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goma de mascar

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Relatos históricos revelam que foram os natalenses os primeiros brasileiros a conhecer a goma de mascar, na década de 1940, quando a base aérea de Parnamirim Field, situada na capital potiguar, tornou-se um importante ponto estratégico durante a Segunda Guerra Mundial.

Foi nesse período de intensa movimentação de soldados americanos que a goma de mascar, já bastante popular nos Estados Unidos, chegou à Natal. Durante o período conturbado da Segunda Guerra Mundial, a goma de mascar começou a ser comercializada como um meio para aliviar o estresse tanto dos civis quanto dos militares americanos. Foi após a guerra que a comercialização de chicletes realmente se intensificou. Com o encerramento do grande conflito, as resinas naturais que compunham o produto foram substituídas por derivados sintéticos provenientes do petróleo, uma alteração motivada pelo custo de produção.

Entre outras inúmeras suposições para esse fenômeno, algumas sugerem que os militares norte-americanos costumavam dar gomas de mascar como presente aos moradores locais da cidade do Natal, principalmente às crianças, que ficaram fascinadas com o produto desconhecido. À medida que o tempo passava, a goma de mascar passou a ser amplamente aceita e apreciada pelos natalenses e posteriormente por todo o Brasil. Em muitos casos, era vista como uma novidade exótica, um símbolo de status, dado o seu vínculo com os soldados americanos.

Entretanto, a popularização da goma de mascar não se deu sem controvérsias. Na época, era comum acreditar que engolir a goma poderia causar danos à saúde, e muitos pais proibiam os filhos de consumi-la. Apesar dos temores iniciais, a goma de mascar ganhou popularidade gradualmente. Hoje, a goma de mascar é consumida em larga escala em todo o país. Seja para refrescar o hálito, aliviar o estresse, ou apenas por puro prazer, o hábito perdura.

Assim, ao saborear uma goma de mascar, lembre-se de sua história. Uma tradição que começou em um contexto de guerra, mas que se transformou em um hábito pacífico e prazeroso, um pequeno lembrete da nossa capacidade de adaptar e adotar novas práticas, mesmo nas circunstâncias mais improváveis.