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A origem de “galado” está intrinsecamente ligada à história de Natal, uma cidade que foi base estratégica para os americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Naquela época, Natal, com cerca de 50 mil habitantes, abrigava mais de 10 mil soldados americanos. Essa presença maciça influenciou profundamente a cultura local e a percepção dos natalenses sobre o mundo.

A diferença cultural entre os militares americanos e os locais era evidente, especialmente no vestuário. Os soldados frequentemente usavam trajes de gala, algo incomum entre os natalenses. Com o tempo, esses soldados passaram a ser chamados de “galados”, uma referência direta aos seus ternos de gala. Existe ainda uma versão alternativa sobre a origem do termo, ligada ao uso dos trajes de gala pelos militares em prostíbulos, especialmente o famoso Cabaré de Maria Boa. Para manter um ambiente seletivo e lucrativo, o cabaré exigia que seus clientes usassem trajes de gala. Assim, os natalenses começaram a associar a expressão “galados” aos militares frequentadores desses locais.

A evolução do significado de “Galado”

Com o tempo, o significado de “galado” evoluiu e se diversificou. Embora tenha se originado de maneira pejorativa, o termo passou a adquirir várias conotações, variando de acordo com a entonação, o contexto e a forma como é empregado na conversa. Atualmente, “galado” pode ser um adjetivo carinhoso para uma pessoa amigável e simpática. Em outros contextos, pode ter uma conotação negativa, referindo-se a alguém abusado, inconveniente ou desonesto.

De maneira informal, “galado” também é usado como cumprimento, como em “E aí, galado? Tudo bem?”. Além disso, o termo gerou variações como “galadice” ou “galadagem”, usadas para descrever situações de confusão, frescura ou problemas, como em “Essa boyzinha está cheia de galadagem”. Portanto, o termo “galado” reflete não apenas um aspecto linguístico regional, mas também uma rica tapeçaria de história cultural e social no Rio Grande do Norte.

Capim Macio, situado na zona Sul de Natal, tem uma origem interessante para seu nome. A região, antes dominada por fazendas e granjas, era conhecida por seu capim particularmente macio. A transformação de Capim Macio em bairro residencial começou em 1973, quando o empresário João Veríssimo da Nóbrega adquiriu uma grande área de terra e desenvolveu o loteamento Cidade Jardim. Para atrair moradores, ele construiu um galpão comercial próximo à Avenida Engenheiro Roberto Freire, que mais tarde se tornou um supermercado: o Nordestão.

Como fatores de sua formação, destacam-se a construção da pista Natal-Parnamirim, a edificação do conjunto habitacional Mirassol e, como principal referência, a criação do Campus Universitário. A região, antes uma área de mata densa, chegou a abrigar um minizoológico e várias boates.

Nos anos 40, o bairro de Capim Macio era um local de treinamento para oficiais do Exército. A instalação do Campus Universitário no bairro vizinho de Lagoa Nova, ocupando 130 hectares, impulsionou a valorização dos terrenos próximos. Entre 1973 e 1974, a cidade do Natal experimentou uma rápida expansão urbana para o sul, aumentando a popularidade de morar em apartamentos e, consequentemente, valorizando os terrenos urbanos. Vários conjuntos residenciais foram construídos em Capim Macio nas décadas seguintes.

Os limites de Capim Macio foram oficialmente estabelecidos em 1993, com a Lei 4.328, de 5 de janeiro de 1993. Mas por que o bairro Capim Macio recebeu esse nome? O nome vem da própria vegetação da planície onde se expandiu o casario do bairro e, desde então, o bairro se desenvolveu significativamente, com muitas casas de alto padrão, apartamentos de luxo, uma variedade de comércios, especialmente restaurantes e bares, além de universidades e grandes redes de hipermercados. E você, quer conhecer a história de qual bairro da cidade do Natal?

Fernando de Noronha poderia ser potiguar, mas é pernambucana. A ilha passou por um processo de disputa ao longo da história, foi tomada e devolvida, e por fim, continuou pertencendo ao estado de Pernambuco. Apesar de estar situada a 545 km da costa pernambucana e mais próxima, a 360 km da costa potiguar, Fernando de Noronha, um arquipélago que abrange 26 quilômetros quadrados e compreende 21 ilhas e ilhotas, pertence a Pernambuco.

