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O melhor de Natal

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O pastel de Tangará, apesar de partilhar o nome com o clássico salgado brasileiro, possui características únicas. A massa é fina, crocante e dourada, enquanto o recheio é generoso e variado, indo do tradicional queijo e carne ao exótico camarão e palmito. O segredo? Dizem que está na arte de preparar a massa e no toque especial dos ingredientes locais.

“Nossa receita é passada de geração em geração. É um prato que carrega a história e a cultura de Tangará”, diz Maria Aparecida, proprietária de uma das mais antigas pastelarias da cidade. A família de Maria tem preparado pastéis de Tangará há mais de 50 anos.

O pastel de Tangará se destaca não só pelo seu sabor, mas também pela sua apresentação. A massa é dobrada em um formato único, que lembra uma flor, fazendo com que cada pastel seja uma obra de arte culinária. A popularidade deste prato local não se limita apenas à cidade de Tangará. Ele tem atraído a atenção de chefs e críticos de gastronomia de todo o Brasil, fazendo com que o pastel de Tangará ganhe um lugar na lista dos pratos imperdíveis do país.

“Há uma crescente apreciação pela culinária regional brasileira, e o pastel de Tangará é um exemplo perfeito disso”, diz Carlos Santos, crítico de gastronomia. “Ele tem um sabor distintamente brasileiro, mas com um toque único que só pode ser encontrado em Tangará”.

As pastelarias locais estão vendo um aumento na demanda por esses pastéis. A cidade de Tangará, no Rio Grande do Norte, que fica a 100 km de Natal, por sua vez, tem aproveitado o interesse renovado no pastel de Tangará para promover o turismo local.

Com seu sabor inconfundível, o pastel de Tangará está se tornando mais do que apenas um prato local: é uma experiência culinária que celebra a rica diversidade e criatividade da cozinha brasileira.

Portanto, da próxima vez que você estiver viajando pelo Rio Grande do Norte, não deixe de visitar Tangará e provar um pedaço desta delícia culinária. O pastel de Tangará certamente irá surpreendê-lo com seu sabor e charme.

A bandeira de Natal é um elemento central na identidade da cidade que diariamente é hasteada com o Pavimento Nacional na fachada da Prefeitura. Criada por meio da Lei Municipal nº 978 em 08 de dezembro de 1959, a Bandeira do Município de Natal é composta por três faixas horizontais de tamanhos desiguais, sendo a superior e a inferior de cor verde e a central de cor branca. No centro da faixa branca, encontra-se o brasão da cidade. O verde representa a vegetação exuberante que abrange a região, uma constante lembrança da beleza natural que a cidade possui. A faixa branca simboliza a paz, uma característica profundamente arraigada no espírito dos natalenses.

O brasão que se localiza no centro da bandeira é o brasão da cidade de Natal. Ele foi instituído em 23 de agosto de 1909 e contém uma série de elementos simbólicos. Desde então, ela tem sido um símbolo de orgulho e identidade para os habitantes desta bela cidade. Ele é composto por um escudo azul coroado na parte externa e por uma estrela caudada de ouro, que é símbolo da cidade, na parte interna. Abaixo, uma faixa azul com a palavra “Natal”, em letras de ouro. O Brasão de Armas é usado no timbre dos papéis oficiais do município.

A bandeira, como todos os símbolos oficiais, possui um significado muito mais profundo do que apenas um desenho bonito. Ela representa a história, a cultura e a identidade de Natal, um lembrete constante do passado, do presente e do futuro desta encantadora cidade brasileira.

Desde as suas cores vibrantes até o seu brasão simbólico, cada detalhe da bandeira de Natal conta uma parte da rica história da cidade. E, assim como a cidade que representa, a bandeira é um emblema de resistência, de beleza e de uma identidade cultural única.

A Praia de Ponta Negra, com seus mais de 4 km de extensão, é um dos cartões postais mais famosos de Natal, no Rio Grande do Norte. Seu nome tem origem na coloração escura dos recifes e rochas que a cercam. Na maré baixa, estes formam belas piscinas naturais, perfeitas para um banho refrescante. Mas qual é a história da Praia de Ponta Negra?

