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A cidade do Natal foi fundada em 1599, à beira do Rio Potenji, e foi palco de importantes eventos históricos. Hoje, muitos desses locais históricos foram preservados e transformados em atrações turísticas. Desde 1978, o turismo da cidade do Natal e do estado do Rio Grande do Norte viu um salto expressivo como atividade econômica. Este movimento foi fortemente impulsionado pela Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) que começou a oferecer pacotes turísticos destinados à região nordeste, identificando este canto do país como um destino promissor tanto para o público doméstico quanto internacional. Natal e seus arredores passaram a explorar essa atividade com mais foco e intensidade. Aplicando estratégias de marketing destacando seu patrimônio natural, notavelmente suas praias, lagoas, dunas e falésias deslumbrantes, e o sol abundante, Natal viu sua promoção como cidade turística se intensificar com intensidade.

Neste cenário renovado, era crucial para instituições públicas e privadas investir na ampla gama de atividades que compõem a chamada indústria do turismo. Durante o processo de estabelecimento da infraestrutura necessária, foi desenvolvido o projeto de construção da Via Costeira, considerado vital para o crescimento da rede hoteleira na capital potiguar. Com a assinatura do Decreto nº 7.237 em 22 de novembro de 1977 pelo então governador Tarcísio Maia, a lei proclamou as áreas de dunas adjacentes ao Oceano Atlântico, entre a Praia do Pinto e a Praia de Ponta Negra, como de utilidade pública para fins de desapropriação. O projeto previa a construção de pousadas, hotéis, resorts de luxo, cinemas, restaurantes, complexos aquáticos, campos esportivos, oceanário, teatro e um moderno centro de convenções para a realização de grandes eventos.

Apesar de nem todos os elementos do projeto original terem sido implementados, a construção da Via Costeira e das estruturas associadas provou ser de extrema importância para a economia do estado do Rio Grande do Norte. A partir de então, Natal começou a receber um fluxo considerável de visitantes, consolidando sua posição como um polo turístico.

Durante um longo período, a divulgação de Natal concentrou-se principalmente em suas belezas naturais. No entanto, cada vez mais, outros atrativos da cidade estão sendo destacados. Pesquisas com visitantes revelaram um desconhecimento significativo de seu patrimônio histórico e valores culturais. Na terra de Câmara Cascudo – um dos maiores estudiosos da cultura nacional – esses dados merecem reflexão, e resolver essa questão tornou-se imperativo. Já não é mais aceitável focar a divulgação da cidade apenas no par sol e mar, que a nivelaria a muitos outros destinos com os mesmos atributos. Afinal, o que realmente define a identidade de uma cidade é sua história e patrimônio cultural – os verdadeiros biógrafos de seu caminho enquanto organismo urbano.

O Forte dos Reis Magos, construído em 1598 e fundado em 25 de dezembro de 1599, é um marco histórico incontornável. Esta fortaleza, que serviu de defesa contra invasões estrangeiras, está localizada no encontro do Rio Potenji com o mar. O formato singular do forte, semelhante a uma estrela, e a vista panorâmica da cidade que se tem do local atraem turistas de todo o mundo. O Centro Histórico de Natal também merece uma visita. Ele abriga o Palácio Felipe Camarão, que serviu como residência para governadores e, hoje, é a sede da Prefeitura de Natal. O centro histórico é também lar do Solar Bela Vista, um belíssimo edifício construído entre 1907 e 1913, hoje um centro cultural vibrante que oferece exposições de arte, espetáculos de teatro e outros eventos.

O Teatro Alberto Maranhão, projetado pelo engenheiro José de Berredo, que teve suas obras iniciadas em 1898, sob a direção do major Teodósio Paiva, foi inaugurado no ano de 1904 e é um dos teatros mais antigos do Brasil, sendo um exemplo notável da arquitetura do final do século XIX e é conhecido pela sua bela fachada em estilo neoclássico. Quanto à cultura local, a influência indígena, africana e europeia no Rio Grande do Norte é evidente na culinária, artesanato e tradições de Natal. O forró, ritmo tradicional do Nordeste, ecoa pelas ruas da cidade, especialmente durante o São João, quando Natal se transforma em um grande arraial.

Os sabores do Rio Grande do Norte podem ser degustados em pratos como a carne de sol, o camarão e a ginga com tapioca, uma especialidade local vendida na Praia da Redinha. O artesanato potiguar, com destaque para as rendas de bilro e o bordado de Labirinto, são itens quase obrigatórios na lista de compras dos visitantes.

Visitar Natal, portanto, é mais do que desfrutar de belas praias e um clima tropical. É um convite a mergulhar na história e cultura brasileira, a conhecer um povo acolhedor e a se deliciar com uma gastronomia única. A cidade do Sol convida a todos para uma experiência rica e inesquecível, onde o passado e o presente se encontram em perfeita harmonia.

