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Rio Grande do Norte

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“Um disco que tem uma vontade engasgada de chorar”. Essa é uma das maneiras que Arnaldo Antunes define o álbum “Lágrimas no Mar”, feito em parceria com o pianista pernambucano Vitor Araújo. A sequência de nove faixas, entaladas e minimalistas, vem desaguando nos palcos do Brasil. Além das músicas deste trabalho, o repertório da apresentação lista também canções do disco “O Real Resiste”, lançado pelo cantor e compositor paulistano em 2020. Este, inclusive, foi o ponto de partida para definir os contornos de Lágrimas no Mar. No dia 28 de junho (sexta-feira), o show acontece no Teatro Riachuelo, em Natal.

“Estávamos ensaiando para o show de “O Real Resiste” quando fomos surpreendidos pela pandemia”, comenta Arnaldo Antunes. “A troca com o Vitor foi um acerto e partimos daqueles ensaios para criar as novas narrativas e extensões sonoras do Lágrimas no Mar”, ele comenta.

Em formato voz e piano, Arnaldo e Vitor sobem ao palco para executar um setlist que parte da introspecção, mas que, em contato com o público, ganha dimensões de sentimento compartilhado. “Fim de Festa”, “Como 2 e 2” e “Lágrimas no Mar” são dadas como certas no repertório, que terá também composições de outras fases da carreira de Arnaldo Antunes e poemas entoados ao longo da apresentação.

Para mais informações e para comprar os seus ingressos, acesse:
https://uhuu.com/evento/rn/natal/arnaldo-antunes-+-vitor-araujo-lagrimas-no-mar-11366

Duração: 70 minutos.
Classificação: 16 anos. Acesso de menores somente acompanhados dos pais ou maior responsável.

Com uma população pequena e acolhedora, este destino deslumbrante oferece a oportunidade de escapar do barulho e agitação da vida urbana para se conectar com a natureza em uma escala verdadeiramente magnífica. Tibau do Sul é mais conhecida como a cidade de Pipa, mas tem sua própria beleza e charme a oferecer. As praias de Tibau do Sul, que incluem a Praia das Minas e a Praia do Madeiro, são verdadeiros paraísos para os amantes de sol, mar e natureza. Cercada por falésias espetaculares cobertas de vegetação, a Praia de Tibau do Sul possui águas calmas e mornas, perfeitas para um mergulho refrescante, além de oferecer condições ideais para a prática de esportes náuticos como o stand up paddle e o caiaque.

Os visitantes também podem experimentar passeios de jangada pelos manguezais, um espetáculo de vida selvagem onde é comum ver espécies nativas de aves e pequenos animais. Além disso, Tibau do Sul é um dos poucos lugares no mundo onde você pode observar de perto os golfinhos que se exibem nas águas cristalinas.

Ao longo da praia, barracas e quiosques oferecem comidas típicas e bebidas refrescantes, enquanto pequenas pousadas proporcionam um lugar tranquilo para descansar após um dia de exploração. À noite, a cidade ganha vida com pequenos bares e restaurantes oferecendo uma variedade de delícias locais. A especialidade regional é frutos do mar, e os visitantes podem desfrutar de camarões frescos, lagostas, peixes e muito mais, frequentemente acompanhados por uma caipirinha gelada.

Em Tibau do Sul, também há a Lagoa de Guaraíras, um verdadeiro santuário ecológico, onde os turistas podem apreciar um pôr do sol de tirar o fôlego, em passeios de barco ou dos bares à beira da lagoa. Tibau do Sul é realmente uma joia ainda pouco conhecida, um paraíso que combina tranquilidade e aventura, belas paisagens e rica biodiversidade. Se você está procurando um destino para relaxar e recarregar, longe das rotas turísticas mais movimentadas, Tibau do Sul poderia ser o lugar perfeito para sua próxima viagem.

Nascido em 06 de maio de 1994 em Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, Ítalo Ferreira começou a surfar aos oito anos de idade, desafiando as ondas com uma tampa de isopor de uma caixa de peixe, sua primeiro “prancha”. Esse início humilde não demorou a se transformar em uma carreira promissora. Aos 12 anos, ele já era campeão potiguar no surf. Mas o talento do jovem não ficou limitado às praias nordestinas, e em pouco tempo ele ganhou notoriedade no cenário nacional.