O arquipélago foi descoberto pelo navegador português Fernão de Noronha ou Loronha, 1.º Senhor da Ilha de Fernando de Noronha, em 10 de agosto de 1503, por uma expedição portuguesa que navegava pela costa sul-americana. Com o tempo, Fernando de Noronha rapidamente se estabeleceu como um santuário marinho. Ao contrário do que muitos podem pensar, a ilha nunca foi parte do território do Rio Grande do Norte. Apesar da proximidade geográfica, o fato de nunca ter sido colonizada pelos potiguares consolidou seu destino fora do domínio potiguar.

As ricas águas de Noronha chamaram a atenção de potências estrangeiras. Ingleses, franceses e holandeses estiveram entre os principais colonizadores da ilha. Essas ocupações geraram uma série de conflitos territoriais, não só da ilha, mas também em partes do continente. Contudo, em 1700, o território foi oficialmente atribuído a Pernambuco, devido, principalmente, à presença dos primeiros nativos que a habitavam.

A importância estratégica de Noronha também foi sentida no século XX. Durante a Segunda Guerra Mundial e o período da ditadura militar iniciado em 1964, o arquipélago teve um papel crucial para as forças armadas brasileiras. Uma prisão edificada no século XVIII, inclusive, chegou a deter figuras notórias, como Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco e avô de Eduardo Campos, posteriormente também governador do estado.

A gestão federal sobre Noronha, em seus últimos anos, destinou cerca de 70% do arquipélago a um parque marítimo, preservado até hoje. No entanto, em 1988, o decreto federal nº 4102 foi revogado, reincorporando Noronha ao domínio de Pernambuco.

Atualmente, a administração da ilha permanece sob responsabilidade do governo pernambucano, com um administrador-geral nomeado pelo governador. O turismo, aproveitando as belezas naturais e a biodiversidade marinha, é o motor econômico de Noronha, posicionando o arquipélago entre os destinos mais desejados do Brasil.

As espécies de morcegos encontradas nas cavernas do Rio Grande do Norte desempenham um papel vital na biodiversidade da região, agindo como polinizadores de várias plantas endêmicas da Caatinga. A importância desses animais é ressaltada por Juan Carlos Vargas Mena, ecologista costarriquenho e explorador da National Geographic Society. Mena veio ao Brasil para contribuir com a tarefa de mapear, monitorar e conservar os morcegos do Rio Grande do Norte, que habitam mais de 1,3 mil cavidades, das quais somente 400 possuem proteção legal. “Há muitas outras cavernas sem proteção, o que torna esses animais vitais vulneráveis”, alerta.

A expedição explorou 65 cavernas inexploradas no estado, com resultados significativos para a conservação dos morcegos locais, incluindo a descoberta de uma colônia do raro morcego Xeronycteris vieirai, endêmico da Caatinga.

A localização dessa colônia, na Serra do Feiticeiro, foi possível graças ao uso de um transmissor GPS em um indivíduo capturado da espécie. Segundo Mena, esta é a primeira colônia da espécie mapeada no Brasil. O Xeronycteris é responsável pela polinização de plantas icônicas da região, como o xique-xique e o mandacaru. Outro achado surpreendente foi uma enorme colônia do morcego-beija-flor (Glossophaga soricina), com cerca de cinco mil indivíduos. Essa espécie tropical, conhecida por se alimentar do néctar de flores, é raramente encontrada em colônias tão grandes.

Foto de Juan Carlos Vargas Mena.
Foto de Juan Carlos Vargas Mena.

A expedição também revelou um dos raros registros do morcego-de-cabeça-chata-sul-americano (Neoplatymops mattogrossensis), com Mena fotografando uma fêmea amamentando seu filhote. Esta espécie é notável por se refugiar em fissuras estreitas, tornando a captura e observação um grande desafio. Uma foto incrível do explorador, não é mesmo?

Por que os morcegos do Nordeste devem ser preservados?

Mena ressalta três aspectos vitais da pesquisa dos morcegos: proteção dos próprios morcegos, conservação dos ecossistemas de cavernas e preservação da flora da Caatinga. A importância dos morcegos vai além da polinização, incluindo a sustentação da vida em ambientes de cavernas através das fezes, que servem de alimento para outros organismos. Além disso, as cavernas são vulneráveis a atividades humanas como turismo, mineração e coleta de guano.