A história de Ponta Negra remonta ao século XVII, quando os primeiros colonos portugueses se estabeleceram na região. A beleza natural da praia rapidamente chamou a atenção, tornando-se um ponto de encontro para os moradores locais e um local estratégico para a pesca. No entanto, foi apenas no século XX que a Praia de Ponta Negra começou a ganhar reconhecimento além das fronteiras de Natal. Durante os anos 1970 e 1980, a praia se transformou em um importante destino turístico, atraindo visitantes de todo o Brasil e do mundo.

As primeiras referências históricas a Ponta Negra estão documentadas na descrição do período de ocupação holandesa, que remonta a 1633, conforme registrado na Cartografia do Rio Grande do Norte. Além disso, relatos de 1877 narram a existência de uma casa de oração na vila de Ponta Negra, bem como de uma escola pública destinada ao ensino de meninos.

Após a Segunda Guerra Mundial, influenciada pela cultura norte-americana de frequentar praias, a construção de casas de veraneio foi iniciada em Ponta Negra. A partir da década de 1940, começou o desenvolvimento da Vila, que foi o centro do povoamento da área. Naquela época, a cidade era governada por José Varela, que construiu o primeiro chafariz, localizado atrás da igreja e posteriormente reconstruído em 1931 pelo Bispo Dom Marcolino Dantas. Com a chegada de um novo governo, sob a liderança de Aluízio Alves, outro chafariz foi construído na Rua do Corrupio, além da implantação da energia elétrica.

De acordo com relatos de antigos residentes, antes da metade de 1956, existiam 500 hectares de terras cultivadas em um sistema comunitário. No entanto, esse sistema acabou dificultando a legalização dessas terras, dando margem a casos de “grilagem”. Para amenizar os conflitos, uma parcela das terras foi doada ao clero de Natal, por meio de D. Eugênio Sales. Em 1964, outra parte que servia à população foi destinada ao Ministério da Aeronáutica para a construção da Barreira do Inferno, uma base da Força Aérea Brasileira para lançamentos de foguetes. Após serem desalojados de suas propriedades, uma parcela dos moradores encontrou meios de subsistência no comércio diversificado de artesanato, na administração de quiosques à beira-mar, na realização de trabalhos temporários, além da tradicional atividade pesqueira.

A praia de Ponta Negra é conhecida principalmente por seu Morro do Careca, uma duna encantadora de mais de 100 metros de altura, que é um dos principais pontos turísticos da cidade de Natal. Durante muitos anos, os turistas podiam subir livremente o Morro do Careca, mas, para preservar a duna da erosão, essa prática foi proibida na década de 1990.

Hoje, Ponta Negra é mais do que uma praia. É um bairro vibrante, repleto de hotéis, pousadas, resorts, restaurantes, bares e lojas de todos os tipos, que se misturam com a cultura local de maneira harmoniosa. Além disso, Ponta Negra continua sendo uma das melhores praias para a prática de esportes aquáticos, como surf e kite surf.

A Praia de Ponta Negra é uma prova do encanto único que Natal oferece. A combinação da beleza natural com a cultura rica e vibrante da região faz de Ponta Negra uma visita obrigatória para qualquer turista. Portanto, ao visitar Natal, não deixe de passar um dia na Praia de Ponta Negra. Seja para relaxar na areia, experimentar a culinária local ou apenas admirar o pôr do sol, Ponta Negra promete ser uma experiência inesquecível.

Com uma imponente estrutura de 62 metros de altura, este farol já foi o mais alto do Brasil e o segundo mais alto da América Latina, sendo comparável em altura a um prédio de 20 andares. O seu nome, Calcanhar, vem da localização geográfica em que se situa, na chamada “esquina” do Brasil, onde o litoral brasileiro faz uma curva acentuada, parecendo um calcanhar na forma do país.

