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O melhor de Natal

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Com uma média anual que oscila entre 24°C e 30°C, a queda acentuada na temperatura tem surpreendido e desafiado os moradores de Natal. Mas a Cidade do Sol, que tem vivido dias mais frios, já viveu temperaturas muito mais baixas. Quem viveu aquele dia, em 9 de outubro de 1967, recorda com certa surpresa o súbito frio que abraçou a cidade.

De acordo com o INMET, aquela manhã de outubro desafiou todas as expectativas e provou que, mesmo nos trópicos, os termômetros podem surpreender. O recorde anterior, de 12,1°C, registrado em 1945, foi superado por uma margem significativa, solidificando o dia 9 de outubro de 1967 na memória meteorológica do Rio Grande do Norte. Aquele dia, mais de meio século atrás, é uma curiosidade climática que rompe com a tradicional imagem tropical da cidade. Desde então, a temperatura mais baixa registrada em Natal foi de 14,8°C, em 28 de junho de 1959.

Aqueles que recordam o dia frio em Natal descrevem a cidade como irreconhecível, envolta em uma névoa de inverno, com os moradores buscando agasalhos para se proteger do frio atípico. Muitos se perguntavam se o frio intenso seria uma tendência, mas, como a história mostrou, o episódio foi um fenômeno isolado. A marca de 10,6°C em Natal serve como um lembrete de que a natureza tem a capacidade de surpreender e que o clima, mesmo em regiões conhecidas por suas temperaturas elevadas, pode desafiar as expectativas. Hoje, mais de 50 anos depois, os moradores de Natal ainda relembram daquele dia, prova de que, mesmo nos trópicos, o frio pode dar o ar de sua graça.

Encravado no coração de Ponta Negra, bairro pulsante de Natal, no Rio Grande do Norte, encontra-se um oásis de surpresas culinárias: o restaurante “Sushi Terra do Sol”. Em um ambiente acolhedor e simples, de fachada modesta, a beleza desse restaurante se revela na criatividade e excelência dos pratos servidos. Com o sushi e o sashimi de qualidade incontestável, o Sushi Terra do Sol justifica sua reputação como um dos melhores restaurantes japoneses de Natal.

Combinando ingredientes frescos, preparo meticuloso e apresentação artística, cada prato é uma experiência em si. O peixe, fresco e suculento, harmoniza-se de forma sublime com o arroz perfeitamente cozido e temperado, proporcionando uma experiência de sabor simplesmente sublime, enquanto o toque de wasabi traz aquele toque final de emoção à palheta de sabores.

Como foi a nossa experiência no Sushi Terra do Sol?

Nossa experiência foi além da impecável execução da culinária tradicional japonesa. Logo na entrada, somos acolhidos por uma atmosfera tranquila e uma equipe atenciosa, que nos prepara para uma experiência verdadeiramente imersiva. O menu, variado e rico, ostenta uma seleção impressionante, mas o que realmente diferencia o Sushi Terra do Sol dos seus concorrentes, é sua inovação. A estrela do cardápio é, sem dúvida, o Sushi Burger.

Esta deliciosa reinterpretação do clássico americano para a culinária japonesa é uma explosão de sabor, com ingredientes que variam desde o salmão fresco e atum cozido, grelhados com cream cheese, empanados com maionese especial e alface até o sabor californiano, com kani, pepino e manga em tiras. Além disso, em sua versão skin, você poderá saborear um pão especial empanado com recheio de pele do salmão empanada e frita com maionese especial e alface. Sua popularidade crescente é evidência de uma criatividade que não tem medo de experimentar. O Sushi Burger do Terra do Sol é uma fusão de culturas que não só faz sentido, mas também nos faz perguntar por que não experimentamos antes.

A generosidade do Sushi Terra do Sol, em Ponta Negra, não se restringe à qualidade e inovação dos pratos. Todos os dias, de segunda a domingo (com exceção das terças-feiras), o restaurante oferece promoções de barcas repletas de delícias com um desconto muito especial. Não importa o dia da semana, você sempre encontrará uma nova oportunidade para se deleitar com uma infinidade de sabores. Cada peça, meticulosamente preparada, é uma pequena obra de arte culinária, combinando texturas e sabores em perfeita harmonia.