Ítalo Ferreira tem em seu histórico dois títulos do Campeonato de Juniors, sendo campeão do Quiksilver Pro Rio Junior e do Mormaii Pro Junior em Garopaba, ambos no Brasil. Em 2014 foi campeão da SuperSurfe, sendo considerado o campeão brasileiro, e foi o vice-campeão no Moche Rip Curl Pro Portugal 2015, perdendo para Filipe Toledo. Em 2015, com apenas 20 anos, Ítalo estreou no World Surf League Championship Tour (WSL Championship Tour), o principal circuito de surf do mundo. Em sua temporada de estreia, ele mostrou que veio para ficar, terminando o ano na sétima posição geral e conquistando o prêmio de Rookie of the Year, dado ao melhor estreante da temporada. Mas o potiguar não se contentou apenas com a promissora estreia.

Nos anos seguintes, ele se consolidou como uma das maiores estrelas do surf mundial. Em 2019, ele realizou o sonho de todo surfista: tornou-se campeão mundial da WSL (World Surf League Championship Tour), o primeiro potiguar a alcançar tal feito.

Em 27 de julho de 2021, aos 27 anos de idade, Ítalo fez história ao se tornar o primeiro campeão olímpico de surf, no momento em que o esporte fez sua estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Sua medalha de ouro foi um marco para o Brasil e para o surf, solidificando ainda mais seu nome no panteão dos grandes atletas do esporte. Também foi a primeira medalha de ouro do Brasil na edição. Na etapa final da competição ele venceu o japonês Kanoa Igarashi por 15,14 contra 6,60 numa bateria que começou tensa, com Ítalo quebrando a prancha mas conseguindo rapidamente se recuperar e crescer, pegando boas ondas. A competição aconteceu em Tsurigasaki Beach.

Desde então, Ítalo Ferreira continua acumulando títulos e conquistas, encantando o mundo com sua técnica impecável, sua criatividade nas ondas e sua personalidade carismática, sempre com um sorriso no rosto e a alegria contagiante típica dos potiguares.

Com suas conquistas, Ítalo Ferreira transcendeu o esporte. Hoje, ele é um ícone cultural e um exemplo para jovens surfistas do Brasil e do mundo. Sua história de superação e persistência inspira uma nova geração de atletas a enfrentar as ondas e seguir seus sonhos, provando que é possível ir além, independentemente de suas origens.

E enquanto o futuro ainda reserva muitas ondas para Ítalo Ferreira, uma coisa é certa: o surf nunca mais será o mesmo depois do fenômeno potiguar. As praias de Baía Formosa, onde tudo começou, agora são o berço de um campeão mundial e olímpico. E o Brasil, mais do que nunca, é uma referência indiscutível no

O hidrogênio verde é produzido usando energia renovável para dividir as moléculas de água em hidrogênio e oxigênio, um processo conhecido como eletrólise. Como não produz emissões de gases de efeito estufa, o hidrogênio verde é cada vez mais visto como uma ferramenta fundamental para alcançar os objetivos de neutralidade de carbono.

Lideranças do Rio Grande do Norte estão buscando capitalizar o crescente interesse internacional no hidrogênio verde, anunciando um conjunto de medidas para atrair investimentos no setor. O estado possui um significativo potencial de energia eólica e solar, o que o torna um candidato ideal para produção de hidrogênio verde. Durante uma visita a Portugal em março passado, Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte, estabeleceu acordos para o desenvolvimento de instalações de produção de hidrogênio verde e seus derivados, formalizando dois memorandos de entendimento. Um dos memorandos foi firmado com a Voltalia Brasil, uma empresa francesa com mais de 1 GW em projetos de energia renovável no estado.

Um segundo acordo foi celebrado com o grupo espanhol Enerfín, visando à instalação de um projeto piloto para a produção de hidrogênio verde e energias associadas no Rio Grande do Norte. Nos dois casos, os projetos estão previstos para áreas próximas ao futuro Porto Indústria-Multipropósito Offshore do estado. Em 2022, já havia sido assinado um memorando de entendimento com a Vestas, líder dinamarquesa no setor de turbinas eólicas. Este acordo tem o objetivo de avaliar a viabilidade da implementação de projetos de energia eólica offshore e produção de hidrogênio verde no futuro porto-indústria.