Identificar abrigos de alta diversidade de morcegos, grandes colônias ou espécies raras é fundamental para proteger esses ambientes. “Quanto mais conhecemos, mais poder temos para buscar medidas legais de preservação, evitando consequências como a perda de biodiversidade e desertificação da Caatinga”, conclui Mena.

Com uma média anual que oscila entre 24°C e 30°C, a queda acentuada na temperatura tem surpreendido e desafiado os moradores de Natal. Mas a Cidade do Sol, que tem vivido dias mais frios, já viveu temperaturas muito mais baixas. Quem viveu aquele dia, em 9 de outubro de 1967, recorda com certa surpresa o súbito frio que abraçou a cidade.

De acordo com o INMET, aquela manhã de outubro desafiou todas as expectativas e provou que, mesmo nos trópicos, os termômetros podem surpreender. O recorde anterior, de 12,1°C, registrado em 1945, foi superado por uma margem significativa, solidificando o dia 9 de outubro de 1967 na memória meteorológica do Rio Grande do Norte. Aquele dia, mais de meio século atrás, é uma curiosidade climática que rompe com a tradicional imagem tropical da cidade. Desde então, a temperatura mais baixa registrada em Natal foi de 14,8°C, em 28 de junho de 1959.

Aqueles que recordam o dia frio em Natal descrevem a cidade como irreconhecível, envolta em uma névoa de inverno, com os moradores buscando agasalhos para se proteger do frio atípico. Muitos se perguntavam se o frio intenso seria uma tendência, mas, como a história mostrou, o episódio foi um fenômeno isolado. A marca de 10,6°C em Natal serve como um lembrete de que a natureza tem a capacidade de surpreender e que o clima, mesmo em regiões conhecidas por suas temperaturas elevadas, pode desafiar as expectativas. Hoje, mais de 50 anos depois, os moradores de Natal ainda relembram daquele dia, prova de que, mesmo nos trópicos, o frio pode dar o ar de sua graça.

O episódio, ocorrido em 13 de junho de 1927, às 13h, mostrou a coragem, a determinação e a união dos mossoroenses. A população, liderada pelo então prefeito Rodolfo Fernandes, reuniu-se, armou-se como pôde e conseguiu defender a cidade do ataque de Lampião e seu bando. A resistência inesperada de Mossoró é hoje um marco histórico e motivo de orgulho para os seus cidadãos.

O famoso cangaceiro e seu grupo planejavam saquear a próspera cidade, que na época já destacava-se por sua produção de sal e petróleo. No entanto, ao contrário de outras localidades, Mossoró reagiu: montou barricadas, distribuiu armas entre seus moradores e aguardou o bando de cangaceiros. Quando o combate começou, a coragem dos mossoroenses prevaleceu, resultando na retirada do bando e marcando a resistência como um triunfo da cidade sobre o temível Lampião.

Como tudo aconteceu?

A sociedade de Mossoró estava fervilhando de animação na noite de 12 de junho de 1927, graças a uma grande celebração organizada pelo Humaytá Futebol Clube. A festa, repleta de glamour, acontecia na véspera do dia de Santo Antônio. No entanto, o clima festivo foi abruptamente interrompido com a notícia que começou a circular: Virgulino Ferreira, o temido cangaceiro conhecido como Lampião, estava se aproximando da cidade.

Poucas horas antes, Lampião e seu bando haviam atacado a vila vizinha de São Sebastião (hoje conhecida como município de Governador Dix-Sept Rosado). Em questão de instantes, o rigoroso código de vestimenta da festa – branco para os cavalheiros e azul e branco para as damas – perdeu o seu charme. O acontecimento desfez o clima de elegância que prevalecia, abalando a elite do sertão que, até então, desfrutava de um momento de pura ostentação.

O coronel Rodolfo Fernandes, o prefeito, já havia alertado, nos últimos dias, sobre o perigo do ataque do rei do cangaço ao município. Contudo, a maioria dos residentes parecia desacreditada. A tranquilidade era tamanha que, naquele mesmo dia, 12 de junho, Mossoró parecia mais absorvida pelo aguardado jogo de futebol entre Ipiranga e Humaytá do que pela possibilidade de uma invasão por Lampião. O jogo de futebol ocorreu sem maiores ocorrências. Porém, a atmosfera do baile mudou drasticamente.

