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turismo histórico

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A cidade do Natal foi fundada em 1599, à beira do Rio Potenji, e foi palco de importantes eventos históricos. Hoje, muitos desses locais históricos foram preservados e transformados em atrações turísticas. Desde 1978, o turismo da cidade do Natal e do estado do Rio Grande do Norte viu um salto expressivo como atividade econômica. Este movimento foi fortemente impulsionado pela Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) que começou a oferecer pacotes turísticos destinados à região nordeste, identificando este canto do país como um destino promissor tanto para o público doméstico quanto internacional. Natal e seus arredores passaram a explorar essa atividade com mais foco e intensidade. Aplicando estratégias de marketing destacando seu patrimônio natural, notavelmente suas praias, lagoas, dunas e falésias deslumbrantes, e o sol abundante, Natal viu sua promoção como cidade turística se intensificar com intensidade.

Neste cenário renovado, era crucial para instituições públicas e privadas investir na ampla gama de atividades que compõem a chamada indústria do turismo. Durante o processo de estabelecimento da infraestrutura necessária, foi desenvolvido o projeto de construção da Via Costeira, considerado vital para o crescimento da rede hoteleira na capital potiguar. Com a assinatura do Decreto nº 7.237 em 22 de novembro de 1977 pelo então governador Tarcísio Maia, a lei proclamou as áreas de dunas adjacentes ao Oceano Atlântico, entre a Praia do Pinto e a Praia de Ponta Negra, como de utilidade pública para fins de desapropriação. O projeto previa a construção de pousadas, hotéis, resorts de luxo, cinemas, restaurantes, complexos aquáticos, campos esportivos, oceanário, teatro e um moderno centro de convenções para a realização de grandes eventos.

Apesar de nem todos os elementos do projeto original terem sido implementados, a construção da Via Costeira e das estruturas associadas provou ser de extrema importância para a economia do estado do Rio Grande do Norte. A partir de então, Natal começou a receber um fluxo considerável de visitantes, consolidando sua posição como um polo turístico.

Durante um longo período, a divulgação de Natal concentrou-se principalmente em suas belezas naturais. No entanto, cada vez mais, outros atrativos da cidade estão sendo destacados. Pesquisas com visitantes revelaram um desconhecimento significativo de seu patrimônio histórico e valores culturais. Na terra de Câmara Cascudo – um dos maiores estudiosos da cultura nacional – esses dados merecem reflexão, e resolver essa questão tornou-se imperativo. Já não é mais aceitável focar a divulgação da cidade apenas no par sol e mar, que a nivelaria a muitos outros destinos com os mesmos atributos. Afinal, o que realmente define a identidade de uma cidade é sua história e patrimônio cultural – os verdadeiros biógrafos de seu caminho enquanto organismo urbano.

O Forte dos Reis Magos, construído em 1598 e fundado em 25 de dezembro de 1599, é um marco histórico incontornável. Esta fortaleza, que serviu de defesa contra invasões estrangeiras, está localizada no encontro do Rio Potenji com o mar. O formato singular do forte, semelhante a uma estrela, e a vista panorâmica da cidade que se tem do local atraem turistas de todo o mundo. O Centro Histórico de Natal também merece uma visita. Ele abriga o Palácio Felipe Camarão, que serviu como residência para governadores e, hoje, é a sede da Prefeitura de Natal. O centro histórico é também lar do Solar Bela Vista, um belíssimo edifício construído entre 1907 e 1913, hoje um centro cultural vibrante que oferece exposições de arte, espetáculos de teatro e outros eventos.

O Teatro Alberto Maranhão, projetado pelo engenheiro José de Berredo, que teve suas obras iniciadas em 1898, sob a direção do major Teodósio Paiva, foi inaugurado no ano de 1904 e é um dos teatros mais antigos do Brasil, sendo um exemplo notável da arquitetura do final do século XIX e é conhecido pela sua bela fachada em estilo neoclássico. Quanto à cultura local, a influência indígena, africana e europeia no Rio Grande do Norte é evidente na culinária, artesanato e tradições de Natal. O forró, ritmo tradicional do Nordeste, ecoa pelas ruas da cidade, especialmente durante o São João, quando Natal se transforma em um grande arraial.

Os sabores do Rio Grande do Norte podem ser degustados em pratos como a carne de sol, o camarão e a ginga com tapioca, uma especialidade local vendida na Praia da Redinha. O artesanato potiguar, com destaque para as rendas de bilro e o bordado de Labirinto, são itens quase obrigatórios na lista de compras dos visitantes.

Visitar Natal, portanto, é mais do que desfrutar de belas praias e um clima tropical. É um convite a mergulhar na história e cultura brasileira, a conhecer um povo acolhedor e a se deliciar com uma gastronomia única. A cidade do Sol convida a todos para uma experiência rica e inesquecível, onde o passado e o presente se encontram em perfeita harmonia.