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Dez shows. Esse era o plano inicial. Mas acabaram sendo 22 apresentações. Ao todo, 600.000 pessoas passaram por um portal e viveram a experiência Titãs Encontro, reconstituindo memórias e, ao mesmo tempo, construindo novas lembranças. E, assim que soaram os últimos acordes da turnê que reúne Arnaldo Antunes, Branco Mello, Charles Gavin, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto, o público demonstrou que não estava preparado para se despedir desse portal mágico. E nem os artistas! Idealizadoras da turnê, a 30e a Bonus Track Entretenimento anunciam, então, as últimas oportunidades para comparecer novamente ou para presenciar este espetáculo pela primeira vez. Agora, é Titãs Encontro – Pra Dizer Adeus. O grupo passará por cidades em que já se apresentou, mas também contemplará na agenda novos lugares.

“Desde a estreia do Titãs Encontro, sempre soubemos que este era um projeto com início, meio e fim. E não por falta de demanda, que, desde o anúncio da turnê, foi insana. Mas pela multiplicidade artística que existe em cada um dos integrantes”, comenta Guss Luveira, Vice Presidente de Marketing da 30e . “Essas novas datas serão realmente as últimas. Sem blefe, sem jogada de marketing. É, de fato, a última oportunidade ‘pra dizer adeus'”, ele complementa. Toda estrutura que fez da turnê Titãs Encontro algo revolucionário no showbiz brasileiro seguirá presente nas novas datas, como os telões de LED, as artes criadas para o espetáculo, a emocionante homenagem a Marcelo Fromer (por meio da participação de sua filha, Alice Fromer) e as músicas que marcaram gerações. O público, porém, pode esperar por novidades no repertório. “Só os Titãs seriam capazes de reunir na mesma esquina artística a música, a poesia, o teatro e o audiovisual. São esses elementos, além de toda performance, que fazem deste espetáculo algo grandioso, impactando várias gerações”, afirma Otavio Juliano, diretor artístico de Titãs Encontro, que complementa: “Os Titãs são artistas destemidos. É como o trapezista que não usa rede de proteção. Durante a turnê, percebi que, no caso deles, a rede de proteção era o público. Isso foi muito emocionante. Sem falar no legado que esse projeto vai deixar, mostrando que artistas nacionais merecem ter a estrutura que precisam para um espetáculo de alto nível”.

“Vamos matar as saudades e celebrar não apenas os 40 anos de Titãs, dos quais fiz parte nos dez primeiros, mas também os mais anos ainda de amizade” – Arnaldo Antunes

“Queremos reencontrar velhos amigos, tocar juntos, matar as saudades, relembrar boas histórias” – Branco Mello

“Este encontro é verdadeiro, é a materialização de algo raro: vamos tocar juntos, novamente” – Charles Gavin

“Tocar para diferentes gerações representa justamente a força da obra que criamos juntos” – Nando Reis

“A turnê é uma oportunidade de revisitar a potência da música dos Titãs” – Paulo Miklos

“Celebrar termos contribuído um com o outro para fazer nosso melhor é uma coisa muito bacana” – Sérgio Britto

“É uma vontade de reafirmar os 40 anos da criação da banda” – Tony Bellotto

Para mais informações e para comprar os seus ingressos, acesse:
https://www.eventim.com.br/event/titas-encontro-arena-das-dunas-17335386/

Paralisadas desde 2006, as obras do “Hotel da BRA” resultaram em um esqueleto de concreto abandonado, após alegações de prejuízo de R$ 50 milhões pelos proprietários. Apesar da determinação judicial para demolição, a empresa recorreu. Em 2008, o TRF-5 concedeu uma liminar para retomar a construção. Contudo, a Procuradoria-Geral do Município argumentou que, apesar de suspender a demolição, a decisão não revogava o embargo.