O Sushi Terra do Sol é uma verdadeira celebração de harmonia e inovação culinária. Embora seja simples em sua aparência, é complexo e fascinante em suas ofertas, provando que a culinária japonesa em Natal tem muito a oferecer. Em uma cidade conhecida por sua vibrante cultura culinária, este restaurante é um farol que brilha com a promessa de uma experiência gastronômica inesquecível. Com seu Sushi Burger inovador, temakis deliciosos, sunomono, ceviches, tatakis, shimejis, sushis, sashimis e hots excepcionais, e promoções diárias tentadoras, é uma joia que qualquer amante de culinária japonesa deve experimentar.

Quem pensa que a culinária japonesa é estritamente tradicional vai se surpreender com a experiência que o “Sushi Terra do Sol” proporciona. O restaurante não tem medo de desafiar convenções e misturar o novo com o antigo, criando um mosaico de sabores que reflete a própria diversidade e vitalidade de Natal. Assim, cada visita ao “Sushi Terra do Sol” é uma nova aventura gastronômica, com inúmeras possibilidades de descobertas e deleites.

E se você também quiser viver esta experiência gastronômica em casa, o restaurante faz entregas através do endereço: https://b2foodapp.com.br/app/sushiterradosol

O Sushi Terra do Sol fica na Avenida Estrela do Mar, 2143, em Ponta Negra, na galeria da Pousada Maria Bonita, bem ao lado do Condomínio Duna Barcane.

Originário dos povos berberes do Norte da África, mais especificamente da região do Magreb, que inclui países como Marrocos, Líbia, Tunísia, Argélia e Saara Ocidental, o cuscuz trilhou uma rota complexa para se estabelecer na culinária brasileira. Primeiro, cruzou as águas do Mar Mediterrâneo em direção à Península Ibérica, para depois navegar o Oceano Atlântico rumo ao Novo Mundo. Nesta jornada, foi reinterpretado, reformulado e redescoberto, assumindo diversas formas por todo o Brasil. Inicialmente, tornou-se uma base alimentar vital para os povos indígenas, evoluindo em seguida para um potente símbolo de resistência no semiárido sertanejo.

No século XVI, com a chegada dos portugueses ao Brasil, diversos novos ingredientes e pratos foram introduzidos no país, incluindo o cuscuz. Naquela época, Portugal já tinha contato com a culinária do Norte da África, devido às suas rotas comerciais e conquistas territoriais. Originalmente feito de sêmola de trigo, um ingrediente bastante presente na culinária do norte da África, o cuscuz representa hoje uma das maiores riquezas imateriais da região Nordeste. Prato dotado de extrema democracia, pode ser degustado de incontáveis maneiras e é um emblema forte de identidade cultural, sublinhando a força e resiliência do povo nordestino.

Qual a origem do nome Cuscuz?

O nome “couscous” é a versão em francês de “k’seksu”, palavra criada pelos colonizadores na Argélia. Em berbere, “k’seksu” é uma referência ao som do vapor na cuscuzeira durante o cozimento. No Brasil, couscous foi abrasileirado para cuscuz.

O cuscuz no nordeste

Vários fatores contribuíram para a ascensão rápida do cuscuz na região Nordeste. O milho, nativo do Brasil, era abundante e capaz de resistir a diversas condições climáticas, tornando-o um recurso confiável. Ademais, é um alimento de alto valor nutritivo. A facilidade de seu preparo o tornava acessível a todos. Os povos indígenas, ao serem apresentados ao cuscuz, identificaram as vantagens que ele oferecia e rapidamente incorporaram-no em suas dietas.

Professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal da Paraíba, que pesquisa comunidades e povos indígenas no Nordeste brasileiro, Estevão Palitot explica que o cuscuz, na verdade, não é um ingrediente específico. Nem uma receita. “O cuscuz é o modo de preparo. É um grão que é hidratado e cozido”, destaca.