Apesar dos esforços de alguns participantes e dos diretores do clube para minimizar as notícias que chegavam de São Sebastião, a festa foi dominada por uma onda de inquietação e medo. O som agudo do apito da locomotiva ferroviária ecoava sobre o pânico dos mossoroenses, conforme descrito pelo jornalista Lauro da Escóssia, que testemunhou os eventos, em seu livro “Memórias de um Jornalista de Província”. Os trens começavam a se movimentar, conduzindo famílias e quantos quisessem fugir de Mossoró. Segundo ele, durante toda a noite e na manhã seguinte, a ferrovia permaneceu ininterruptamente agitada.

Nas primeiras horas da manhã de 13 de junho, muitos moradores de Mossoró, que naquela época contava com cerca de 20 mil habitantes, já haviam abandonado suas casas. No entanto, o êxodo não era apenas um resultado do medo. A estratégia traçada pela prefeitura, que conseguiu assistência oficial em termos de armas e munições, porém não em efetivos para combate, era manter na cidade somente os cidadãos que pudessem estar armados. Na avaliação do coronel Rodolfo Fernandes, um ambiente mais vazio aumentaria a chance de resistir à invasão do bando de cangaceiros. Havia algum tempo que Lampião cogitava a audaciosa tarefa de invadir Mossoró.

Essa seria a mais grandiosa tentativa de saque do seu bando, conforme relata o historiador Frederico Pernambucano de Mello em seu livro “Guerreiros do Sol”, onde argumenta que o cangaço era um modo de vida. Pouco antes de alcançar a cidade, Lampião enviou um bilhete à prefeitura, numa clara tentativa de extorsão. No bilhete, Lampião exigia um pagamento de 400 contos de réis para poupar a cidade de um ataque. Esse montante era ao menos dez vezes maior do que o que ele costumava solicitar em situações similares. Na tarde do feriado de Santo Antônio, 13 de junho, ele e seu bando já se posicionavam nas imediações do município potiguar.

Sangue e areia mancharam a reputação do Rei do Cangaço

Lampião liderava um bando de 53 cangaceiros. No entanto, ele não esperava encontrar uma resistência composta por pelo menos 150 homens armados defendendo a cidade. O jornalista Lauro da Escóssia estava no local, testemunhando tudo de perto. Durante toda a noite, disparos de armas podiam ser ouvidos. “Parecia uma noite de São João bem comemorada”, escreveu em O Mossoroense. Enquanto isso, as mulheres oravam a outro santo junino, Santo Antônio, homenageado naquele dia.

Durante o ataque, Lampião sofreu perdas significativas em seu bando. Colchete teve parte do crânio destruída por balas. Jararaca, após ser capturado, foi praticamente enterrado vivo. Em menos de uma hora depois do início do confronto, o capitão do sertão – um dos muitos apelidos do famoso cangaceiro – percebeu que conquistar a cidade seria praticamente inalcançável. Então, ele ordenou a retirada do seu bando, na tentativa de evitar mais baixas e proteger ainda mais sua reputação. “A partir desse momento, a estrela do bando começaria a brilhar cada vez menos”, escreveu o historiador Pernambucano de Mello.

Comemorada todos os anos, a data de 13 de junho é uma ocasião em que a cidade reverencia a sua resistência contra o bando de Lampião, a qual se tornou um símbolo da valentia e da unidade do povo de Mossoró. O acontecimento é lembrado no Museu do Sertão, que reúne uma rica coleção de itens históricos e uma exposição permanente sobre o cangaço. Além disso, a cidade realiza uma encenação ao ar livre da resistência, chamada “Auto da Liberdade”, que atrai milhares de visitantes todos os anos. O espetáculo conta com a participação de atores locais e narra, de maneira dramática, os eventos daquele dia de 1927.

A data é sempre um lembrete do espírito de união, força e coragem da população mossoroense, que fez história ao ser a primeira cidade a resistir ao bando de cangaceiros de Lampião. A resistência de Mossoró não só marcou a história da cidade como também sinalizou o início do declínio do cangaço no Nordeste brasileiro. A partir daí, a invencibilidade de Lampião foi questionada e outras localidades foram encorajadas a se opor à ameaça do cangaço. A corajosa cidade de Mossoró é uma prova viva de que, com união e determinação, é possível enfrentar e superar qualquer desafio.