No mês de junho passado, diante da inação da NATHWF Empreendimentos S/A – a empresa responsável que deveria ter atendido à determinação – a Prefeitura de Natal, também ré no processo, propôs à Justiça que ela mesma executasse a decisão de demolir o 8º andar do prédio. Dependendo da decisão judicial, o imóvel poderá ser alienado a pedido do Município.

A Prefeitura de Natal acredita que há fortes indícios de a empresa não prosseguir com o projeto. Thiago Tavares de Queiroz, procurador-geral do Município, menciona que, após tentativas sem sucesso de contato com a NATHWF, está buscando autorização judicial. “Esse é um primeiro momento. Estamos trabalhando para ter o permissivo legal para que ele volte a tentar captar investimentos e voltar o projeto do hotel. Se o juiz der autorização, o Município vai realmente fazer a demolição desse andar”, enfatiza.

Se a demolição for aprovada, outras ações serão tomadas, afirma Tavares. “Quando se passa ali pela Via Costeira, aquilo é o sinônimo do atraso, um esqueleto daquele. Se a empresa continuar nessa inércia, a gente vai fazer com que haja as punições devidas, de repente adentrar o imóvel, fazer alienação judicial de alguém que tenha interesse em fazer a obra. O privado está prejudicando o público, toda uma cidade. Se não vier exercer o seu dever, após a demolição, o Município de Natal vai avançar com as medidas”, pontua o procurador-geral.

O conflito em torno do 8º andar do hotel iniciou-se em 2005, devido a duas ações civis públicas pelo Ministério Público Federal (MPF). De acordo com o processo, a NATHWF, que sucedeu a BRA, submeteu um projeto para uma área de 14.815 m², mas executou um completamente distinto, cobrindo 28.984 m². A construtora também começou a construção sem os devidos licenciamentos ambientais e alvarás para o novo plano, excedendo ainda o limite de altura de 15 metros estipulado pelo plano diretor daquele período.

Em 2017, a Justiça Federal ordenou que a empresa removesse o andar adicional e solicitasse o licenciamento apropriado para finalizar o hotel. O Município ficou encarregado de supervisionar o processo de licenciamento, considerando aspectos ambientais e regulamentos de construção válidos no início das obras. Contudo, entre as razões para o não cumprimento da decisão estão alegações do MPF de não ter sido notificado, tentativas de conciliação e a pandemia de Covid-19. Com a nova iniciativa da Prefeitura, o impasse do BRA parece caminhar para uma resolução.

O juiz federal Ivan Lira de Carvalho esclarece que o MPF se posicionou duas vezes acerca da situação. “São duas ações, uma pedindo que a justiça determinasse que a empresa e o município providenciassem a retirada dessa construção excedente e depois outra ação civil pública pedindo que fosse cancelado licenciamento para obra. Quer dizer, em uma pede para que seja feito uma adequação e em outra pede para que seja feita a retirada. São duas ações distintas, elas não estão conjugadas porque há distinção no que diz respeito ao pedido”, explica.”

O juiz Ivan Lira de Carvalho expressa que tem enfrentado obstáculos para encontrar representantes da empresa a fim de notificar sobre a proposta municipal. “Nós encontramos uma dificuldade de localizar o representante legal da construtora, ela tinha um preposto aqui, que visitava a nossa Vara com muita frequência, para saber o andamento, saber se precisava fazer algo, procurar o advogado. De repente, essa pessoa não é mais localizada, nossos oficiais de Justiça foram até o endereço que ela tinha cadastrado aqui, mas não encontraram. Ninguém dá notícia onde anda essa pessoa”, afirma o juiz titular da 5ª Vara Federal.

Se o destino é moldado pelas ações que tomamos ao longo do caminho, a jovem Victoria Barros, de meros 13 anos, está dando os passos certos rumo ao seu grande sonho: tornar-se uma tenista profissional e elevar o nome do Brasil nas competições mais prestigiadas do planeta.