Consequentemente, encontramos diversas versões de cuscuz ao redor do mundo. Seja o berbere, o paulista, ou o originário do arquipélago de Cabo Verde, cada um deles apresenta características singulares e acompanhamentos específicos. Contudo, no Nordeste, região que se destaca pela versão mais popular do prato no Brasil, o cuscuz é preparado de maneira extremamente simples: utilizando flocos de milho moído cozidos a vapor. Essa preparação lhe confere seu reconhecível e vibrante tom amarelo. “O cuscuz no Nordeste vira uma mistura de tradições afroindígenas, em que o português é mero contrabandista”, declara o professor Estevão Palitot.

Mais do que um simples prato, o cuscuz nordestino tornou-se um símbolo de identidade cultural e resistência. Ele é um alimento básico no café da manhã nordestino, muitas vezes servido com leite, queijo, manteiga, ou acompanhado de ovos, carne ou frango. Em algumas regiões, é também preparado com camarão, legumes e temperos, transformando-se numa refeição completa.

A simplicidade do cuscuz, aliada à sua versatilidade, faz dele um prato democrático e amado por pessoas de todas as idades e classes sociais. Seu sabor, adaptabilidade e importância cultural, ressaltam a riqueza da culinária nordestina e a capacidade de sua gente de transformar e recriar tradições. A história do cuscuz nordestino é um exemplo vivo de como a culinária é um reflexo da cultura e das transformações sociais de um povo.

A viagem do cuscuz, da África para o Brasil, e sua transformação ao longo dos séculos, simboliza a rica tapeçaria da culinária brasileira e a adaptação da nossa sociedade às influências externas, sempre criando algo único e inconfundivelmente brasileiro.

Perobas é uma praia ainda pouco explorada e frequentada majoritariamente por habitantes locais e turistas que buscam um contato mais íntimo com a natureza. Sua tranquilidade, somada à beleza exuberante, fazem desta praia um paraíso. A moldura natural, com suas areias brancas e macias, coqueiros balançando ao sabor do vento, e águas calmas e cristalinas, compõem um cenário digno de cartão postal. Você precisa conhecê-la em sua próxima viagem ao Rio Grande do Norte.

Um dos grandes destaques da Praia de Perobas é a possibilidade de explorar os magníficos recifes de corais que a circundam. Durante a maré baixa, formam-se piscinas naturais que proporcionam aos visitantes a oportunidade única de mergulhar em meio a uma variedade de peixes coloridos e outros seres marinhos. A experiência é acessível para mergulhadores de todos os níveis, e há diversos operadores de turismo locais que oferecem equipamentos e guias para garantir uma aventura segura e inesquecível. A região de Perobas é também famosa pela presença de golfinhos, que frequentemente são avistados alegremente brincando nas águas ao redor. As excursões em barcos pequenos, conduzidas por experientes guias locais, são uma forma fascinante de se conectar com estas criaturas encantadoras em seu ambiente natural.

Embora a infraestrutura de Perobas seja modesta, ela é acolhedora e autêntica. Há uma variedade de pousadas charmosas e restaurantes onde os visitantes podem saborear pratos da culinária local e desfrutar de frutos do mar frescos. A hospitalidade calorosa dos moradores é algo que os visitantes frequentemente destacam, adicionando uma dimensão pessoal à experiência.

No que diz respeito à tranquilidade, beleza natural e cultura rica, a Praia de Perobas é sem dúvida um tesouro do Rio Grande do Norte. Este destino é imperdível para os amantes da natureza, amantes da cultura, e aqueles que simplesmente desejam desfrutar de um pouco de paz e sossego em uma bela praia brasileira. Com a retomada do turismo, este é o momento ideal para descobrir os encantos de Perobas, um verdadeiro paraíso natural.

Uma mega produção, com 30 integrantes no palco, num espetáculo totalmente cantado e tocado ao vivo, além de um belíssimo ballet, backing vocals, banda e orquestra, que interpretam com maestria as músicas conhecidas por todos.