Localizado em Apodi, no Rio Grande do Norte, o Museu do Índio Luiza Cantofa, uma iniciativa da liderança Lúcia Paiacu Tabajara, será inaugurado oficialmente em uma cerimônia especial de abertura, que reunirá líderes indígenas, autoridades locais, acadêmicos e membros da comunidade. O nome do museu homenageia Luiza Cantofa, uma líder indígena importante dos índios Tapuias Paiacus, que lutou bravamente pela manutenção e preservação das tradições de seu povo.

O Museu do Índio Luiza Cantofa oferecerá aos visitantes a oportunidade única de mergulhar na rica história e cultura dos povos indígenas do Rio Grande do Norte. Ele abrigará uma coleção impressionante de artefatos arqueológicos através de lâminas de machado, percutores, batedores, pontas de projétil, cerâmicas e artefatos indígenas como tapeçaria e tudo aquilo que está vinculado a memória indígena dos índios paiacus de Apodi, todos meticulosamente preservados. Além disso, apresentará exposições interativas e multimídia para proporcionar uma experiência educacional imersiva. Hoje, no local, funciona também o Centro Histórico Cultural Tapuias Paiacus da Lagoa do Apodi. A abertura do museu será no dia 26 a partir das 11, no Sítio Missão I, número 1001, na zona rural de Apodi. A governadora Fátima Bezerra (PT) deve participar da solenidade.

O professor da UERN (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte) e arqueólogo Valdeci dos Santos Júnior, um dos principais colaboradores do projeto, desempenhou um papel crucial na orientação do acervo do museu. Segundo ele, a gênese do museu se deve aos esforços pessoais de Lúcia Paiacu, que começou a coletar em sua própria residência diversos artefatos arqueológicos indígenas. O que começou com apenas alguns itens numa estante, expandiu-se gradualmente, culminando no vasto acervo que o museu ostenta atualmente.

“A partir de 2016 ela começou um processo de recuperação em um prédio que fica às margens da Lagoa do Apodi, um prédio abandonado que era uma antiga estação de bomba de água, e foi doado pela Prefeitura e pelo Governo do Estado”, explica Valdeci.

A edificação, conhecida como Casa das Máquinas, foi construída há mais de trinta anos, mas nunca foi realmente utilizada. De acordo com o professor, a partir de então, o edifício passou por reformas para poder se tornar um lar adequado para o museu. Neste local, os visitantes terão a oportunidade de explorar uma variedade de materiais históricos. Segundo o arqueólogo, na cidade do Oeste existem quase 150 indígenas paiacus reconhecidos.

“Eles estão apenas mantendo as tradições dos seus antepassados e mantendo essa memória como uma forma de perpetuar todo um grupo étnico que existiu no século XVI, XVII, XVIII, principalmente, e que fez parte da história da Chapada do Apodi”, ressalta o arqueólogo. “As pessoas, a partir de agora, vão poder ver em Apodi, além do Lajedo de Soledade, onde estão as pinturas rupestres, também o museu e ver um pouco da memória dos indígenas paiacus que ali existiram e continuam a existir até hoje”, aponta o professor.

Com este empreendimento, o Rio Grande do Norte se une a outros estados brasileiros que já contam com museus dedicados à cultura e história indígena, reconhecendo o papel fundamental que esses povos desempenharam na construção da identidade cultural brasileira. A inauguração do Museu do Índio Luiza Cantofa ocorrerá num momento importante de conscientização e respeito à diversidade e ao patrimônio cultural indígena. Ao celebrar as conquistas, as histórias e a cultura dos povos indígenas do Rio Grande do Norte, este museu promete ser um destino obrigatório para todos aqueles que valorizam a rica tapeçaria cultural do Brasil.

Em 16 de fevereiro de 1958, na cidade do Natal, no Rio Grande do Norte, nasceu Oscar Daniel Bezerra Schmidt. Filho de um militar, desde cedo, foi estimulado a se envolver com atividades esportivas. Surpreendentemente, sua primeira paixão não foi o basquete, mas sim o futebol.

A atração pela bola laranja só despertou depois de sua mudança para a capital do país. Zezão, seu treinador no Colégio Salesiano, em Brasília, foi uma figura decisiva em sua transição para o basquete. Aos 13 anos, Oscar foi aconselhado por ele a buscar o Clube Unidade Vizinhança, que estava sob a tutela do renomado técnico Laurindo Miura. Este clube viria a ser o primeiro passo na escalada de Oscar no mundo do basquete.