Nascida na cidade do Natal, no Rio Grande do Norte, essa promissora potiguar já alçou voos além das fronteiras nacionais e, atualmente, aprimora suas habilidades na França, sob a orientação de Patrick Mouratoglou, treinador de renome que já colaborou com lendas do tênis, como Serena Williams. E parece que Victoria já está causando impacto: conquistou três títulos em suas primeiras três competições na Europa. Victoria conquistou o título nas três competições consecutivas em que competiu no Chipre, sendo duas em Limassol e uma em Larnaca. Aos 13 anos, superou adversárias que chegavam até os 18 anos e possuíam rankings notáveis. Apesar de sua idade, já está posicionada entre as 650 primeiras na categoria juvenil com uma extrema maturidade.

“Desde que cheguei aqui, notei uma grande evolução. Minha mãe sempre me diz: O que você pratica no treino, reproduz em jogo. Então, se sua preparação não é boa, é inútil. Se treinar diariamente, com intensidade e disciplina, naturalmente estará pronta para ótimos jogos e torneios. Reconheço a importância do ranking, mas idade ou posição não definem tudo. Eu não tinha um ranking estabelecido, mas fui lá e dei o meu melhor, assim como qualquer outra pessoa pode fazer. Seu desempenho vale muito mais do que sua reputação. Consegui ganhar os primeiros três torneios ITF, fiz uma pontuação muito boa, ganhando os três. Antes já havia a possibilidade de entrar na fundação do Patrick, e quando eu ganhei o primeiro torneio ITF eles já anunciaram oficialmente. Agora estou aqui na fundação dele.”

Com um golpe poderoso e uma inteligência aguçada nas quadras, Victoria Barros destaca sua constante concentração nos treinos, buscando aprimorar seu jogo tanto técnica quanto mentalmente. A jovem tenista de 13 anos admira Serena Williams e Roger Federer, mas também se inspira em nomes emergentes do tênis e na brasileira Beatriz Haddad Maia, que recentemente ascendeu ao top 10 de simples da WTA.

“As minhas inspirações no tênis sempre foram o Roger Federer e a Serena Williams. Infelizmente agora já deu o tempo deles, nada é para sempre né?! Então agora sou muito fã da Bia, muito fã. A Sabalenka também gosto bastante. No masculino eu gosto bastante do Alcaraz e do Holger Rune. Queria parabenizar e muito a Bia. O que ela está fazendo pelo tênis feminino brasileiro é incrível. Eu conheci pessoalmente, é uma pessoa muito trabalhadora. Tudo que ela está fazendo agora não foi fácil, exigiu muito trabalho para conseguir. Nosso tênis está evoluindo cada vez mais, o feminino principalmente, nunca foi tão famoso. A Bia agora top 10 do mundo, a Luisa e a Pigossi com a primeira medalha na Olimpíada, então o tênis está dando mais um passo agora no Brasil.”

Victoria Barros teve início no Beach Tennis

Embora seu amor seja pelo tênis, foi através do Beach Tennis, esporte com muitas semelhanças, que sua paixão se acendeu. Sempre acompanhada de sua mãe, sua principal aliada nesse início de jornada rumo ao topo, Victoria viajou pelo Brasil até cruzar caminhos com Patrick Mouratoglou, que se encantou por seu talento nas quadras. Ao relembrar sua trajetória até a França, ela valoriza cada memória e, acima de tudo, cada lição aprendida.