A governadora também teve a oportunidade de apresentar à direção da EDP Renováveis, o programa estadual de hidrogênio verde e o projeto para a instalação do porto-indústria. O local designado para sediar o futuro Porto Indústria-Multipropósito Offshore do Rio Grande do Norte está localizado no litoral Norte, entre as cidades de Caiçara do Norte e São Bento do Norte, a aproximadamente 160 km de Natal. A infraestrutura portuária é um pré-requisito para a exploração da energia eólica offshore e para a exportação de outros produtos, como o Hidrogênio Verde.

“O Rio Grande do Norte tem todas as condições de ser um líder global na produção de hidrogênio verde”, afirmou a governadora do estado. “Temos sol e vento em abundância, o que nos posiciona de maneira única para explorar essa nova forma de energia limpa.” Como parte das medidas, o estado planeja incentivar o desenvolvimento de infraestrutura de produção de hidrogênio, facilitar o acesso a financiamentos e incentivar a pesquisa e o desenvolvimento em tecnologias de hidrogênio. Também é esperado um foco em formação e treinamento, preparando a força de trabalho local para as demandas deste novo setor. Parcerias com universidades e instituições de pesquisa, tanto nacionais quanto internacionais, estão sendo exploradas para garantir que a região esteja na vanguarda da tecnologia de hidrogênio verde.

“O futuro é verde, e o Rio Grande do Norte quer ser uma parte integral dele”, disse a governadora. “Estamos empenhados em fazer do nosso estado um centro global para a produção de hidrogênio verde.” Esta decisão do estado brasileiro sinaliza uma tendência crescente entre as regiões ricas em energia renovável de buscar oportunidades no setor de hidrogênio verde.

Com a demanda global por energia limpa aumentando, a posição do Rio Grande do Norte pode ser estratégica para a economia de energia limpa do futuro. Embora a produção de hidrogênio verde ainda esteja em estágio inicial e enfrentando desafios, como altos custos e a necessidade de infraestrutura adequada, a decisão do Rio Grande do Norte de investir na tecnologia é um passo significativo. O estado está se posicionando como um player pioneiro no cenário de hidrogênio verde, o que pode trazer benefícios econômicos e ambientais a longo prazo.

Fundada em 2008 por Chris Xu, a SHEIN tem desfrutado de um crescimento espetacular, emergindo como uma das maiores marcas de moda online do mundo. Com produtos voltados principalmente para mulheres, a empresa ganhou notoriedade por oferecer roupas, sapatos e acessórios da moda a preços acessíveis. A nova instalação de fabricação, planejada para começar a operar já no início de 2024, será o primeiro empreendimento da SHEIN na América Latina.

Segundo representantes da empresa, a escolha do Rio Grande do Norte se deve ao forte setor têxtil do estado e à sua mão de obra qualificada. “Estamos entusiasmados em iniciar nossas operações de fabricação no Brasil e acreditamos que o Rio Grande do Norte é o local perfeito para começar”, afirmou Liu Jun, porta-voz da SHEIN. “Nossa expansão para a América Latina não é apenas um marco para a SHEIN, mas também uma grande oportunidade para a economia local.” O governo do estado, entusiasmado com a perspectiva de aumento do emprego e do crescimento econômico, está dando total apoio à iniciativa.

Com investimento de R$ 750 milhões para fornecer tecnologias e treinamento a fabricantes têxteis brasileiros, a nova operação pode gerar 100 mil empregos em três anos. A gigante chinesa, que conta com a participação do brasileiro Grupo Coteminas, já iniciou negociações com integrantes do programa Pro Sertão, situado no Seridó do RN. Com a meta de estabelecer parcerias sólidas para a nova operação que iniciará em breve, a empresa designou o seu presidente no Brasil, Mário Setti, para aprofundar as negociações com potenciais fornecedores. O executivo já morou em Natal, quando chefiou as operações das unidades da Coteminas no RN.

A SHEIN, que obteve um faturamento de US$ 2 bilhões no Brasil em 2022, tem como objetivo transformar o país em um “hub avançado de produção têxtil e de exportação para a América Latina”. Para atingir essa meta, a gigante varejista chinesa planeja estabelecer parcerias com cerca de 2 mil fabricantes locais, dando início pelo Rio Grande do Norte, onde já programou várias reuniões com representantes governamentais.