O cenário, coreografias, trocas de 50 figurinos e uma iluminação de última geração ajudam na imersão deste belíssimo espetáculo que traz os maiores sucessos do “Rei do Rock and Roll”, que fará com que todos se emocionem em uma viagem musical e visual que surpreenderá e encantará o público.

O espetáculo conta com direção técnica de Paulo Machado, direção executiva de Daniela Schiarreta e direção de grandes mestres da cena artística da atualidade. Com direção musical do maestro Eduardo Pereira, preparação vocal de Mariana Nunes, coreografias de Tatiana Abbiati, Alessandra Lona como dance captain, direção residente de Ewerton Novaes e direção geral do renomado diretor Bruno Rizzo, que assina a direção de grandes espetáculos como “Queen Experience In Concert”, “Abba Experience In Concert”, “Amazing Tenors, Sings Bocelli”, “Pink Floyd Experience In Concert”, “Embalos de Sábado à Noite, O Musical”, entre outros.

Para mais informações e para comprar os seus ingressos, acesse:
https://uhuu.com/evento/rn/natal/the-king-elvis-experience-11508

Duração: 75 minutos
Classificação: Livre- Acesso de menores somente acompanhados dos pais ou maior responsável.

Natal destaca-se como um dos locais favoritos tanto para os turistas brasileiros como para os visitantes internacionais que visitam o Brasil. Com uma diversidade de atividades para satisfazer todos os interesses, não é de se surpreender que seja um destino tão apreciado. Para os amantes de aventura ou aqueles que apreciam um refrescante mergulho em uma lagoa, com uma vista panorâmica deslumbrante, a Lagoa de Jacumã surge como uma visita obrigatória, sendo um dos passeios emblemáticos da cidade de Natal.

A Lagoa de Jacumã está a 35 quilômetros da cidade de Natal, mais especificamente localizada na cidade de Ceará Mirim. A lagoa é rodeada por uma densa vegetação de mata atlântica, habitada por uma rica fauna e flora, contribuindo para a biodiversidade da região. Além da sua beleza cênica, a lagoa de Jacumã também se destaca pelas atividades de lazer que oferece.

Os turistas podem optar por um passeio tranquilo de pedalinho ou se aventurar em uma emocionante descida de esquibunda (ou skibunda), uma prancha para escorregar sobre as dunas até a lagoa, proporcionando momentos radicais e de muita diversão. No esquibunda a pessoa irá sentada e com as mãos para trás, sentindo as dunas enquanto desce. Além disso você poderá se divertir com o Kamikase, uma lona sobre as dunas onde os turistas se deitam sobre uma prancha e deslizam nessa lona, tendo uma sensação de bastante adrenalina devido a velocidade, e ao cair na água da lagoa uma sensação refrescante.

Além disso, você poderá curtir o Aerobunda, uma tirolesa que também cai na água da Lagoa de Jacumã. Através de um cabo de aço que inicia no topo da duna, o aventureiro se pendura no suporte e deixa ser levado pelo cabo de aço que escorrega até a lagoa, onde ele cai em um delicioso e divertido mergulho. E se a sua preocupação é subir até o topo da duna, não se preocupe, pois há um trilho puxado a motor que leva os turistas até o local de descida dessas atrações. Além disso, depois que o turista cai na água no Aerobunda, há uma balsa que o leva até o local na beira da lagoa. E para aqueles que preferem um passeio mais tranquilo, também é possível alugar uma jangada e desfrutar da tranquilidade das águas calmas da lagoa.

A gastronomia local é outro atrativo da região. Os quiosques e barracas ao redor da lagoa oferecem uma variedade de pratos típicos da região, que vão desde peixes frescos a deliciosos pratos à base de camarão, sem esquecer a tradicional tapioca e o famoso “bolo de rolo”. Comer em um desses quiosques à beira da lagoa é uma experiência gastronômica que se soma à beleza natural do local.