Nascido e criado em Macau, uma pequena cidade no Rio Grande do Norte, no Brasil, Charlingtonglaevionbeecheknavare dos Anjos Mendonça tem uma rotina típica dos habitantes locais: é casado, tem duas filhas, trabalha como encanador industrial, adora uma boa partida de futebol e curte o carnaval como ninguém. Mas seu nome inusitado de 32 letras, seguido de um sobrenome duplo, sempre chamou atenção em sua cidade e se tornou motivo de orgulho.

A escolha do nome partiu de seu pai, que sempre apreciou nomes exclusivos e diferentes mas o significado sempre foi um mistério. “Ele sempre gostou de nomes exóticos e queria que eu tivesse um que fosse único. No início, era difícil para as pessoas pronunciarem, mas agora todos na cidade já se acostumaram”, conta Mendonça, que geralmente é chamado pelos amigos e pelos vizinhos de ‘Chachá’, uma versão abreviada e mais prática do seu nome completo.

A vida de Charlingtonglaevionbeecheknavare é cheia de anedotas divertidas relacionadas ao seu nome. Como aquela vez em que um atendente de telemarketing passou mais de cinco minutos tentando pronunciá-lo corretamente. Quando sua matrícula na escola teve que ser refeita porque seu nome não cabia no formulário ou mesmo quando precisou ir a Recife para criar o seu CPF. Apesar desses pequenos obstáculos, Chachá sempre levou a situação com bom humor. “Às vezes, é uma chatice, mas eu gosto do meu nome. É único, assim como eu”, afirma, rindo.

A história do nome mais longo do Brasil é uma curiosidade que transcende as fronteiras de Macau e chega a todo o país, refletindo a diversidade e singularidade da cultura brasileira. Nesse sentido, a figura de Charlingtonglaevionbeecheknavare dos Anjos Mendonça se torna um símbolo de uma nação que, em sua pluralidade, sempre encontra espaço para o único e o inusitado.

E o que Chachá aconselha para aqueles que se deparam com a singularidade de seu nome? “Sorriam e tentem pronunciar. É só um nome, afinal. E, se você não conseguir, pode me chamar de Chachá”, conclui com um sorriso.

O esquibunda (skibunda), um esporte simples, porém extremamente divertido, consiste em deslizar entre as dunas de areia e, muitas vezes, até as águas. A palavra “esquibunda” é um termo regional brasileiro que significa literalmente “esqui de bunda”. Apesar de ter ganho popularidade em muitas partes do Brasil e do mundo, poucos sabem que esse esporte, de fato, teve suas origens humildes nas areias douradas e lagoas translúcidas de Natal e do Rio Grande do Norte.

A origem do esporte reside entre os habitantes de Natal. A sua gênese apresenta-se com um toque de curiosidade. Em face da impossibilidade de praticar surf em dias com escassez de ondas, os locais conceberam uma alternativa para se manterem ativos. No entanto, ao invés da água, elegeram as dunas como palco predileto para suas atividades lúdicas.

Segundo relatos, a diversão de esquibunda começou nos anos 1980, quando os moradores locais começaram a usar pedaços de madeira ou isopor para deslizar pelas dunas. O esporte logo ganhou popularidade entre os jovens, que passaram a competir para ver quem poderia deslizar mais rápido ou mais longe. Eventualmente, as pranchas de madeira e isopor foram substituídas por pranchas de plástico e de fibra de vidro, que eram mais duráveis e deslizavam melhor.

Desde então, o esquibunda se tornou uma atividade turística popular em Natal, com turistas de todo o mundo vindo à cidade para experimentar a adrenalina de deslizar pelas dunas. Além disso, a cidade sedia anualmente o Campeonato Brasileiro de Esquibunda, onde participantes de todo o país vêm para competir e demonstrar suas habilidades.