“A chegada da SHEIN é uma vitória para o nosso estado. Nós vemos isso como uma confirmação do nosso potencial no setor têxtil e uma oportunidade para gerar mais empregos e fortalecer a nossa economia”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.

A instalação de produção da SHEIN promete ser uma das mais avançadas do país, com a empresa planejando investir fortemente em tecnologia de produção de ponta. Isso inclui automação avançada e práticas de manufatura sustentáveis, refletindo o compromisso da SHEIN com a responsabilidade ambiental. E a decisão da SHEIN de se estabelecer no Brasil destaca o contínuo crescimento do país como um centro de produção de moda.

A empresa se junta a um número crescente de marcas internacionais que reconhecem o potencial do Brasil como um jogador global na indústria da moda. Esta é uma notícia emocionante para o Rio Grande do Norte e para o Brasil como um todo, sinalizando um novo capítulo na história de crescimento e expansão da moda no país.

A ocorrência de abalos sísmicos no Rio Grande do Norte não é um fenômeno recente. Na verdade, a região já vivenciou tremores de terra de considerável magnitude, particularmente durante a década de 1980. Um exemplo marcante desses sismos foi o que atingiu a área de João Câmara. A cidade teve abalo sísmico de magnitude 5.1 em 30 de novembro de 1986, o que fez casas desabarem e milhares moradores deixarem a cidade. A incidência de sismos nessa região, conhecida por seu solo de terra firme, é uma anomalia em uma nação que é em grande parte poupada da atividade sísmica mais violenta que ocorre ao redor do globo. Contudo, os dados indicam que o Rio Grande do Norte é o estado com o maior número de eventos sísmicos registrados no Brasil.

A explicação científica para essa peculiaridade reside na “Falha de Samambaia”, uma formação geológica que atravessa o estado potiguar. Esta falha geológica é a principal causadora dos abalos sísmicos na região, segundo estudos recentes do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB). A “Falha de Samambaia” é a maior falha geológica do Brasil. Tem 38 km de comprimento por cerca de 4 km de largura e atravessa os municípios de Parazinho, João Câmara, Poço Branco e Bento Fernandes. Sua profundidade varia entre 1 e 9 km. Próximo a ela se encontra a falha geológica de Poço Branco, que apesar de ser bem menor também contribui por alguns tremores naquela região. As atividades sísmicas ao redor da falha de Samambaia são constantes e em alguns casos podem causar tremores de magnitude elevada, como a de 1986.

De acordo com o geólogo e pesquisador da UnB, Dr. Eduardo Menezes, “a Falha de Samambaia é uma formação antiga, cuja atividade tem se intensificado nos últimos anos. Estamos monitorando de perto e acreditamos que ela seja a maior causadora dos abalos sísmicos no Rio Grande do Norte”. Enquanto as pesquisas continuam para entender melhor a atividade da Falha de Samambaia, as autoridades locais estão trabalhando para implementar medidas preventivas e educativas. Entre elas, estão ações de sensibilização e preparação da população para lidar com os tremores, assim como melhorias na infraestrutura para minimizar potenciais danos.

Mesmo que os tremores tenham uma magnitude baixa se comparada a outros eventos sísmicos globais, a frequência com que ocorrem no Rio Grande do Norte gera um alerta para a população e para os cientistas. No entanto, como ressalta o Dr. Menezes, “é preciso entender que a atividade sísmica é um processo natural e estamos trabalhando para entender melhor a Falha de Samambaia e preparar a população da melhor forma possível”.

Já te disseram que não se chega às maiores recompensas por estradas asfaltadas? Para chegar à Praia do Sagi, é necessário percorrer um longo percurso de 20 quilômetros de estrada de terra cercada de coqueiros, plantações de cana de açúcar e mata Atlântica, criando uma expectativa e ansiedade para os visitantes. O local se mostra como um refúgio para aqueles que buscam tranquilidade e um contato direto com a natureza, longe do agito de grandes centros turísticos.

