Nascido e criado em Macau, uma pequena cidade no Rio Grande do Norte, no Brasil, Charlingtonglaevionbeecheknavare dos Anjos Mendonça tem uma rotina típica dos habitantes locais: é casado, tem duas filhas, trabalha como encanador industrial, adora uma boa partida de futebol e curte o carnaval como ninguém. Mas seu nome inusitado de 32 letras, seguido de um sobrenome duplo, sempre chamou atenção em sua cidade e se tornou motivo de orgulho.
A escolha do nome partiu de seu pai, que sempre apreciou nomes exclusivos e diferentes mas o significado sempre foi um mistério. “Ele sempre gostou de nomes exóticos e queria que eu tivesse um que fosse único. No início, era difícil para as pessoas pronunciarem, mas agora todos na cidade já se acostumaram”, conta Mendonça, que geralmente é chamado pelos amigos e pelos vizinhos de ‘Chachá’, uma versão abreviada e mais prática do seu nome completo.
A vida de Charlingtonglaevionbeecheknavare é cheia de anedotas divertidas relacionadas ao seu nome. Como aquela vez em que um atendente de telemarketing passou mais de cinco minutos tentando pronunciá-lo corretamente. Quando sua matrícula na escola teve que ser refeita porque seu nome não cabia no formulário ou mesmo quando precisou ir a Recife para criar o seu CPF. Apesar desses pequenos obstáculos, Chachá sempre levou a situação com bom humor. “Às vezes, é uma chatice, mas eu gosto do meu nome. É único, assim como eu”, afirma, rindo.
A história do nome mais longo do Brasil é uma curiosidade que transcende as fronteiras de Macau e chega a todo o país, refletindo a diversidade e singularidade da cultura brasileira. Nesse sentido, a figura de Charlingtonglaevionbeecheknavare dos Anjos Mendonça se torna um símbolo de uma nação que, em sua pluralidade, sempre encontra espaço para o único e o inusitado.
E o que Chachá aconselha para aqueles que se deparam com a singularidade de seu nome? “Sorriam e tentem pronunciar. É só um nome, afinal. E, se você não conseguir, pode me chamar de Chachá”, conclui com um sorriso.