Em 1974, Oscar, com apenas 16 anos, tomou uma decisão transformadora: mudou-se para São Paulo para dar início à sua carreira no basquete no time infanto-juvenil do Palmeiras. Em terras paulistanas, Oscar Schmidt logo chamou a atenção com seu talento natural e habilidades excepcionais, o que resultou em uma convocação para a seleção juvenil de basquete.

Em 1977, seu talento foi reconhecido quando ele foi nomeado o melhor pivô do Campeonato Sul-Americano Juvenil. Este feito notável garantiu a ele um lugar na seleção principal de basquete. Em sua estreia internacional, ele mostrou que estava à altura do desafio. Com a seleção principal, Oscar conquistou o título sul-americano e contribuiu para a conquista da medalha de bronze no Campeonato Mundial das Filipinas, em 1978. Impressionado com seu desempenho excepcional na seleção brasileira, o técnico Cláudio Mortari recrutou Oscar para o time do Sírio.

Em 1979, naquele que seria um dos momentos mais memoráveis de sua carreira, Oscar ajudou a equipe a conquistar a Copa William Jones, um prestigioso campeonato mundial interclubes de basquete. No ano seguinte, Oscar se destacou em uma nova arena, suas primeiras Olimpíadas em Moscou. Com uma incrível pontuação de 169 pontos, ele desempenhou um papel crucial na jornada do Brasil ao quinto lugar na competição.

Do Brasil para o mundo

Em 1982, Oscar decidiu fazer uma mudança e partiu do Sírio para jogar no América do Rio. No entanto, sua permanência no clube carioca foi breve. Suas realizações impressionantes no mundial interclubes e seu desempenho notável nas Olimpíadas não passaram despercebidas, chamando a atenção não apenas do Brasil, mas também de olheiros internacionais. Apenas alguns meses após sua chegada ao Rio de Janeiro, Bogdan Tanjevic, ex-técnico do time que foi derrotado pelo Sírio na final do mundial interclubes de 1979, fez questão de recrutar Oscar para jogar no Juvecaserta, clube que ele treinava na cidade de Caserta, na Itália.

Oscar passou 11 temporadas jogando na Itália, 8 delas com o Juvecaserta e 3 com o Pavia. Este foi um dos períodos mais vibrantes e formadores de sua carreira, quando teve a chance de elevar seu jogo e estabelecer-se como um dos maiores pontuadores desejados pelos clubes europeus. Durante sua estadia na Itália, Oscar anotou incríveis 13.957 pontos, tornando-se o primeiro jogador a ultrapassar a marca de 10 mil pontos no Campeonato Italiano. Além disso, em uma partida memorável do Fernet Branca, Oscar marcou um assombroso total de 66 pontos, estabelecendo-se entre os recordistas de pontos em uma única partida.

Apesar de ter carinho por todos os clubes em que jogou, a Seleção Brasileira sempre teve um lugar especial no coração de Oscar. Em 1984, Oscar teve a chance de participar de sua segunda Olimpíada, em Los Angeles, onde novamente marcou 169 pontos. Seu desempenho foi tão impressionante que atraiu a atenção do New Jersey Nets, de Nova York, que tentou contratá-lo após o torneio. No entanto, a dedicação de Oscar à seleção brasileira prevaleceu, levando-o a recusar a oferta da NBA para preservar seu status de amador – uma decisão que, se tivesse sido tomada, impediria sua futura atuação pela seleção.

Embora parecesse uma decisão radical na época, sua escolha provou ser acertada alguns anos depois. Em 1987, Oscar retornou aos Estados Unidos para os Jogos Pan-Americanos em Atlanta, onde ajudou a seleção brasileira a derrotar os anfitriões em seu próprio território, marcando um dos maiores triunfos de sua carreira.

No ano seguinte, em 1988, Oscar competiu em sua terceira Olimpíada, em Seul. Apesar do Brasil terminar apenas em quinto lugar, Oscar teve uma performance notável, sendo o principal pontuador da competição, com 338 pontos – 55 deles marcados em uma única partida contra a Espanha. Ele também estabeleceu outros dez recordes olímpicos, incluindo a melhor média de pontos, mais pontos em uma única edição, mais cestas de três pontos em uma única edição e jogo, mais cestas de dois pontos em um único jogo, mais lances livres em uma edição e em um único jogo. E isso foi apenas o começo – mais recordes ainda estavam por vir na carreira desse gigante do basquete.

Em 1993, um ano após seu retorno de sua quarta participação olímpica em Barcelona, onde mais uma vez se destacou como o principal pontuador com 198 pontos, Oscar deu um novo passo em sua carreira, transferindo-se para o Fórum Valladolid, na Espanha. Lá, ele continuou a encantar o público europeu com sua magia nas quadras – a ponto de inspirar o escritor Felix Angel a escrever um livro em sua homenagem, intitulado “Jogar como Oscar”.