“Tudo começou com a minha mãe, ela sempre foi do esporte, sempre jogou vôlei, beach tennis, e eu sempre tive muito contato com ela. Foi do beach tennis que eu me interesse mais pelo tênis, fui lá na quadra conhecer e gostei do esporte, comecei a jogar. Em 2018 eu saí de Natal e fui para São Paulo, para o Instituto Tênis e lá eu fiquei oito meses, e foram oito meses muito bons, de aprendizado. Sempre com a minha mãe. Depois recebi uma proposta de Curitiba para ir ao Instituto Ícaro, e lá foram dois anos e meio, consegui evoluir, ter contato com pessoas muito boas. Depois voltei para São Paulo, para a Rede Tênis Brasil e lá fiquei cerca de um ano e meio, dois anos, e comecei a jogar torneios internacionais, a me destacar nesses torneios, ganhei meu primeiro de nível internacional – com destaque para um de atletas de 14 anos disputado nas quadras de Roland Garros -, e aí o Patrick (Mouratoglou) foi ao Brasil (em visita ao Brasil em 2021), mas no primeiro dia a gente não teve muito contato. No segundo ele me mandou uma mensagem perguntando se eu queria ir treinar com ele por uma hora e meia, e eu não ia falar não (risos). Era uma oportunidade muito grande, fui lá treinar com ele e foi assim que tudo começou. Depois de alguns torneios a gente decidiu vir pra França, foi uma decisão muito difícil, mas valeu muito a pena. Estou conseguindo evoluir bastante. Chegamos na França em janeiro, já estou no quinto mês aqui, trabalhando bastante, já consegui ganhar bons torneios. É tudo muito novo para mim, mas já estou me acostumando. Evoluindo bastante, aproveitando o momento.”

Mesmo com sua tenra idade, Victoria demonstra uma maturidade impressionante ao abordar um tema lamentavelmente persistente no mundo dos esportes: a luta contra o racismo. Negra, oriunda do nordeste e atuando em um esporte frequentemente visto como de acesso restrito, mesmo com vários projetos sociais em vigor, a jovem potiguar de 13 anos expressou suas opiniões sobre a questão e fez questão de destacar a postura de Vinicius Jr. diante das situações vivenciadas durante a temporada na Espanha.

A ascensão de Victoria Barros no mundo do tênis não é apenas uma conquista pessoal, mas também um triunfo para o esporte brasileiro. Em um país onde o tênis muitas vezes fica à sombra do futebol, a trajetória de Victoria prova que o Brasil tem potencial para brilhar em diversas modalidades esportivas. Para os fãs potiguares e brasileiros, o futuro parece brilhante, e o nome “Victoria Barros” é, sem dúvida, um nome a ser lembrado nas próximas temporadas. A estrela potiguar está apenas começando sua jornada, e o mundo do tênis está ansiosamente aguardando seu próximo movimento.

O Ceará encabeça o ranking com impressionantes 103 equipes, enquanto Bahia, Minas Gerais e Pernambuco empatam com 32 equipes cada. São Paulo vem logo atrás com 28 equipes, e o Rio Grande do Norte com 20. Do total de equipes potiguares, 17 são do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), representando campi em Apodi, Lajes, Mossoró, Natal-Central e Pau dos Ferros.

“É uma construção de conhecimentos que vão sempre se entrelaçando e se mostrando cada vez mais importantes para chegar à final. Para a gente, o processo foi e é encantador, pois a Olimpíada realmente nos instigou durante todos os meses de participação e nos proporcionou a formação de amizades nessa trajetória”, analisa a estudante Luma Câmara, que integra a delegação potiguar.”

Das 17 equipes finalistas do IFRN, nove pertencem ao Campus Pau dos Ferros, sob a coordenação dos professores Lucas Chnaiderman e Gabriel Oliveira. O sucesso e a crescente popularidade da Olimpíada Nacional em História do Brasil são evidentes, com um aumento no número de inscritos a cada ano. Para a final, foram selecionadas 340 equipes nacionais. Em sua 15ª edição, a Olimpíada registrou um recorde com 30,5 mil grupos inscritos.

Como é a Olimpíada Nacional em História do Brasil?

Cada equipe é composta por um professor de História e três alunos, oriundos do Ensino Fundamental (8º e 9º anos) ou Médio, de escolas públicas ou privadas. A ONHB é dividida em seis etapas online, realizadas entre maio e junho, e cada uma dura uma semana, incluindo questões de múltipla escolha e tarefas variadas. O escopo das perguntas abrange, além de tópicos sobre a História do Brasil, temas interdisciplinares como geografia, literatura, arqueologia, patrimônio cultural e atualidades, entre outros. A Olimpíada integra o edital ‘Vagas Olímpicas’ da Unicamp, permitindo que, conforme sua performance, os competidores tenham a chance de disputar duas vagas no curso superior de História da Unicamp, sem a necessidade de prestar vestibular.