A Praia do Sagi é um verdadeiro paraíso escondido em Baía Formosa, no Rio Grande do Norte. O vilarejo do Sagi, situado a poucos passos da praia, conta com apenas algumas ruas de areia e residências simples, que se alinham com bares e restaurantes acolhedores. A hospitalidade dos moradores, somada à gastronomia local, rica em frutos do mar, proporcionam uma experiência inesquecível para os visitantes. Entre as principais atrações da Praia do Sagi, destaca-se o encontro do rio com o mar, um espetáculo natural que encanta por sua beleza.

O passeio de buggy pelas dunas móveis é outra opção que agrada a todos os públicos, proporcionando uma vista deslumbrante da região. Além disso, a região é um importante ponto de desova de tartarugas marinhas, sendo protegida pelo Projeto Tamar, que também oferece visitas guiadas para a observação desses animais. A preservação ambiental é um dos orgulhos da comunidade local, que se dedica à proteção do seu paraíso natural.

Outro grande atrativo é a caminhada pela mata Atlântica até a Lagoa da Coca-Cola, um ponto turístico curioso devido à cor escura de suas águas, que lembram a famosa bebida. A lagoa deve sua coloração à grande quantidade de iodo e ferro presentes, proporcionando um banho refrescante e, segundo os locais, medicinal.

A Praia do Sagi é, sem dúvida, um lugar que merece ser visitado por aqueles que buscam um refúgio na natureza, aliando simplicidade, beleza e preservação ambiental. O local é um convite para dias de descanso e lazer, longe da agitação da cidade grande, proporcionando uma experiência verdadeiramente única.

Com somente 24 anos de idade, Maria Eduarda Franklin já carrega consigo um impressionante currículo acadêmico que certamente desperta admiração em qualquer cientista. Em seu portfólio acadêmico, Duda, como é carinhosamente conhecida nas redes sociais, ostenta duas graduações pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) – uma em Ciência e Tecnologia com enfoque em neurociências, e a outra em Engenharia Biomédica. No âmbito dos mestrados, a jovem cientista potiguar soma em seu currículo o título de mestre em Neuroengenharia e em Ciência, Tecnologia e Inovação. Além das respeitáveis credenciais acadêmicas, Maria Eduarda também se destaca como empreendedora, sendo uma das cofundadoras e atual CEO da Orby, Co.

A Orby, Co. é uma startup inovadora que proporciona soluções tecnológicas para a integração de processos médicos. Este empreendimento retrata a aplicação direta da expertise e do conhecimento de Maria Eduarda na intersecção entre tecnologia, neurociência e engenharia biomédica, solidificando seu impacto na indústria da saúde.

Maria Eduarda Franklin é uma mulher preta, proveniente de uma família simples. Ela nasceu no bairro das Quintas, na cidade de Natal, e quando tinha apenas 12 anos, mudou-se com a família para o Pajuçara, localizado na Zona Norte da cidade. Desde tenra idade, Duda exibiu um fascínio notável pela ciência. Essa paixão, que germinou durante a infância, foi percebida por suas professoras que prontamente reconheceram seu talento excepcional para aprendizado. A família de Duda, percebendo a mesma capacidade, estimulou e fomentou esse interesse pela ciência no ambiente doméstico, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento de sua paixão.

Maria Eduarda é a prova de que a perseverança e o amor pelo conhecimento podem levar a conquistas incríveis. Entre os mais recentes triunfos, a Orby, Co., destacou-se no cenário internacional ao vencer a prestigiosa Brazil Conference at Harvard and MIT (Massachusetts Institute of Technology), que ocorreu entre os meses de março e abril deste ano na cidade de Boston, nos Estados Unidos. Além disso, desde maio, a startup passou a ser parte integrante do Microsoft for Startups Founders Hub. Este hub da Microsoft tem o intuito de estimular e promover o crescimento de startups inovadoras ao redor do globo.

Em um mundo onde as mulheres ainda são minoria em carreiras de tecnologia, Maria Eduarda é um exemplo de que é possível vencer estereótipos e barreiras socioeconômicas. Ela espera que sua história inspire outras jovens a perseguir seus sonhos, independentemente das circunstâncias. Enquanto Duda continua a avançar em sua carreira, o mundo observa com admiração e antecipação. Afinal, se sua jornada até agora é algo a se considerar, seu futuro promete ser ainda mais brilhante. Esta personalidade potiguar é um grande orgulho para o Rio Grande do Norte!