A volta para o Brasil

Em 1995, Oscar tomou a decisão de retornar ao Brasil e juntou-se ao Corinthians. Sua contribuição foi vital para a conquista do oitavo título brasileiro de sua carreira em 1996. No mesmo ano, ele participou de sua quinta e última Olimpíada, atendendo ao pedido de seu técnico, Ari Vidal, apesar de ter manifestado intenções de se aposentar da seleção após os Jogos de Barcelona. Com essa participação, Oscar igualou o recorde de Teófilo da Cruz. Atualmente, Oscar, Teófilo e Andrew Gaze compartilham a distinção de maior número de participações de um jogador de basquete em Olimpíadas. Em Atlanta, ele foi novamente o maior pontuador da competição, com 219 pontos, garantindo o posto de maior cestinha da história dos Jogos Olímpicos, com 1093 pontos.

Depois de seu retorno ao Brasil, Oscar jogou para o Banco Bandeirantes (1997-1998), Mackenzie (1998-1999) e Flamengo (1999-2003). Foi durante sua passagem pelo clube rubro-negro que Oscar alcançou um dos marcos mais significativos de sua carreira: tornando-se o maior cestinha da história do basquete, com 49.737 pontos, superando o recorde anterior de Kareem Abdul-Jabbar, que tinha 46.725 pontos. Em 2003, ele encerrou sua carreira nas quadras.

Sem nunca ter pisado em uma quadra da NBA, Oscar Schmidt provou que o talento e a paixão pelo esporte não têm fronteiras. Ele é, sem dúvida, um dos grandes nomes do basquetebol mundial, um atleta que elevou o esporte brasileiro ao patamar internacional e inspirou gerações de jovens a sonhar com a bola laranja nas mãos.

O Parque Estadual da Pedra da Boca está localizado no bioma da Caatinga, região notável por suas características geológicas e geomorfológicas únicas, atraindo um público diversificado que inclui acadêmicos, turistas, visitantes casuais e entusiastas de esportes radicais. O ambiente do parque é dominado por uma espetacular formação rochosa de granito porfirítico, marcada pela presença de gnaisses e quartzitos. Estas rochas possuem superfícies arredondadas e exibem longas ranhuras que se estendem do topo até a base, dando um aspecto marcante à paisagem.

O parque se situa aos pés das serras da Araruna e da Confusão, que são formações pertencentes ao planalto da Borborema. A peculiar “Pedra da Boca”, que dá nome ao parque, é uma formação rochosa de aproximadamente 336 metros de altura. O seu destaque está em uma cavidade esculpida ao longo de séculos pela ação erosiva, cuja forma lembra uma imensa boca aberta, como se estivesse prestes a engolir algo.

A natureza deste parque abriga uma ampla gama de espécies endêmicas e raras. Estima-se que haja na área ao menos 21 espécies de répteis e anfíbios, 16 espécies de mamíferos e 125 de plantas. Sua flora exibe a resistência e beleza peculiar do bioma Caatinga, com suas árvores, arbustos e cactos imponentes. A fauna também é um espetáculo à parte, incluindo diversas espécies ameaçadas de extinção que encontraram refúgio neste santuário ecológico.

Entretanto, a Pedra da Boca não é apenas um cenário natural de tirar o fôlego. Ela guarda também vestígios de civilizações antigas, com sítios arqueológicos contendo pinturas rupestres milenares, que permitem vislumbrar as histórias e tradições de povos que viveram nessa região no passado. Para os mais aventureiros, o Parque Estadual da Pedra da Boca é um convite à exploração. Suas trilhas desafiadoras serpenteadas entre a vegetação e formações rochosas proporcionam uma experiência de tirar o fôlego, ao mesmo tempo em que oferecem vistas panorâmicas incríveis da paisagem. E suas formações são propícias para a prática do rapel e outros esportes de aventura.

Preservação e sustentabilidade também são palavras-chave na administração do parque. Além de ações para proteção da flora e fauna, há um constante trabalho de educação ambiental voltado para visitantes e comunidades locais, com o objetivo de enfatizar a importância e necessidade da conservação dos ecossistemas. Os esforços em direção ao turismo sustentável também são notáveis. A capacitação de guias locais e o fomento ao turismo consciente demonstram um compromisso em equilibrar o desenvolvimento econômico regional com a preservação da rica biodiversidade e patrimônio histórico-cultural presente na área.

O Parque Estadual da Pedra da Boca, situado na divisa entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba, é mais do que um local de imensa beleza natural. É uma demonstração viva da riqueza cultural desses estados e da imponente resistência do bioma Caatinga. Certamente, uma visita a este parque é uma experiência enriquecedora e inesquecível, unindo aventura, aprendizado e contato direto com a natureza em um cenário de tirar o fôlego.