Confira o nome das equipes do Rio Grande do Norte na final:

João Fernandes Campos Café Filho, nascido em Natal no dia 3 de fevereiro de 1899, foi um renomado advogado e político brasileiro. Ele se destacou como o 18º presidente do Brasil, ocupando o cargo de 24 de agosto de 1954 até 8 de novembro de 1955. Antes disso, entre 1951 e 1954, exerceu a função de 13º vice-presidente brasileiro e, simultaneamente, presidiu o Senado Federal. Café Filho tem a distinção de ser o único natalense e o primeiro protestante a assumir a presidência brasileira. Junto com Ernesto Geisel, são os únicos presidentes protestantes do país. Além disso, ele foi o primeiro presidente nascido após a Proclamação da República.

Nascido no Rio Grande do Norte, Café Filho começou sua carreira como jornalista na juventude. Entre os anos de 1918 e 1919, destacou-se como o primeiro goleiro do Alecrim Futebol Clube. Ele detém a notável distinção de ser o único presidente brasileiro que atuou como jogador de futebol em competições adultas. Na esfera política, Café Filho esteve ativamente envolvido na campanha da Aliança Liberal em 1930. Em 1933, fundou o Partido Social Nacionalista (PSN) no Rio Grande do Norte. Anos depois, associou-se à criação do Partido Social Progressista, ligado a Ademar Pereira de Barros. Foi eleito deputado federal em 1934 e 1945.

No entanto, seu ativismo político não foi sem desafios. Em face de suas constantes denúncias na Câmara sobre a possibilidade de um golpe, Café Filho enfrentou represálias. Em 14 de outubro de 1937, sua casa foi alvo de uma invasão policial e seu cunhado, Raimundo Fernandes, foi detido. Para evitar sua própria prisão, Café Filho se manteve em ocultação até 16 de outubro. Com a ajuda do deputado José Matoso de Sampaio Correia, conseguiu asilo político na embaixada da Argentina e, posteriormente, exilou-se no país vizinho de novembro de 1937 a maio de 1938.

Café Filho nas eleições de 1950

No pleito de 1950, Ademar de Barros, governador de São Paulo e líder do Partido Social Progressista (PSP), condicionou seu apoio à candidatura presidencial de Getúlio Vargas à indicação de Café Filho para a vice-presidência. Essa imposição encontrou resistência em Getúlio, uma vez que Café Filho era visto com desconfiança por militares e pela igreja católica, por ser percebido como um político de inclinações esquerdistas. Em sua trajetória, Café Filho se opôs à aplicação da Lei de Segurança Nacional em 1935 e, em outubro de 1937, posicionou-se contra o estado de guerra proposto com base no Plano Cohen, um documento falso usado para justificar a instauração da ditadura do Estado Novo. No parlamento, advogou contra a anulação do registro do PCB e a cassação dos mandatos dos parlamentares comunistas. Era também um fervoroso defensor da legalização do divórcio.

Incomodado com a hesitação de Getúlio, Ademar foi incisivo em sua mensagem à mídia: “A eleição de Vargas depende do PSP”, declarou. E, de forma determinada, acrescentou: “A candidatura do Café Filho a vice-presidente será mantida, independentemente dos obstáculos”. Diante dessa pressão, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) só oficializou a candidatura de Café Filho junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na data limite para o registro eleitoral. Mesmo formando a mesma chapa, a desconfiança entre Getúlio e Café Filho permaneceu evidente.