Em Natal, o esquibunda é mais do que apenas um esporte. É um símbolo da cultura local, um passatempo popular entre os jovens, e um atrativo turístico que continua a atrair visitantes de todo o mundo. Mais do que isso, é uma lembrança viva do espírito inovador e criativo das pessoas de Natal, que transformaram um simples pedaço de madeira ou isopor em um esporte adorado por todos. No final do dia, quando o sol começa a se pôr e as dunas de areia de Natal começam a arrefecer, você pode ver fileiras de pessoas, jovens e idosos, subindo as dunas com suas pranchas debaixo dos braços. Com um grito de alegria, eles lançam-se na areia e deslizam, deixando um rastro de risos e diversão atrás deles. É neste momento que percebemos: o esquibunda é mais do que um esporte. É um estilo de vida, e nasceu aqui, em Natal.

O mar potiguar possui uma salinidade de aproximadamente 39 partes por mil, ficando atrás apenas do Mar Vermelho, que tem uma concentração salina em torno de 41 partes por mil. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a alta taxa de evaporação causada pelo clima quente do Nordeste e os ventos alísios, que favorecem a entrada de água salgada do oceano para a costa. Mais uma das incríveis curiosidades sobre o estado do Rio Grande do Norte.

No entanto, esta característica do litoral do Rio Grande do Norte não é apenas uma curiosidade geográfica. Ela tem um impacto direto na economia do estado, que abriga algumas das maiores salinas do Brasil. A produção de sal no Rio Grande do Norte é estimada em cerca de 95% da produção nacional, com as cidades de Mossoró e Macau sendo os principais centros produtivos.

A água do mar extraída do litoral do estado é enviada para as salinas, onde é armazenada em grandes tanques. Devido ao alto teor de sal, a evaporação da água leva à formação de cristais de sal, que são posteriormente coletados e processados para uso. O sal produzido no estado é de extrema importância, sendo usado não apenas para o consumo humano, mas também na indústria, na agricultura e na produção de biodiesel.

Além do impacto econômico, a salinidade do mar do Rio Grande do Norte também influencia a biodiversidade local. A alta concentração de sal faz com que as águas costeiras do estado sejam o lar de uma variedade de espécies únicas e adaptadas a ambientes extremamente salinos. Estes incluem microrganismos halófilos, que são usados na produção de enzimas para a indústria farmacêutica, além de peixes e crustáceos.

O mar do Rio Grande do Norte, com sua salinidade impressionante, representa um recurso natural precioso para o estado. Seja contribuindo para a economia local através das salinas, ou abrigando uma biodiversidade única, o segundo mar mais salgado do mundo é sem dúvida um ponto de interesse científico e cultural. É uma lembrança de que, mesmo em um mundo globalizado, cada lugar tem suas particularidades e tesouros escondidos.

As praias de Natal e a geografia única do local, com suas belíssimas dunas, fazem desta linda capital do Rio Grande do Norte, um destino perfeito para os amantes dos buggys. Esses veículos off-road leves e abertos são feitos para andar na areia, tornando-os o meio de transporte perfeito para explorar a variedade de paisagens que Natal e os destinos da região oferecem.

Os buggys estão entrelaçados com a cultura e a vida diária em Natal. Seja para passeios turísticos, esportes ou simplesmente para se locomover, os buggys estão em todo lugar. Um passeio de buggy pelas dunas é uma experiência indispensável para qualquer turista que visita Natal, proporcionando uma mistura emocionante de aventura e beleza natural.

Alem disso, a cidade tem uma rica história de eventos esportivos relacionados aos buggys. Corridas e rallies são realizados regularmente, atraindo entusiastas do esporte de todas as partes do mundo. A adrenalina dessas corridas, combinada com a vista deslumbrante do litoral de Natal, cria uma experiência incomparável para participantes e espectadores.

Agora, a fama de Natal como um destino central para a cultura dos buggys tem se espalhado para além das fronteiras brasileiras. Turistas do mundo todo são atraídos pela promessa de uma aventura única a bordo de um buggy, desfrutando da paisagem única e da cultura acolhedora da cidade. E Natal pode não ter um título oficial, mas não há como negar: esta vibrante cidade brasileira é verdadeiramente a capital dos buggys. Sua paixão e entusiasmo por esses veículos energéticos ressoam em cada corrida pela areia, cada sorriso de um turista aventureiro e cada história contada ao pôr do sol após um dia inesquecível ao volante de um buggy.