Construído em 1912 pelo mecânico Raimundo Soares Pereira, mediante um contrato lavrado na Capitania dos Portos do Estado do Rio Grande do Norte, o farol tem uma história rica e é um símbolo de orgulho para os moradores locais. Ao longo das décadas, tem sido um guia confiável para os navios que navegam na costa do Brasil, ajudando a prevenir acidentes e garantindo a segurança de incontáveis marinheiros.

Apesar de ainda estar em operação – com uma luz que pode ser vista a mais de 60 km de distância – o Farol do Calcanhar também se tornou um destino turístico popular. Os visitantes que têm a coragem de enfrentar os 298 degraus até o topo são recompensados com uma vista deslumbrante do oceano Atlântico e da paisagem circundante. O acesso ao farol é livre e a visita guiada proporciona um olhar fascinante sobre o funcionamento do farol e a história da navegação na região. A visita ao Farol do Calcanhar é uma atração turística que vai além da beleza natural, oferecendo também uma rica experiência cultural e histórica.

Os visitantes também podem aproveitar a oportunidade para explorar a cidade de Touros, conhecida como a “porta de entrada” para as praias do norte do Rio Grande do Norte. A cidade oferece uma variedade de outras atrações, incluindo belas praias, igrejas históricas e uma culinária local deliciosa, caracterizada pelos frutos do mar frescos.

O Farol do Calcanhar é mais do que apenas um farol; é um testemunho do passado marítimo do Brasil, uma atração turística única e um símbolo de orgulho para o Rio Grande do Norte. Seja você um aficionado por história, um amante da natureza ou simplesmente alguém em busca de uma vista deslumbrante, o Farol do Calcanhar é um destino que não deve ser perdido.

Já ouviu falar em ginga com tapioca? Se você ainda não sabe o que é essa iguaria que se tornou patrimônio imaterial do Rio Grande do Norte, não se preocupe. A ginga com tapioca, conhecida também como “peixe com tapioca”, é uma iguaria típica do estado do Rio Grande do Norte, mais precisamente da capital, Natal. Esse prato, que tem como base a ginga (um pequeno peixe encontrado em abundância na costa nordestina) e a tapioca (um tipo de fécula extraída da mandioca), encanta turistas e moradores locais com sua combinação inusitada e saborosa.

A ginga, também conhecida como manjuba ou piaba, é um peixe de pequeno porte, geralmente frito inteiro, incluindo a cabeça e a cauda. Já a tapioca, um produto muito popular na culinária do Nordeste, é preparada com a goma de mandioca hidratada, que ao ser aquecida na frigideira, adquire uma consistência firme e um pouco elástica. A junção desses dois ingredientes pode parecer estranha à primeira vista, mas a combinação do sabor marcante do peixe frito com a textura única da tapioca é algo que surpreende positivamente a maioria dos que experimentam.

De origem indígena, a tapioca é um alimento que se espalhou por todo o Brasil, ganhando variações conforme a região. No entanto, é na ginga com tapioca que o Nordeste mostra como é possível transformar ingredientes simples em uma experiência culinária inesquecível.

Apesar da simplicidade dos ingredientes, a preparação desse prato exige certa habilidade. A ginga deve ser frita até ficar crocante, mas sem ressecar. A tapioca, por sua vez, precisa ter a consistência perfeita: nem muito dura, nem muito mole. É um prato que exige tempo e atenção, e isso se reflete no sabor final.

E onde encontrar essa delícia? Em Natal e em muitas cidades do Rio Grande do Norte é possível degustar a ginga com tapioca em barraquinhas de praia, quiosques e até em restaurantes sofisticados. Para os turistas, é uma excelente oportunidade de se aprofundar na cultura local e vivenciar uma tradição gastronômica que atravessa gerações.

A ginga com tapioca é mais do que um prato típico do Nordeste brasileiro. É uma experiência sensorial que envolve paladar, aroma e textura. É um convite a conhecer um pouco mais sobre a rica e diversificada cultura brasileira, uma oportunidade de se conectar com a história e as tradições do povo nordestino. E para aqueles que se aventuram a experimentá-la, o sabor é uma recompensa que vale a pena. Portanto, na próxima vez que visitar o Rio Grande do Norte, não deixe de provar a ginga com tapioca. Com certeza, será uma experiência culinária para guardar na memória.