Com tantos atrativos, não é surpresa que a Lagoa de Jacumã esteja começando a chamar a atenção dos turistas. Mesmo assim, a área tem sido preservada e mantida em seu estado natural graças aos esforços dos moradores e da administração local. Os esforços para a preservação do local incluem medidas como a proibição da pesca e a promoção de ações de educação ambiental. O resultado é um local que não só oferece uma beleza natural deslumbrante, mas também contribui para a conservação do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento sustentável.

Em tempos de conscientização crescente sobre a importância da proteção ambiental, a Lagoa de Jacumã é um exemplo de como o turismo pode ser harmonizado com a preservação do meio ambiente. Seja para um passeio de fim de semana ou uma estadia mais prolongada, a lagoa é uma joia natural que promete encantar todos os que a visitam. As maravilhas da Lagoa de Jacumã mostram que o Rio Grande do Norte vai muito além das praias famosas. A riqueza natural do estado está também em suas lagoas, manguezais e na mata atlântica. Venha descobrir a Lagoa de Jacumã, um oásis de tranquilidade e beleza natural no coração do Rio Grande do Norte.

Um dos maiores temores das crianças da cidade do Natal, além da Viúva Machado e do bandido Baracho, Maria Mula Manca, marcada por uma anomalia física em uma das pernas, era frequentemente vista apoiada em seu cajado de madeira robusto e pesado.

Habitualmente encontrada na região do Grande Ponto ou nas imediações, sobrevivia por meio de esmolas esporádicas de transeuntes. Ela detestava o apelido que lhe atribuíam, reagindo com ameaças levantando seu cajado, mas devido à sua limitação de mobilidade, essas ameaças eram apenas simbólicas. Maria Mula Manca se tornou o centro das atenções em Natal no início dos anos 1960, uma figura intrigante que personificava um escândalo ambulante na cidade.

Segundo os renomados cronistas de Natal, Maria apresentava uma corcunda, trajava roupas que raramente viam limpeza, possuía orelhas proeminentes e pelos visíveis no buço. Era alvo constante de brincadeiras infantis, que, regozijando-se, insistiam em chamá-la pelo apelido que ela detestava, por razões compreensíveis. Irada, ela ameaçava bater nas pessoas, berrava todos os tipos de palavrões e xingava quem a chamasse assim. Maria Mula Manca também era cambista do jogo do bicho e boa parte da cidade a conhecia por suas investidas nas vendas dos jogos.

Maria Mula Manca era fã do político e ex-governador do Rio Grande do Norte, Dinarte Mariz

Maria ganhou reputação por ser uma das maiores entusiastas e fãs do político e ex-governador do Rio Grande do Norte, Dinarte Mariz. Ela sempre fazia fervorosa campanha para o representante da UDN (União Democrática Nacional) e não escondia seu desdém por Aluízio Alves, o maior rival de Mariz. Ela costumava exclamar com convicção: “Vote nos três Ms: Mariz, Maia e Marinho”, em referência a Dinarte Mariz, Tarcísio Maia e Djlama Marinho. Porém, os partidários de Aluízio tinham uma réplica pronta: “Votar nos três emes: Maria Mula Manca.”

Tal era sua admiração por Dinarte que ela conseguiu registrar um momento ao lado do político em uma foto. A sua história se destacou de tal maneira que se tornou uma lenda urbana na cidade, ao lado de figuras como a Viúva Machado e do bandido Baracho.

As mães costumavam alertar seus filhos rebeldes com a ameaça: “Cuidado com a Maria Mula Manca”. Após a vitória de Aluízio Alves, ela regressou à Serra Negra do Norte, sua cidade natal, durante a década de 60. Curiosamente, mesma cidade de origem de Dinarte Mariz.

Inquieto e produtivo, depois de lançar um sugestivo BOX de 4 CDs com o título de O Garimpo das Raridades, em setembro de 2022 o artista presenteia seus fãs com um novo trabalho de músicas inéditas (ATEU PSICOLÓGICO) seguindo revigorado sua viagem mística e eterna.