Em 1950, as votações para presidente e vice-presidente eram separadas. Ainda assim, Café Filho sagrou-se vitorioso na corrida pela vice-presidência, superando o segundo colocado, Odilon Duarte Braga da União Democrática Nacional (UDN), por uma margem de 200 mil votos. Adicionalmente, Café Filho foi reeleito como deputado federal pelo Rio Grande do Norte (conforme permitido pela legislação eleitoral da época). Ele se destacou ao receber mais de 19 mil votos, superando renomados políticos do estado, como Aluízio Alves, Djalma Marinho, Valfredo Gurgel, Jerônimo Dix-huit Rosado e José Augusto Bezerra de Medeiros.

Café Filho como vice-presidente do Brasil

Durante seu mandato como vice-presidente do Brasil, Café Filho também desempenhou o papel de presidente do Senado Federal de 1951 a 1954. Em reconhecimento ao seu serviço e mérito, foi homenageado com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, uma honraria portuguesa, em 20 de setembro de 1951.

No cenário de instabilidade que se seguiu ao atentado da rua Tonelero, o Brasil enfrentou uma intensa crise política. Em meio a essa turbulência, Café Filho propôs a Getúlio Vargas que ambos entregassem seus cargos ao mesmo tempo, possibilitando a formação de um governo interino de coalizão. Vargas, ponderando a proposta, buscou o conselho de amigos, inclusive o ministro da justiça, Tancredo Neves. Neves aconselhou Vargas a descartar a sugestão, considerando-a uma estratégia astuta de Café Filho. Após refletir, Getúlio comunicou a Café Filho sua decisão de permanecer no cargo. Em resposta, Café Filho declarou que, uma vez que sua sugestão foi recusada, ele não se sentia mais compelido a manter sua lealdade inabalável a Getúlio e ressaltou: “Se por algum motivo o senhor deixar este palácio, é meu dever constitucional assumi-lo”.

Café Filho foi presidente do Brasil

Após o trágico suicídio de Vargas em 24 de agosto de 1954, Café Filho assumiu a presidência, mantendo-se no cargo até novembro de 1955. Em abril daquele ano, ele foi honrado com a Grã-Cruz da Banda das Três Ordens. Durante seu mandato, destacou-se pela adoção de políticas econômicas liberais, lideradas pelo economista Eugênio Gudin. Este era um firme defensor de medidas econômicas ortodoxas e propôs a redução de gastos públicos, o limite de crédito, a criação de uma taxa única de eletrificação e a retenção automática do imposto de renda sobre salários, sempre visando combater a inflação.

Contudo, divergências surgiram e, em abril, Gudin renunciou. As razões incluíam descontentamentos locais com as políticas cambiais e demandas políticas do governador de São Paulo, Jânio Quadros. O sucessor de Gudin foi José Maria Whitaker, que enfrentou desafios significativos em sua gestão, resultando em sua renúncia em outubro de 1955. Mário Leopoldo Pereira da Câmara assumiu o posto até janeiro do ano subsequente.

Conforme registros da Presidência, seu governo teve outras realizações notáveis, como a criação da Comissão para determinar o local da nova capital federal, a inauguração da usina hidrelétrica de Paulo Afonso e o estímulo ao investimento estrangeiro, impulsionando o processo de industrialização do país. Visando a coesão e o apoio parlamentar, Café Filho sempre enfatizava o caráter temporário de sua gestão e sua falta de ambições políticas maiores. Seu mandato foi, assim, marcado por uma postura conciliatória, contando com a colaboração de militares, empresários e políticos.

Em novembro de 1955, Café Filho teve que se afastar da presidência por problemas de saúde. Em seu lugar, assumiu Carlos Luz, presidente da Câmara, que foi rapidamente deposto após tentar barrar a posse do presidente eleito, Juscelino Kubitschek.