Originalmente chamada de Presidente Juscelino, a cidade mudou de nome em outubro de 2012 em um plebiscito. Serra Caiada, com sua população de aproximadamente 10 mil habitantes, é um exemplo de comunidade onde os valores tradicionais ainda são intensamente vividos, proporcionando aos visitantes uma imersão na cultura potiguar.

A região de Serra Caiada, localizada a 80 km de Natal, no Rio Grande do Norte, abriga os tonalitos gnaisses mais antigos do Brasil e da América do Sul. Há uma década, essas rochas foram datadas com aproximadamente 3,5 bilhões de anos, remontando aos estágios iniciais do desenvolvimento do nosso planeta durante o período Arqueano. Atualmente, pesquisadores estão dedicados ao estudo de rochas na mesma região, que podem possuir uma idade ainda mais impressionante de aproximadamente 3,8 bilhões de anos. À medida que avançam as investigações geológicas, aumenta a probabilidade de descobrir rochas ainda mais antigas.

A cidade é abençoada com paisagens naturais impressionantes. Sua serra, por exemplo, é uma formação rochosa que se ergue majestosamente sobre a cidade. Suas trilhas desafiadoras atraem aventureiros da escalada e amantes do ecoturismo de todo o Brasil. De cima da serra, é possível ter uma visão panorâmica de tirar o fôlego de todo o município e das áreas rurais circundantes.

O patrimônio cultural de Serra Caiada é rico e diversificado. A cidade sedia diversos eventos durante o ano, como a tradicional Festa da Padroeira, que atrai visitantes de todas as partes do estado e até mesmo de outros estados. As festividades religiosas, como a Via Sacra na Semana Santa, também são momentos de grande importância para a comunidade local.

A economia da cidade é baseada principalmente na agricultura e na pecuária, com destaque para a produção de leite de cabra e de boi. A cidade também se destaca na produção de frutas, como a manga e a goiaba, que são comercializadas em outras partes do estado.

Apesar de suas limitações em termos de infraestrutura, Serra Caiada tem se esforçado para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes e para receber os visitantes de forma acolhedora. A educação é uma prioridade, com várias escolas e uma unidade do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) oferecendo oportunidades de aprendizado e formação profissional para a população local. Enquanto a cidade continua a crescer e se desenvolver, a essência do que torna Serra Caiada única permanece intacta. Os laços de comunidade, a rica cultura e a beleza natural deslumbrante combinam-se para criar uma experiência que é genuinamente inesquecível.

Para quem procura uma viagem fora do comum, longe da agitação dos grandes centros, Serra Caiada é, sem dúvida, uma opção a ser considerada. Aqui, o visitante pode desfrutar de uma experiência autêntica, marcada pela hospitalidade do povo, pela cultura rica e pela beleza natural exuberante. Serra Caiada é, sem dúvida, a pérola escondida do Rio Grande do Norte.

O Castelo Zé dos Montes, localizado na Serra da Tapuia, no município de Sítio Novo, no estado do Rio Grande do Norte, foi idealizado e construído pelo artesão José Antônio Barreto, conhecido carinhosamente como Zé dos Montes. O trabalho de construção do castelo teve início na década de 1980 e foi realizado com a ajuda de poucos recursos e muita determinação. Utilizando técnicas rudimentares e materiais recolhidos da região, Zé dos Montes dedicou mais de trinta anos de sua vida à construção do castelo, transformando um sonho em realidade.

A imponência do Castelo Zé dos Montes impressiona. Com cerca de 3.000 metros quadrados de área construída, a estrutura possui torres, muralhas, passagens secretas e uma arquitetura que remete aos antigos castelos medievais. O uso predominante de pedra e cimento dá ao castelo uma aparência rústica e ao mesmo tempo encantadora.