Um dos espetáculos mais deslumbrantes e admirados da Astronomia, o eclipse solar, será claramente visível em Natal e em outras duas capitais do Nordeste em outubro deste ano. Para além da “cidade do sol”, algumas localidades em Pernambuco e Paraíba também poderão testemunhar o ocultamento transitório do nosso astro rei.

Um eclipse solar anular ocorre quando o diâmetro percebido da Lua é menor do que o do Sol, criando a aparência de um anel ao redor do sol e obscurecendo a maior parte de sua luz. Esse tipo de eclipse é percebido como um eclipse parcial numa região de milhares de quilômetros de extensão. Este fenômeno poderá ser presenciado na América do Norte, com exceção de uma parte da Groenlândia, em toda a América Central, e na América do Sul, à exceção das regiões mais ao sul do Chile e da Argentina.

As capitais brasileiras de Natal e João Pessoa terão o privilégio de observar o eclipse com a maior intensidade. Natal proporcionará a melhor visibilidade para o evento, com 95,3% do disco solar coberto. Em João Pessoa e Recife, a cobertura do disco solar chegará a 94,9% e 92,2%, respectivamente. Em Natal, o eclipse se iniciará às 15h29, alcançando seu ápice às 16h45, momento em que a magnitude será de 0,953. O período de anularidade máxima, com duração de 3 minutos e 33 segundos, ocorrerá entre 16h43m51s e 16h47m24s. Em João Pessoa, o eclipse terá início às 15h31, com o máximo do evento observado às 16h45, quando a magnitude atingirá 0,949. A fase de anularidade máxima durará 3 minutos e 4 segundos, de 16h45m07s a 16h48m11s. Outras cidades que experimentarão a máxima magnitude do eclipse incluem Campina Grande, Juazeiro do Norte, Araguaína, Parauapebas, Caicó e São Félix do Xingu.

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, o eclipse será observado em sua forma parcial. Em Chuí, a cidade com a menor magnitude do eclipse entre todas as cidades brasileiras, este atingirá sua máxima de 0,176 às 16h46. Em São Paulo, a magnitude máxima do fenômeno será de 0,488 às 16h49. No Rio de Janeiro, essa magnitude chegará a 0,506 às 16h50.

O último eclipse solar anular visível de Natal aconteceu há mais de uma década, tornando este próximo evento ainda mais especial. Astrônomos, turistas e entusiastas do espaço de todo o Brasil e até mesmo de outros países estão marcando presença para testemunhar este raro e belo evento astronômico. “É um dos eventos mais espetaculares que você pode ver”, diz Roberto Costa, astrônomo local. “O anel de fogo é uma imagem deslumbrante. É um lembrete do vasto universo em que vivemos e do nosso lugar dentro dele.”

Vale lembrar que olhar diretamente para o sol, mesmo durante um eclipse, pode causar danos permanentes aos olhos. É importante usar óculos de proteção especial ou usar técnicas de projeção indireta para visualizar o eclipse de forma segura. Este é um evento que você não vai querer perder. Então, se você estiver em Natal em 14 de outubro, certifique-se de olhar para cima (com a proteção adequada) e testemunhar um dos espetáculos mais maravilhosos que o universo tem a oferecer. Será um momento inesquecível!

A história de Celina Guimarães Viana é tanto a história de uma mulher quanto a história de um país. Nascida em 15 de novembro de 1890 em Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte, Celina, uma professora brasileira, foi a primeira mulher a exigir seus direitos políticos numa época em que as mulheres brasileiras eram excluídas do processo eleitoral.

Sua conquista teve lugar no dia 05 de abril de 1928, antes da promulgação do Código Eleitoral de 1932 que, de maneira universal, garantiu o direito de voto às mulheres brasileiras. Celina Guimarães aproveitou a brecha da Lei Eleitoral nº 6060, do Rio Grande do Norte, que não especificava o gênero dos eleitores. Por essa razão, solicitou sua inclusão no rol dos eleitores de Mossoró. Assim, Celina Guimarães, aos 38 anos, tornou-se a primeira mulher a votar no Brasil. Um feito notável que marcou o início de uma mudança profunda na sociedade brasileira, embora a luta pelos direitos das mulheres ainda estivesse longe de terminar. O voto de Celina Guimarães não foi apenas um voto, mas um símbolo de resistência, uma demonstração de coragem e uma porta aberta para a participação feminina na vida política do Brasil. Devido ao seu pioneirismo, a cidade de Mossoró é frequentemente citada como a vanguarda dos direitos das mulheres no Brasil.