Após sua passagem pela presidência, Café Filho dedicou-se ao ramo imobiliário no Rio de Janeiro. Em 1961, a convite do governador Carlos Lacerda, aceitou a posição de ministro no Tribunal de Contas da Guanabara, onde atuou até sua aposentadoria em 1969. Café Filho faleceu no Rio de Janeiro em 20 de fevereiro de 1970. Em suas memórias, ele confessou: “Admito que não estava preparado para ser presidente, e acredito que ninguém realmente esteja”. Sua partida foi lamentada por diversas personalidades, incluindo o almirante Augusto Rademaker, vice-presidente do Brasil na época, e Bento Munhoz da Rocha, ex-governador do Paraná, que expressou seu pesar dizendo que sentia a perda “como a de um inestimável aliado”. Café Filho foi enterrado no Cemitério de São João Batista, situado no Rio de Janeiro.

Talita Cipriano (Fat Family) e Lí Martins Grupo Rouge) interprete de juntas atuarão no show “Uma Saudação às Divas” com direção e criação de Rafael Mello.

O espetáculo que é sucesso de publico por onde passa, já foi assistido por mais de 100 mil pessoas e está cheio de novidades, o diretor afirma que os figurinos serão replicas idênticas usados antes por Whitney e Céline e conta com um grande elenco de Cantores e Músicos.

O espetáculo promete muita emoção com Banda ao vivo, Bailarinos e mais de 50 trocas de figurinos, além de peças originais usados pelas grandes Divas vindo de New York.

Intérpretes: Lí Martins e Talita Cipriano
Produção: Danielson Maroto
Direção e Criação: Rafael Mello
Assessoria: LMenezesassessoria
Direção Musical: Lucas Silva

Para mais informações e para comprar os seus ingressos, acesse:
https://uhuu.com/evento/rn/natal/uma-saudacao-as-divas-11672

Duração: 70 minutos.
Classificação: 12 anos. Acesso de crianças e adolescentes ao Teatro: desacompanhados dos pais ou responsáveis legais somente maiores de 18 anos. O Alvará de Disciplinamento da 1a Vara da Infância e da Juventude com outra indicação será divulgado na data do recebimento

Consegue identificar a bicicleta na imagem acima? Está posicionada logo abaixo do homem de cabelos acaju, o renomado Kid Lima. Detentor de quatro recordes no Guinness Book por manobrar a bicicleta mais minúscula do mundo, este brasileiro é reconhecido como um dos maiores equilibristas em duas rodas globalmente. Contudo, paradoxalmente, foi ofuscado em seu país.

Frank Sinatra já presenciou Ava Gardner, Marilyn Monroe e Lauren Bacall sem vestimentas. Já assistiu a Martin Luther King derramando lágrimas enquanto ele entoava “Ol’ Man River”, um hino contra o racismo. E até já se emocionou com 170 mil brasileiros cantando “My Way” em um Maracanã abarrotado. Contudo, nada se comparava àquilo. Estávamos em 1988, no luxuoso hotel Fointanebleau em Miami. A celebração? Uma campanha de arrecadação para o Haiti, que reuniu as grandes estrelas do entretenimento. E o destaque? Um adulto equilibrando-se em uma bicicleta de míseros 6 cm (sim, menor que uma caixa de cigarros). Era o ápice da performance do artista brasileiro Kid Lima, o mágico do ciclismo.

“Na plateia, Sinatra, Michael Jackson e Julio Iglesias aplaudiam entusiasmados. Após a apresentação, Sinatra se aproximou e compartilhou que jamais tinha presenciado algo tão único quanto o meu ato”, relata Lima, direto de sua residência em Las Vegas. Se até Sinatra, com toda sua experiência na indústria do entretenimento, estava surpreso, era porque realmente aquele feito era inédito. E permanece sendo. Kid Lima conquistou um espaço no Guinness Book, o Livro dos Recordes, em quatro ocasiões, sempre como o ciclista das menores bicicletas do mundo – a mais pequena delas, com apenas 6 cm, foi fruto de sua própria engenhosidade.