Segundo os últimos dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Rio Grande do Norte continua a liderar a produção de petróleo em terra entre os oito estados produtores do Brasil. Em 2022, o RN gerou 178,3 milhões de barris de petróleo. No entanto, esses números representam uma redução de 3,39% em relação a 2021. As informações são do Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2023, publicado na última sexta-feira (30) pela agência, alcançando volumes impressionantes de produção que se traduzem em desenvolvimento econômico e social.

Esta conquista é o resultado de uma série de investimentos estratégicos e iniciativas governamentais voltadas para a exploração de petróleo e gás natural em terra. Entre elas, destacam-se a exploração e produção contínua da Bacia Petrolífera Potiguar, uma das mais importantes do país. Na produção terrestre de petróleo, o Rio Grande do Norte encerrou 2022 à frente de estados como Bahia, que produziu 165,5 milhões de barris, e Sergipe, com 160,4 milhões de barris. Outros estados produtores terrestres, como Amazonas, Alagoas, Espírito Santo, Maranhão e Ceará, não atingiram a marca de 100 milhões de barris cada. A produção total de petróleo em terra no Brasil foi de 653,2 milhões de barris em 2022.

De acordo com a série histórica, o RN alcançou seu pico de produção em terra há 10 anos, em 2013, com 335,9 milhões de barris. A partir de 2014, houve uma queda anual na produção, com uma ligeira recuperação em 2021, quando se produziu 184,5 milhões de barris, o maior volume desde 2017. Quanto à produção de petróleo offshore, o Rio Grande do Norte gerou 89,4 milhões de barris em 2022, ocupando a quarta posição entre os estados produtores. O Rio de Janeiro liderou a produção, com 23.032,7 milhões de barris, seguido por São Paulo, com 2.021,4 milhões de barris, e Espírito Santo, com 1.035,0 milhões de barris. No total, a produção brasileira de petróleo offshore em 2022 foi de 26,2 milhões de barris.

“A diversificação das fontes de receita e a exploração sustentável dos nossos recursos naturais sempre foram parte de nosso planejamento estratégico”, comentou o governador do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra. “Essa conquista é o resultado de um esforço conjunto, que envolveu os setores público e privado, e demonstra o potencial da nossa região.” Além do impacto direto na economia local, o aumento da produção de petróleo também representa uma vitória significativa para o Brasil. Aumentar a produção interna de petróleo diminui a dependência de importações, contribuindo para a segurança energética e a estabilidade econômica do país.

Entretanto, a produção de petróleo não é a única conquista do Rio Grande do Norte. O estado também tem se destacado na produção de energias renováveis, em particular a energia eólica e solar, demonstrando um compromisso com a sustentabilidade e a diversificação da matriz energética. Apesar dos desafios que a indústria do petróleo enfrenta, como a necessidade de investimentos em tecnologia e a adaptação às novas regulamentações ambientais, o Rio Grande do Norte demonstrou sua capacidade de superar obstáculos e criar oportunidades, consolidando-se como um importante player no cenário energético brasileiro. E esta é uma história de sucesso que traz benefícios não só para o RN, mas para todo o Brasil. A produção de petróleo em terra tem um potencial significativo para impulsionar o crescimento econômico, promover a geração de empregos e contribuir para a segurança energética nacional.

A ascensão do Rio Grande do Norte como líder na produção de petróleo em terra é uma demonstração clara do potencial do Brasil para explorar e desenvolver seus recursos naturais de maneira sustentável e economicamente viável.

Luiza Alzira Teixeira Soriano nasceu em 29 de abril de 1896 em Jardim de Angicos, no Rio Grande do Norte, foi uma política brasileira e a primeira mulher a ser eleita prefeita no Brasil e na América Latina. Filha de um influente líder político regional proprietário de terras, ela teve uma infância confortável e recebeu educação, algo incomum para as mulheres daquela época.

Alzira passou a sua infância na mesma cidade em que nasceu. Quando tinha apenas 17 anos, selou seu matrimônio com um promotor público originário de Pernambuco, e dessa união nasceram três filhas. Contudo, aos 22 anos ficou viúva, após a morte de seu marido, vítima da devastadora Gripe Espanhola. Alzira Soriano voltou a morar com seus pais em uma fazenda, ficando conhecida por comandar com pulso firme a casa e as atividades da propriedade familiar. Enquanto participava das reuniões promovidas pelo pai, chamou a atenção da líder feminista Bertha Lutz e do político Juvenal Lamartine de Faria, que a convenceram a disputar a prefeitura de Lajes.