Quem foi Celina Guimarães, a primeira eleitora mulher do Brasil?

Celina Guimarães era filha de José Eustáquio de Amorim Guimarães e Eliza de Amorim Guimarães. Sua formação acadêmica ocorreu na Escola Normal de Natal, instituição na qual completou sua qualificação para professora. Foi ali que cruzou caminhos com Elyseu de Oliveira Viana, um aluno originário de Pirpirituba, com quem contraiu matrimônio em dezembro de 1911 e compartilharia sua vida inteira. Em 1912, Celina Guimarães se transferiu para Acari e, posteriormente, em 13 de janeiro de 1914, estabeleceu-se em Mossoró. Nesta cidade, ela aceitou o convite do diretor de Instrução Pública do Estado para ministrar aulas infantis no Grupo Escolar 30 de Setembro.

A promulgação da Lei nº 660, datada de 25 de outubro de 1927, transformou o Rio Grande do Norte no primeiro Estado a garantir igualdade de gênero no exercício do voto, ao regulamentar o “Serviço Eleitoral no Estado” e abolir a “distinção de sexo” para o direito ao sufrágio. Segundo o escritor João Batista Cascudo Rodrigues, a decisão histórica foi formulada nos seguintes termos: “Tendo a requerente satisfeito as exigências da lei para ser eleitora, mando que inclua-se nas listas de eleitores. Mossoró, 25 de novembro de 1927.”

O documento original expedido pelo juiz Israel Ferreira Nunes, que traz o nome de Celina manuscrito a bico de pena sobre papel almaço, encontra-se preservado no Museu Histórico Lauro da Escóssia, embora esteja em estado de preservação delicado. Este documento atesta a liderança de Mossoró na conquista do voto feminino no Brasil.

Com a aprovação da Lei, muitas mulheres requisitaram suas inscrições e, em 25 de novembro de 1927, compareceram às urnas. Entretanto, nas eleições de 5 de abril de 1928, seus votos foram anulados pela Comissão de Poderes do Senado. O direito ao voto feminino efetivo só foi assegurado com o Código Eleitoral de 1932, que estipulou que “o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo…” estaria habilitado para votar.

Sobre a atenção recebida por seu feito histórico, Celina declarou:

“Eu não fiz nada! Tudo foi obra de meu marido, que empolgou-se na campanha de participação da mulher na política brasileira e, para ser coerente, começou com a dele, levando meu nome de roldão. Jamais pude pensar que, assinando aquela inscrição eleitoral, o meu nome entraria para a história. E aí estão os livros e os jornais exaltando a minha atitude. O livro de João Batista Cascudo Rodrigues – A Mulher Brasileira – Direitos Políticos e Civis – colocou-me nas alturas. Até o cartório de Mossoró, onde me alistei, botou uma placa rememorando o acontecimento. Sou grata a tudo isso que devo exclusivamente ao meu saudoso marido.”

O legado de Celina Guimarães perdura até os dias atuais. Hoje, as mulheres brasileiras desfrutam de plenos direitos políticos e participam ativamente da vida política do país, ocupando cargos em todos os níveis do governo. E, embora ainda existam desafios a serem superados, o voto de Celina foi a primeira pedra lançada na construção de uma sociedade mais igualitária. Celina Guimarães, a primeira eleitora do Brasil, deu o primeiro passo e, graças a ela e a todas as mulheres que seguiram seus passos, hoje as mulheres no Brasil têm voz e voto. A lembrança de Celina serve como um lembrete permanente de quão longe chegamos e de quão longe ainda temos que ir.

Celina Guimarães é uma verdadeira heroína, que desafiou as convenções de sua época e pavimentou o caminho para que outras mulheres pudessem seguir. Sua história deve ser contada e celebrada, pois representa um marco importante na luta pelos direitos das mulheres no Brasil.