Autor de uma obra essencialmente surrealista, que funde o rock com o repente, Zé tem um imenso poder de transmissão com sua inconfundível voz cavernosa, de fascinante declamador, na sua messiânica figura. Zé traçou uma ponte unindo Pink Floyd e Beatles a Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga; cidade grande e sertão, psicodelismo e regionalismo, o nordeste inserido no mundo, o universo conectado ao nordeste. Um trovador urbano comparado por muitos aos ícones da música mundial.

Desde o lançamento do primeiro álbum solo do artista paraibano, há mais de quatro décadas, que emplacou de cara o hino “Avohai”, foram gravados mais de 30 álbuns alcançando a expressiva marca de 6 milhões de cópias vendidas.

O álbum 20 ANOS – ANTOLOGIA ACÚSTICA é seu maior êxito comercial até hoje e vencedor do Prêmio Sharp pelo projeto gráfico. Este disco deu início a uma trilogia que seguiu com NAÇÃO NORDESTINA, um mapeamento da história musical e política da sua região natal, indicado ao Grammy Latino de melhor álbum regional e, ESTAÇÃO BRASIL, um passeio pelo cancioneiro nacional.

Ao lado dos amigos Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Alceu Valença, Zé protagonizou em 1996, um dos projetos mais bem-sucedidos da música brasileira, O GRANDE ENCONTRO, que levou multidões aos shows em todo o país e gerou o lançamento de um disco ao vivo, vendendo mais de 700 mil cópias. A continuação do projeto, rendeu outras duas “turnês” vitoriosas, 2 CDs, que alcançaram a marca de 1 milhão de unidades. Zé realizou ainda uma apresentação histórica no ROCK IN RIO 3, assistida por mais de 60 mil pessoas em 2001, junto com Elba Ramalho.

O projeto Zé Ramalho Canta (2008 – 2012) homenageou Raul Seixas, Bob Dylan, Luiz Gonzaga, Jacson do Pandeiro e Beatles.

Em 2013 consagrou-se no ROCK IN RIO 5 junto com a banda ícone do heavy metal Sepultura (ZÉPULTURA).

A TOUR 2023 traz Zé Ramalho revisitando seus maiores sucessos mantendo o respeito da crítica especializada, em rara unanimidade. “Admirável Gado Novo, Entre a Serpente e a Estrela (trilhas consagradas em novelas), Avohai, Frevo Mulher, Chão de Giz, Beira-Mar, ”Cidadão”, Eternas Ondas, Garoto de Aluguel, Galope Rasante, Vila do Sossego e Banquete de Signos” são apenas algumas das inúmeras pérolas que o consagrou. Traz ainda releituras de Geraldo Vandré, Raul Seixas e o grande sucesso Sinônimo.

Seja qual for a jornada, o público sabe que quem a conduz é um dos artistas com a personalidade mais marcante da música popular brasileira. Com sua voz inconfundível e sua poesia apocalíptica, Zé Ramalho escreve seu nome na história musical brasileira, seguindo feito um viajante pelas estradas do país, arrastando multidões por onde quer que passe. Há mais de 40 anos, o brasileiro sabe que assistir Zé Ramalho.

Para mais informações e para comprar os seus ingressos, acesse:
https://uhuu.com/evento/rn/natal/ze-ramalho-11689

Classificação: 14 anos.
Acesso de crianças e adolescentes ao Teatro: desacompanhados dos pais ou responsáveis legais somente maiores de 18 anos. O Alvará de Disciplinamento da 1ª Vara da Infância e da Juventude com outra indicação será divulgado na data do recebimento.

No município de Touros, no Rio Grande do Norte, localiza-se o início dessa emblemática estrada que se estende por 4.765 quilômetros, atravessando os vastos cenários brasileiros e ligando o nordeste ao sul do país, até a cidade de São José do Norte, que fica a 350 kms de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Esta rodovia tem sido, ao longo de décadas, uma artéria vital para o transporte de mercadorias e pessoas, sendo parte integrante do desenvolvimento socioeconômico do país. A BR-101 proporciona a conexão entre as diferentes regiões brasileiras, permitindo o fluxo de mercadorias, o intercâmbio cultural e o acesso a serviços essenciais.