Apesar de histórica, a eleição de Alzira enfrentou problemas ao longo da campanha e foi alvo de insultos misóginos, em uma sociedade patriarcal e regida pelas oligarquias da República Velha. Não faltaram críticas e até ofensas pessoais dos adversários da candidata. Segundo o Dicionário Mulheres do Brasil, organizado por Schuma Schumaher, alguns adversários da candidata falavam, sem o menor constrangimento, que mulheres públicas eram prostitutas. Outros procuravam a família dela para dizer que não ficava bem uma senhora de família entrar para a política.

Contudo, superando as adversidades, a candidata escolhida pelo Partido Republicano, Luiza Alzira Teixeira Soriano não se intimidou e foi eleita para a prefeitura com uma maioria esmagadora de mais de 60% dos votos, tomando posse em 1929. Alzira se mostrou uma lider nata, focada em fazer melhorias para sua cidade natal e manteve-se à frente do executivo municipal até o início da Revolução de 1930, que culminou na tomada de poder por Getúlio Vargas, só retornando à vida pública, no cargo de vereadora, no ano de 1947. Após seu falecimento, foi honrada com várias homenagens, entre as quais se destacam o Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós, concedido pela Câmara dos Deputados, e a instituição de um feriado municipal em sua terra natal.

Em 1928, este acontecimento político teve repercussão até nos Estados Unidos. No dia 8 de setembro daquele ano, o jornal The New York Times dedicou espaço a uma notícia inusitada sobre o Brasil: “Numa época em que as mulheres brasileiras sequer tinham direito ao voto e política era assunto exclusivo do universo masculino, a jovem Alzira Soriano, de 32 anos, não apenas votou como disputou e venceu as eleições municipais daquele ano em Lajes, um pequeno município no interior do Rio Grande Norte.” A notícia, publicada na página 9 do jornal norte-americano, chamava a atenção para o fato de Alzira ser a primeira mulher eleita prefeita em um país que ainda não havia permitido o sufrágio feminino – o que só aconteceria quatro anos depois, após a promulgação do Código Eleitoral de 1932 pelo presidente Getúlio Vargas.

Alzira Soriano morreu em 1963, aos 67 anos. Hoje, ela é lembrada por sua coragem e determinação, que abriram caminho para as futuras gerações de mulheres na política brasileira. A história de Alzira Soriano, uma mulher que ousou enfrentar as barreiras sociais e políticas de sua época, é uma prova poderosa de que as mulheres podem ocupar qualquer espaço que desejarem, inclusive a política. Essa matéria é uma homenagem a todas as mulheres que, como Alzira Soriano, foram pioneiras e abriram caminho para as gerações futuras. Que sua história continue inspirando e motivando mais mulheres a buscarem seu espaço, seja na política, seja em qualquer outro campo.

Nascido em 06 de maio de 1994 em Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, Ítalo Ferreira começou a surfar aos oito anos de idade, desafiando as ondas com uma tampa de isopor de uma caixa de peixe, sua primeiro “prancha”. Esse início humilde não demorou a se transformar em uma carreira promissora. Aos 12 anos, ele já era campeão potiguar no surf. Mas o talento do jovem não ficou limitado às praias nordestinas, e em pouco tempo ele ganhou notoriedade no cenário nacional.

Ítalo Ferreira tem em seu histórico dois títulos do Campeonato de Juniors, sendo campeão do Quiksilver Pro Rio Junior e do Mormaii Pro Junior em Garopaba, ambos no Brasil. Em 2014 foi campeão da SuperSurfe, sendo considerado o campeão brasileiro, e foi o vice-campeão no Moche Rip Curl Pro Portugal 2015, perdendo para Filipe Toledo. Em 2015, com apenas 20 anos, Ítalo estreou no World Surf League Championship Tour (WSL Championship Tour), o principal circuito de surf do mundo. Em sua temporada de estreia, ele mostrou que veio para ficar, terminando o ano na sétima posição geral e conquistando o prêmio de Rookie of the Year, dado ao melhor estreante da temporada. Mas o potiguar não se contentou apenas com a promissora estreia.

Nos anos seguintes, ele se consolidou como uma das maiores estrelas do surf mundial. Em 2019, ele realizou o sonho de todo surfista: tornou-se campeão mundial da WSL (World Surf League Championship Tour), o primeiro potiguar a alcançar tal feito.

Em 27 de julho de 2021, aos 27 anos de idade, Ítalo fez história ao se tornar o primeiro campeão olímpico de surf, no momento em que o esporte fez sua estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Sua medalha de ouro foi um marco para o Brasil e para o surf, solidificando ainda mais seu nome no panteão dos grandes atletas do esporte. Também foi a primeira medalha de ouro do Brasil na edição. Na etapa final da competição ele venceu o japonês Kanoa Igarashi por 15,14 contra 6,60 numa bateria que começou tensa, com Ítalo quebrando a prancha mas conseguindo rapidamente se recuperar e crescer, pegando boas ondas. A competição aconteceu em Tsurigasaki Beach.