Além da beleza arquitetônica, o castelo guarda em seu interior uma história fascinante. Ao entrar no castelo, os visitantes são transportados para um mundo de mistério e magia. O espaço abriga diversos objetos e esculturas, muitos deles criados pelo próprio Zé dos Montes.

A visitação ao Castelo Zé dos Montes é uma experiência única. Os turistas podem explorar as várias salas do castelo, subir nas torres e apreciar a vista panorâmica da região. Há também a possibilidade de participar de visitas guiadas, nas quais é possível conhecer detalhes da construção e ouvir as histórias curiosas e inspiradoras sobre a vida de Zé dos Montes.

O castelo se tornou um ponto turístico importante no Rio Grande do Norte, atraindo visitantes de todo o país e até mesmo do exterior. Além disso, o local é palco de eventos culturais e religiosos.

A preservação do Castelo Zé dos Montes é uma preocupação constante. A família de Zé dos Montes, juntamente com as autoridades locais, trabalha para manter a estrutura em bom estado e garantir que as gerações futuras possam apreciar essa obra de arte arquitetônica.

Se você está em busca de um passeio único e encantador, o Castelo Zé dos Montes é uma parada obrigatória no Rio Grande do Norte. Sua grandiosidade e história inspiradora proporcionam uma experiência inesquecível, onde a imaginação e a realidade se fundem. Ao explorar cada canto desse castelo peculiar, os visitantes podem apreciar a paixão e dedicação que permearam cada pedra.

A localização remota do Castelo Zé dos Montes, cercado pela paisagem árida do sertão nordestino, contribui para a sensação de isolamento e mistério que envolve a construção. É como se o castelo fosse um refúgio encantado, afastado do mundo moderno, onde os visitantes podem se desconectar do estresse cotidiano e se deixar envolver pela atmosfera única do lugar. Além disso, a história por trás do Castelo Zé dos Montes cativa a imaginação de todos que o visitam.

A dedicação incansável de Zé dos Montes em dar vida a sua visão é um exemplo de determinação e perseverança. Seu trabalho árduo e criatividade são testemunhos de que os sonhos podem se tornar realidade, independentemente dos obstáculos que se apresentem. José Antônio Barreto, o Zé dos Montes, morreu em julho de 2020, aos 88 anos de idade.

O Castelo Zé dos Montes é mais do que uma construção impressionante, é um símbolo da cultura e identidade do Rio Grande do Norte. Sua singularidade atrai não apenas turistas em busca de um destino turístico incomum, mas também estudiosos, historiadores e amantes da arquitetura, que encontram nesse castelo um verdadeiro tesouro. E se você está em busca de uma aventura que combina história, arquitetura e um toque de magia, não deixe de visitar o Castelo Zé dos Montes. Permita-se mergulhar nesse universo encantado e descobrir a beleza que pode ser criada por meio da paixão e da dedicação de um homem visionário.

A formação das dunas começa com um dos protagonistas mais poderosos da natureza: o vento. Ele atua como um mestre de cerimônias, movimentando grãos de areia em uma dança contínua. Quando o vento encontra uma superfície exposta, como praias ou desertos, ele acaricia suavemente as partículas de areia e as transporta pelo ar. Esse processo, chamado de erosão eólica, é o primeiro passo na formação das dunas.

A areia carregada pelo vento viaja em um turbilhão de movimentos, impulsionada pela força do ar. Mas o que faz com que essas partículas parem e se acumulem em um só lugar? Aqui entra o segundo elemento-chave: a deposição de sedimentos. Quando o vento encontra barreiras naturais, como pedras, plantas ou mudanças na topografia, sua velocidade diminui e a capacidade de transporte das partículas diminui também. Isso faz com que a areia seja depositada, criando pequenas elevações que gradualmente se transformam em dunas.

A topografia do local também desempenha um papel crucial na formação das dunas. Relevo inclinado, vales ou dunas já existentes podem redirecionar os ventos e criar áreas de menor velocidade do ar, propícias para a deposição de sedimentos. Essas regiões são chamadas de zonas de deflação, onde a areia se acumula e dá origem às dunas. O formato e o tamanho das dunas também são influenciados pelos ventos dominantes, que podem ser responsáveis por dunas transversais, longitudinais ou em forma de estrela.