“É mais do que uma estrada. É um laço que une o Brasil de norte a sul, é um símbolo do nosso país”, disse João Soares, motorista de caminhão que faz rotineiramente a viagem entre Natal e Porto Alegre. A Rodovia Governador Mário Covas também é conhecida por suas vistas deslumbrantes, que variam da beleza selvagem das praias do nordeste, através das paisagens bucólicas do interior, até os imponentes morros do sul. Cada quilômetro percorrido na BR-101 é uma jornada através da diversidade de paisagens e culturas brasileiras.

Contudo, a magnitude dessa estrada não está isenta de desafios. A manutenção de uma rodovia desta extensão é uma tarefa árdua que demanda investimento constante. Problemas como buracos, falta de sinalização e pontos de congestionamento são questões persistentes que necessitam de atenção constante. No entanto, a BR-101, apesar de suas falhas e desafios, continua a ser um símbolo de união e persistência. A Rodovia Governador Mário Covas não é apenas uma estrada, mas um caminho que conecta a diversidade cultural, econômica e geográfica de um Brasil imenso e diversificado.

Assim, o Marco Zero em Touros não é apenas o início de uma estrada, mas sim o ponto de partida de uma jornada através do coração do Brasil, desde as quentes praias nordestinas até os frios campos sulinos. Uma jornada através de um país que, apesar de suas diferenças e desafios, continua unido e em movimento, assim como a própria BR-101.

O episódio, ocorrido em 13 de junho de 1927, às 13h, mostrou a coragem, a determinação e a união dos mossoroenses. A população, liderada pelo então prefeito Rodolfo Fernandes, reuniu-se, armou-se como pôde e conseguiu defender a cidade do ataque de Lampião e seu bando. A resistência inesperada de Mossoró é hoje um marco histórico e motivo de orgulho para os seus cidadãos.

O famoso cangaceiro e seu grupo planejavam saquear a próspera cidade, que na época já destacava-se por sua produção de sal e petróleo. No entanto, ao contrário de outras localidades, Mossoró reagiu: montou barricadas, distribuiu armas entre seus moradores e aguardou o bando de cangaceiros. Quando o combate começou, a coragem dos mossoroenses prevaleceu, resultando na retirada do bando e marcando a resistência como um triunfo da cidade sobre o temível Lampião.

Como tudo aconteceu?

A sociedade de Mossoró estava fervilhando de animação na noite de 12 de junho de 1927, graças a uma grande celebração organizada pelo Humaytá Futebol Clube. A festa, repleta de glamour, acontecia na véspera do dia de Santo Antônio. No entanto, o clima festivo foi abruptamente interrompido com a notícia que começou a circular: Virgulino Ferreira, o temido cangaceiro conhecido como Lampião, estava se aproximando da cidade.

Poucas horas antes, Lampião e seu bando haviam atacado a vila vizinha de São Sebastião (hoje conhecida como município de Governador Dix-Sept Rosado). Em questão de instantes, o rigoroso código de vestimenta da festa – branco para os cavalheiros e azul e branco para as damas – perdeu o seu charme. O acontecimento desfez o clima de elegância que prevalecia, abalando a elite do sertão que, até então, desfrutava de um momento de pura ostentação.

O coronel Rodolfo Fernandes, o prefeito, já havia alertado, nos últimos dias, sobre o perigo do ataque do rei do cangaço ao município. Contudo, a maioria dos residentes parecia desacreditada. A tranquilidade era tamanha que, naquele mesmo dia, 12 de junho, Mossoró parecia mais absorvida pelo aguardado jogo de futebol entre Ipiranga e Humaytá do que pela possibilidade de uma invasão por Lampião. O jogo de futebol ocorreu sem maiores ocorrências. Porém, a atmosfera do baile mudou drasticamente.