Desde então, Ítalo Ferreira continua acumulando títulos e conquistas, encantando o mundo com sua técnica impecável, sua criatividade nas ondas e sua personalidade carismática, sempre com um sorriso no rosto e a alegria contagiante típica dos potiguares.

Com suas conquistas, Ítalo Ferreira transcendeu o esporte. Hoje, ele é um ícone cultural e um exemplo para jovens surfistas do Brasil e do mundo. Sua história de superação e persistência inspira uma nova geração de atletas a enfrentar as ondas e seguir seus sonhos, provando que é possível ir além, independentemente de suas origens.

E enquanto o futuro ainda reserva muitas ondas para Ítalo Ferreira, uma coisa é certa: o surf nunca mais será o mesmo depois do fenômeno potiguar. As praias de Baía Formosa, onde tudo começou, agora são o berço de um campeão mundial e olímpico. E o Brasil, mais do que nunca, é uma referência indiscutível no

Fundada em 2008 por Chris Xu, a SHEIN tem desfrutado de um crescimento espetacular, emergindo como uma das maiores marcas de moda online do mundo. Com produtos voltados principalmente para mulheres, a empresa ganhou notoriedade por oferecer roupas, sapatos e acessórios da moda a preços acessíveis. A nova instalação de fabricação, planejada para começar a operar já no início de 2024, será o primeiro empreendimento da SHEIN na América Latina.

Segundo representantes da empresa, a escolha do Rio Grande do Norte se deve ao forte setor têxtil do estado e à sua mão de obra qualificada. “Estamos entusiasmados em iniciar nossas operações de fabricação no Brasil e acreditamos que o Rio Grande do Norte é o local perfeito para começar”, afirmou Liu Jun, porta-voz da SHEIN. “Nossa expansão para a América Latina não é apenas um marco para a SHEIN, mas também uma grande oportunidade para a economia local.” O governo do estado, entusiasmado com a perspectiva de aumento do emprego e do crescimento econômico, está dando total apoio à iniciativa.

Com investimento de R$ 750 milhões para fornecer tecnologias e treinamento a fabricantes têxteis brasileiros, a nova operação pode gerar 100 mil empregos em três anos. A gigante chinesa, que conta com a participação do brasileiro Grupo Coteminas, já iniciou negociações com integrantes do programa Pro Sertão, situado no Seridó do RN. Com a meta de estabelecer parcerias sólidas para a nova operação que iniciará em breve, a empresa designou o seu presidente no Brasil, Mário Setti, para aprofundar as negociações com potenciais fornecedores. O executivo já morou em Natal, quando chefiou as operações das unidades da Coteminas no RN.

A SHEIN, que obteve um faturamento de US$ 2 bilhões no Brasil em 2022, tem como objetivo transformar o país em um “hub avançado de produção têxtil e de exportação para a América Latina”. Para atingir essa meta, a gigante varejista chinesa planeja estabelecer parcerias com cerca de 2 mil fabricantes locais, dando início pelo Rio Grande do Norte, onde já programou várias reuniões com representantes governamentais.

“A chegada da SHEIN é uma vitória para o nosso estado. Nós vemos isso como uma confirmação do nosso potencial no setor têxtil e uma oportunidade para gerar mais empregos e fortalecer a nossa economia”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.

A instalação de produção da SHEIN promete ser uma das mais avançadas do país, com a empresa planejando investir fortemente em tecnologia de produção de ponta. Isso inclui automação avançada e práticas de manufatura sustentáveis, refletindo o compromisso da SHEIN com a responsabilidade ambiental. E a decisão da SHEIN de se estabelecer no Brasil destaca o contínuo crescimento do país como um centro de produção de moda.

A empresa se junta a um número crescente de marcas internacionais que reconhecem o potencial do Brasil como um jogador global na indústria da moda. Esta é uma notícia emocionante para o Rio Grande do Norte e para o Brasil como um todo, sinalizando um novo capítulo na história de crescimento e expansão da moda no país.

A ocorrência de abalos sísmicos no Rio Grande do Norte não é um fenômeno recente. Na verdade, a região já vivenciou tremores de terra de considerável magnitude, particularmente durante a década de 1980. Um exemplo marcante desses sismos foi o que atingiu a área de João Câmara. A cidade teve abalo sísmico de magnitude 5.1 em 30 de novembro de 1986, o que fez casas desabarem e milhares moradores deixarem a cidade. A incidência de sismos nessa região, conhecida por seu solo de terra firme, é uma anomalia em uma nação que é em grande parte poupada da atividade sísmica mais violenta que ocorre ao redor do globo. Contudo, os dados indicam que o Rio Grande do Norte é o estado com o maior número de eventos sísmicos registrados no Brasil.