O Papel da Vegetação: Guardiãs das Dunas

A vegetação desempenha um papel importante na formação e estabilização das dunas. Plantas adaptadas a esses ambientes hostis conseguem resistir ao vento e estabelecer raízes profundas na areia. Essas raízes agem como âncoras, fixando a areia e impedindo que ela seja facilmente transportada pelo vento. A vegetação também diminui a velocidade do vento próximo ao solo, promovendo a deposição de sedimentos e a formação de pequenas dunas ao seu redor.

As dunas são incrivelmente diversas, apresentando uma ampla gama de formas e tamanhos ao redor do mundo. Dunas costeiras, como as encontradas em regiões litorâneas como as de Natal, Pipa e tantos outros destinos do Rio Grande do Norte, são moldadas pela combinação da ação do vento com as ondas e correntes marinhas. Elas se erguem como guardiãs protetoras contra a erosão costeira, criando paisagens espetaculares.

Já as dunas eólicas, típicas de áreas desérticas, são as mais conhecidas e populares. Elas se formam em resposta à ação contínua dos ventos, acumulando areia em montes imponentes que se estendem por quilômetros. Suas formas podem variar desde dunas em forma de crescente, conhecidas como barchans, até grandes cordilheiras de dunas que parecem ondas congeladas no tempo. Dunas longitudinais, transversais e estreladas são exemplos de dunas que se desenvolvem em diferentes configurações, dependendo da direção e intensidade dos ventos dominantes. Essas dunas apresentam padrões geométricos distintos e proporcionam uma visão deslumbrante quando vistas do alto.

À medida que compreendemos melhor os processos de formação das dunas, também surge a necessidade de proteger e preservar essas preciosidades naturais. As dunas são ecossistemas frágeis e delicados, com uma rica biodiversidade adaptada a condições extremas. A remoção excessiva de areia, a degradação ambiental e as mudanças climáticas representam ameaças significativas a essas formações.

A conservação das dunas envolve a implementação de políticas de gestão ambiental, monitoramento contínuo e ações educativas para conscientizar as pessoas sobre a importância desses ecossistemas únicos. Restrições à exploração excessiva de areia, controle da urbanização desenfreada e medidas de restauração são essenciais para manter a integridade desses ambientes.

Dunas do Rio Grande do Norte: Encantamento e Inspiração

Além de sua importância ecológica, as dunas também exercem um fascínio profundo sobre os seres humanos. Sua beleza cativante, imortalizada em filmes, obras de arte e fotografias, atrai visitantes de todo o mundo. As atividades de ecoturismo, como caminhadas e passeios de buggy, oferecem a oportunidade de vivenciar de perto a grandiosidade dessas formações. As dunas também foram e são fontes de inspiração para poetas, escritores e artistas, que encontram na harmonia de suas formas e no contraste entre a areia dourada e o céu azul uma fonte inesgotável de criatividade. As histórias e lendas associadas às dunas alimentam nossa imaginação, criando um senso de mistério e aventura.

As dunas são testemunhas silenciosas da incrível capacidade da natureza de moldar paisagens espetaculares. Seu processo de formação, alimentado pela dança do vento e da areia, é uma ode à grandiosidade e à complexidade do nosso planeta. Compreender os processos envolvidos na formação das dunas nos permite apreciar sua beleza e valorizar sua importância como ecossistemas únicos.

A famosa e badalada Praia de Pipa, localizada no município de Tibau do Sul, e situada a aproximadamente 85 km de Natal, é um dos principais destinos para aqueles que desejam ver de perto esses inteligentes e sociáveis mamíferos marinhos. O charme dos golfinhos se une à beleza natural da região para proporcionar uma experiência inesquecível.

