldo Monte iniciou sua trajetória eclesiástica com sua ordenação diaconal em 15 de agosto de 1940, seguida pela ordenação sacerdotal em 12 de janeiro de 1941. Este rito aconteceu na Catedral de Nossa Senhora da Apresentação em Natal, sob a benção de Dom Marcolino Esmeraldo de Sousa Dantas. Apesar de sua jovem idade, recebeu uma dispensa especial da Santa Sé para ser ordenado. Iniciou sua missão sacerdotal em São Gonçalo do Amarante em 1941 e, posteriormente, serviu nas Paróquias de Goianinha e Arez entre 1942 e 1943. A paixão por sua vocação e o zelo pastoral foram marcas registradas de seu serviço.

Mudando-se para a capital da Diocese, teve a honra de ser o primeiro Capelão militar durante a guerra, atuando como intermediário entre as guarnições brasileira e americana no posto de capitão. Junto ao renomado Padre Eugênio de Araújo Sales e outros sacerdotes, ajudou a fundar o Movimento de Natal, uma iniciativa pioneira de relevância regional e nacional.

Foi nomeado Bispo em 1963, escolhendo como lema “Mihi vivere is Christus” (Para mim o viver é Cristo). Em 1965, tornou-se Administrador Apostólico da Arquidiocese de Natal e, dois anos depois, foi nomeado Arcebispo Metropolitano, posição que manteve até sua renúncia em 1988. Seu pastoreio em Natal destacou-se pelo empenho no campo pastoral e ação social, alinhado a um comprometimento ímpar com a Igreja e sua missão. Promoveu a educação dos leigos, incentivou a formação de seminaristas e valorizou o laicato. Seu papel foi fundamental na criação de instituições como o Instituto de Teologia Pastoral – ITEPAN. em 1955.

Sua habilidade administrativa garantiu a gestão adequada dos recursos da Arquidiocese, apoiando a expansão do trabalho pastoral e social. Em sua visão de governança, buscou equilíbrio e colaboração com os poderes públicos e privados, sempre visando o bem comum.

Como bispo, Dom Nivaldo fundou o Serviço de Assistência Urbana (SAUR); construiu a Granja do Clero, em Emaús, e criou oito paróquias. Escreveu numerosos livros, entre eles “Formação do Caráter”, A Dor” e “O Coração é para Amar”. Dom Nivaldo Monte faleceu no dia 10 de novembro de 2006 e foi sepultado em Emaús, nos Jardins do Monteiro de Sant`Ana.