Apesar dos esforços de alguns participantes e dos diretores do clube para minimizar as notícias que chegavam de São Sebastião, a festa foi dominada por uma onda de inquietação e medo. O som agudo do apito da locomotiva ferroviária ecoava sobre o pânico dos mossoroenses, conforme descrito pelo jornalista Lauro da Escóssia, que testemunhou os eventos, em seu livro “Memórias de um Jornalista de Província”. Os trens começavam a se movimentar, conduzindo famílias e quantos quisessem fugir de Mossoró. Segundo ele, durante toda a noite e na manhã seguinte, a ferrovia permaneceu ininterruptamente agitada.

Nas primeiras horas da manhã de 13 de junho, muitos moradores de Mossoró, que naquela época contava com cerca de 20 mil habitantes, já haviam abandonado suas casas. No entanto, o êxodo não era apenas um resultado do medo. A estratégia traçada pela prefeitura, que conseguiu assistência oficial em termos de armas e munições, porém não em efetivos para combate, era manter na cidade somente os cidadãos que pudessem estar armados. Na avaliação do coronel Rodolfo Fernandes, um ambiente mais vazio aumentaria a chance de resistir à invasão do bando de cangaceiros. Havia algum tempo que Lampião cogitava a audaciosa tarefa de invadir Mossoró.

Essa seria a mais grandiosa tentativa de saque do seu bando, conforme relata o historiador Frederico Pernambucano de Mello em seu livro “Guerreiros do Sol”, onde argumenta que o cangaço era um modo de vida. Pouco antes de alcançar a cidade, Lampião enviou um bilhete à prefeitura, numa clara tentativa de extorsão. No bilhete, Lampião exigia um pagamento de 400 contos de réis para poupar a cidade de um ataque. Esse montante era ao menos dez vezes maior do que o que ele costumava solicitar em situações similares. Na tarde do feriado de Santo Antônio, 13 de junho, ele e seu bando já se posicionavam nas imediações do município potiguar.

Sangue e areia mancharam a reputação do Rei do Cangaço

Lampião liderava um bando de 53 cangaceiros. No entanto, ele não esperava encontrar uma resistência composta por pelo menos 150 homens armados defendendo a cidade. O jornalista Lauro da Escóssia estava no local, testemunhando tudo de perto. Durante toda a noite, disparos de armas podiam ser ouvidos. “Parecia uma noite de São João bem comemorada”, escreveu em O Mossoroense. Enquanto isso, as mulheres oravam a outro santo junino, Santo Antônio, homenageado naquele dia.

Durante o ataque, Lampião sofreu perdas significativas em seu bando. Colchete teve parte do crânio destruída por balas. Jararaca, após ser capturado, foi praticamente enterrado vivo. Em menos de uma hora depois do início do confronto, o capitão do sertão – um dos muitos apelidos do famoso cangaceiro – percebeu que conquistar a cidade seria praticamente inalcançável. Então, ele ordenou a retirada do seu bando, na tentativa de evitar mais baixas e proteger ainda mais sua reputação. “A partir desse momento, a estrela do bando começaria a brilhar cada vez menos”, escreveu o historiador Pernambucano de Mello.

Comemorada todos os anos, a data de 13 de junho é uma ocasião em que a cidade reverencia a sua resistência contra o bando de Lampião, a qual se tornou um símbolo da valentia e da unidade do povo de Mossoró. O acontecimento é lembrado no Museu do Sertão, que reúne uma rica coleção de itens históricos e uma exposição permanente sobre o cangaço. Além disso, a cidade realiza uma encenação ao ar livre da resistência, chamada “Auto da Liberdade”, que atrai milhares de visitantes todos os anos. O espetáculo conta com a participação de atores locais e narra, de maneira dramática, os eventos daquele dia de 1927.

A data é sempre um lembrete do espírito de união, força e coragem da população mossoroense, que fez história ao ser a primeira cidade a resistir ao bando de cangaceiros de Lampião. A resistência de Mossoró não só marcou a história da cidade como também sinalizou o início do declínio do cangaço no Nordeste brasileiro. A partir daí, a invencibilidade de Lampião foi questionada e outras localidades foram encorajadas a se opor à ameaça do cangaço. A corajosa cidade de Mossoró é uma prova viva de que, com união e determinação, é possível enfrentar e superar qualquer desafio.