A Praia da Pipa é conhecida como o Santuário dos Golfinhos. Eles costumam aparecer em maior número pela manhã, tornando este o melhor momento para visitá-los. No entanto, os golfinhos podem ser vistos durante todo o dia, nadando livremente e brincando nas ondas. E para aqueles que desejam uma experiência mais próxima, existem empresas de turismo locais que oferecem passeios de barco para observação dos golfinhos. Com o respeito e cuidado necessários, os turistas podem observar os animais em seu habitat natural, sem perturbá-los.

Baía dos Golfinhos: um lugar inesquecível

O encanto isolado da Baía dos Golfinhos, uma das praias mais privadas de Pipa, realça ainda mais sua beleza única. Este lugar oferece um oásis de calma, sendo menos frequentado por turistas e com poucos vendedores ambulantes. Perfeito para desfrutar do descanso ao ritmo suave das ondas do mar, ao toque refrescante da brisa costeira e para apreciar as impressionantes falésias coloridas que compõem a paisagem. O lugar é ideal para um tranquilo passeio ao entardecer ou ao amanhecer, além de ser propício para a prática de natação, graças ao mar tranquilo. Para os interessados, há a possibilidade de aluguel de caiaques, pranchas e frescobol. Tudo isso permite um divertido tempo em família, enquanto se aprecia a beleza dos golfinhos e suas acrobacias.

Promovido pela plataforma TripAdvisor, o prêmio Travellers’ Choice 2022 foi divulgado no ano passado e uma praia incrível do Rio Grande do Norte ficou entre as 10 melhores do mundo: a Baía dos Golfinhos, em Pipa, ficou em 9º lugar. A Baía dos Golfinhos é verdadeiramente digna de seu nome, sendo um local impressionante e perfeito para aqueles que desejam um contato singular com essas magníficos mamíferos. Nessa região, os golfinhos são os verdadeiros protagonistas, recebendo seus visitantes com grande alegria e executando acrobacias e saltos em uma festa contagiante. É realmente uma experiência única que todos deveriam viver!

As belezas da Praia de Sagi, em Baía Formosa, atraem os golfinhos

Um pouco mais ao sul encontramos a Praia de Sagi, situada na cidade de Baía Formosa, onde os visitantes também têm a oportunidade de ver golfinhos. Esta praia menos conhecida é um tesouro escondido para aqueles que buscam um contato mais íntimo com a natureza. Porém, é muito importante lembrar que a presença dos golfinhos não é garantida, já que eles são animais selvagens e seu comportamento pode variar. No entanto, as chances de avistá-los são altas.

A Praia do Sagi é, na verdade, uma pequena vila de pescadores que, há pouco, se abriu para o turismo. Distante 90 km de Natal, para chegar à última praia do Rio Grande do Norte é preciso dirigir por 20 quilômetros de estrada de terra. É só assim que você poderá descobrir o que a Baía Formosa tem de especial: um paraíso de natureza intocada.

Mirante dos Golfinhos, em Tabatinga

Próximo à Natal, entre as praias de Búzios e Tabatinga, está o Mirante dos Golfinhos, um paraíso escondido que oferece uma experiência única para os visitantes. Localizado no litoral sul do Rio Grande do Norte, o Mirante dos Golfinhos é um dos pontos turísticos mais procurados da região. Uma das suas características mais marcantes é a possibilidade de observar golfinhos saltando das águas, um espetáculo natural que encanta turistas de todas as idades.

O mirante, situado em um ponto estratégico na praia de Tabatinga, oferece uma vista panorâmica deslumbrante do Oceano Atlântico. As falésias coloridas, que cercam a praia, adicionam ainda mais beleza à paisagem. Mas o que realmente faz o coração dos visitantes bater mais rápido é o espetáculo dos golfinhos. Geralmente, no início da manhã, é possível vê-los brincando e saltando nas águas cristalinas. Para muitos, é uma experiência mágica e inesquecível.