A explicação científica para essa peculiaridade reside na “Falha de Samambaia”, uma formação geológica que atravessa o estado potiguar. Esta falha geológica é a principal causadora dos abalos sísmicos na região, segundo estudos recentes do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB). A “Falha de Samambaia” é a maior falha geológica do Brasil. Tem 38 km de comprimento por cerca de 4 km de largura e atravessa os municípios de Parazinho, João Câmara, Poço Branco e Bento Fernandes. Sua profundidade varia entre 1 e 9 km. Próximo a ela se encontra a falha geológica de Poço Branco, que apesar de ser bem menor também contribui por alguns tremores naquela região. As atividades sísmicas ao redor da falha de Samambaia são constantes e em alguns casos podem causar tremores de magnitude elevada, como a de 1986.

De acordo com o geólogo e pesquisador da UnB, Dr. Eduardo Menezes, “a Falha de Samambaia é uma formação antiga, cuja atividade tem se intensificado nos últimos anos. Estamos monitorando de perto e acreditamos que ela seja a maior causadora dos abalos sísmicos no Rio Grande do Norte”. Enquanto as pesquisas continuam para entender melhor a atividade da Falha de Samambaia, as autoridades locais estão trabalhando para implementar medidas preventivas e educativas. Entre elas, estão ações de sensibilização e preparação da população para lidar com os tremores, assim como melhorias na infraestrutura para minimizar potenciais danos.

Mesmo que os tremores tenham uma magnitude baixa se comparada a outros eventos sísmicos globais, a frequência com que ocorrem no Rio Grande do Norte gera um alerta para a população e para os cientistas. No entanto, como ressalta o Dr. Menezes, “é preciso entender que a atividade sísmica é um processo natural e estamos trabalhando para entender melhor a Falha de Samambaia e preparar a população da melhor forma possível”.

Com somente 24 anos de idade, Maria Eduarda Franklin já carrega consigo um impressionante currículo acadêmico que certamente desperta admiração em qualquer cientista. Em seu portfólio acadêmico, Duda, como é carinhosamente conhecida nas redes sociais, ostenta duas graduações pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) – uma em Ciência e Tecnologia com enfoque em neurociências, e a outra em Engenharia Biomédica. No âmbito dos mestrados, a jovem cientista potiguar soma em seu currículo o título de mestre em Neuroengenharia e em Ciência, Tecnologia e Inovação. Além das respeitáveis credenciais acadêmicas, Maria Eduarda também se destaca como empreendedora, sendo uma das cofundadoras e atual CEO da Orby, Co.

A Orby, Co. é uma startup inovadora que proporciona soluções tecnológicas para a integração de processos médicos. Este empreendimento retrata a aplicação direta da expertise e do conhecimento de Maria Eduarda na intersecção entre tecnologia, neurociência e engenharia biomédica, solidificando seu impacto na indústria da saúde.

Maria Eduarda Franklin é uma mulher preta, proveniente de uma família simples. Ela nasceu no bairro das Quintas, na cidade de Natal, e quando tinha apenas 12 anos, mudou-se com a família para o Pajuçara, localizado na Zona Norte da cidade. Desde tenra idade, Duda exibiu um fascínio notável pela ciência. Essa paixão, que germinou durante a infância, foi percebida por suas professoras que prontamente reconheceram seu talento excepcional para aprendizado. A família de Duda, percebendo a mesma capacidade, estimulou e fomentou esse interesse pela ciência no ambiente doméstico, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento de sua paixão.

Maria Eduarda é a prova de que a perseverança e o amor pelo conhecimento podem levar a conquistas incríveis. Entre os mais recentes triunfos, a Orby, Co., destacou-se no cenário internacional ao vencer a prestigiosa Brazil Conference at Harvard and MIT (Massachusetts Institute of Technology), que ocorreu entre os meses de março e abril deste ano na cidade de Boston, nos Estados Unidos. Além disso, desde maio, a startup passou a ser parte integrante do Microsoft for Startups Founders Hub. Este hub da Microsoft tem o intuito de estimular e promover o crescimento de startups inovadoras ao redor do globo.

Em um mundo onde as mulheres ainda são minoria em carreiras de tecnologia, Maria Eduarda é um exemplo de que é possível vencer estereótipos e barreiras socioeconômicas. Ela espera que sua história inspire outras jovens a perseguir seus sonhos, independentemente das circunstâncias. Enquanto Duda continua a avançar em sua carreira, o mundo observa com admiração e antecipação. Afinal, se sua jornada até agora é algo a se considerar, seu futuro promete ser ainda mais brilhante. Esta personalidade potiguar é um grande orgulho para o Rio Grande do Norte!