Além da observação dos golfinhos, o Mirante oferece outras atrações. A Praia de Tabatinga é conhecida por suas piscinas naturais durante a maré baixa, ideais para banho e prática de snorkeling. Já o passeio pelas falésias é uma oportunidade de apreciar a fauna e flora local e de conhecer um pouco mais sobre a geologia da região. A preservação ambiental é uma preocupação constante na região do mirante. O local é mantido em harmonia com a natureza, sem qualquer intervenção que possa prejudicar o habitat natural dos golfinhos ou a beleza cênica da praia.

Para visitar o Mirante dos Golfinhos, é recomendado o uso de protetor solar, chapéu e roupas leves, devido ao forte calor da região. E, claro, não esqueça a câmera fotográfica para registrar os momentos incríveis que certamente irá vivenciar.

A observação de golfinhos no Rio Grande do Norte não apenas proporciona momentos de pura beleza e encanto, mas também serve para lembrar da importância da conservação dos nossos ecossistemas marinhos. Os golfinhos são um indicador de saúde do oceano e sua presença é um sinal positivo. Portanto, se você é um amante da natureza e quer uma experiência única e fascinante, o Rio Grande do Norte é o lugar perfeito para você.

Prepare sua câmera, traga seu binóculo e venha apreciar a graça e beleza dos golfinhos em um dos destinos mais belos e encantadores do Brasil.

Fundada em 1599, a cidade de Natal tem suas raízes na Praça André de Albuquerque, que abriga o Marco Zero da cidade e que é portanto, o mais antigo logradouro público de Natal. A praça também conhecida popularmente como Praça Vermelha, e que inicialmente foi chamada de Praça da Matriz, recebeu esse nome em homenagem a André de Albuquerque Maranhão, um importante líder na história do Rio Grande do Norte e um dos principais nomes na luta pela independência do Brasil na região, na Revolução Pernambucana de 1817, que teve como principal objetivo a instalação de um sistema republicano e a separação das províncias de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande da colônia portuguesa na América. André de Albuquerque Maranhão, conhecido como Andrezinho de Cunhaú, era bisneto de Jerônimo de Albuquerque, que ao lado de Manuel Mascarenhas Homem fundaram a cidade do Natal. Ao longo dos séculos, a praça tem sido palco de diversos eventos políticos e culturais, servindo como ponto de encontro para a população natalense.

A Câmara Municipal de Natal deu origem à praça em 1888, quando decidiu renomear a Rua Grande com o nome atual da praça. Desde o final do século XIX, a praça tem sido alvo de diversas intervenções por vários governos, que adicionaram monumentos, modificaram a paisagem e acrescentaram novos equipamentos públicos. Além de ser o local de nascimento da cidade, a praça é uma das mais importantes por estar situada em uma área que abriga prédios significativos para a sociedade natalense, como a Catedral Antiga de Natal (Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação) e o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.

Os arredores da Praça André de Albuquerque

Em torno da Praça André de Albuquerque estão alguns dos prédios históricos e instituições que representam a riqueza arquitetônica e cultural de Natal. Entre eles, destacam-se:

  1. A Catedral Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, também conhecida como Igreja Matriz ou Sé Antiga;
  2. Palácio Felipe Camarão: Sede da Prefeitura de Natal, esse edifício histórico foi construído no século XVII e passou por várias reformas ao longo dos anos, incorporando elementos de diferentes estilos arquitetônicos.
  3. Igreja do Galo: Também conhecida como Igreja de Santo Antônio, essa igreja foi construída no século XVIII e é um exemplo do barroco brasileiro. Sua torre, com um galo no topo, é um dos principais símbolos de Natal.

A Praça André de Albuquerque é um importante espaço de encontro e celebração cultural na cidade de Natal. Sua importância transcende a mera localização geográfica, servindo como um símbolo da identidade natalense e da riqueza histórica e cultural da cidade.

Para quem visita Natal, a Praça André de Albuquerque é uma parada obrigatória para conhecer de perto o coração histórico da capital potiguar. Ao longo do ano, a praça recebe eventos como feiras de artesanato, exposições de arte, apresentações musicais e manifestações culturais diversas. Além disso, a praça é um local de comemoração de datas importantes, como o Dia da Independência do Brasil e o aniversário da cidade de Natal.