Euclides Medeiros de Lima dedicou sua vida a manter o equilíbrio sobre duas rodas. Nascido em Natal, no Rio Grande do Norte, ele é o sexto de nove irmãos e filho de um mecânico. Em sua juventude, era frequentador assíduo das apresentações circenses que visitavam sua cidade, sendo os números de bicicleta os que mais capturavam sua atenção. Armado com as habilidades adquiridas na oficina de seu pai, Euclides recriava proezas complexas – como desmontar sua bicicleta em movimento até que restasse apenas uma roda – ao se apresentar nas ruas de Natal.

Aos 13 anos, o jovem autodidata Euclides exibiu seus talentos acrobáticos ao proprietário do renomado circo Tihany, que prontamente o convidou a integrar a equipe. Sem que sua família soubesse, pegou um ônibus rumo a Fortaleza para reunir-se ao grupo circense. Ao tomar conhecimento da fuga do filho, seu pai acionou o Juizado de Menores e enviou o irmão mais velho de Euclides para buscá-lo. Após seu retorno, enfrentou uma severa reprimenda por parte do pai, que determinou que ele só deixaria o lar aos 18 anos, após concluir, no mínimo, o ensino secundário. Contudo, apenas um ano mais tarde, Euclides conseguiu persuadir sua mãe a fornecer-lhe dinheiro para uma passagem aérea até o Rio de Janeiro, mantendo essa decisão em segredo do pai.

Ao desembarcar na então capital brasileira, trazendo consigo sua fiel bicicleta, Euclides foi ao encontro do renomado palhaço Carequinha, a grande estrela circense daquele 1958. Após demonstrar sua performance, foi imediatamente contratado pelo aclamado artista, que sugeriu uma pequena alteração: “O nome ‘Euclides’ não vai funcionar! A partir de agora, você será conhecido como Kid Lima”. Em pouco tempo, Kid Lima já estava se apresentando no programa televisivo de Carequinha e viajando pelo Brasil sob a asa protetora do circo. “Ele me tratava como se fosse seu próprio filho”, relembra. Durante essa fase, Kid deixou de lado outra de suas paixões: a luta livre.

Após sua experiência com Carequinha, Kid Lima explorou outros palcos renomados, incluindo os circos de Jarbas Olimecha e Franz Tihany. Também marcou presença nos programas televisivos de figuras como Arrelia, Flávio Cavalcanti, Moacyr Franco, Hebe Camargo, entre outros. “Jarbas foi quem me instruiu que não era suficiente apenas apresentar meu ato; eu precisava entender de vestuário, saber como me comunicar com o público e tornar o espetáculo mais envolvente. Ele sugeriu, por exemplo, que eu posicionasse a bicicleta sobre o banquinho de um elefante”, relembra Kid. “Quando Kid chegou ao Rio, já dominava a bicicleta com maestria. No entanto, seu visual ainda era bem simples, usando camisetas de times de futebol”, comenta Luiz Olimecha, sobrinho de Jarbas e fundador da Escola Nacional de Circo.

Pouco tempo após sua chegada ao Rio, Kid já se aventurava em terras estrangeiras, partindo com a bênção de sua mãe para um espetáculo em um cassino de Mar del Plata. Esse foi o ponto de partida para uma extensa e aclamada jornada internacional, englobando quase todos os países da América Latina, Europa e Ásia. Sua carreira incluiu uma residência de 12 anos no Japão e períodos significativos em Las Vegas, com apresentações em renomados cassinos como Caesar Palace, MGM e Tropicana. “Tenho registros de 162 nações em meus passaportes. E domino oito idiomas, incluindo o japonês”, declara Kid com orgulho, um autodidata que cursou apenas até a quinta série. “Me apresentei duas vezes no show do Ed Sullivan, palco onde os Beatles fizeram sua estreia nos EUA. Em Tóquio e Las Vegas, sou frequentemente reconhecido e abordado para autógrafos.”

Durante as décadas de 60 e 70, Kid Lima já havia consolidado sua posição como um dos mais destacados equilibristas em bicicleta do planeta, introduzindo novidades, como uma manobra onde a bicicleta era erguida sobre um pedestal. Porém, foi no início da década de 80 que ele desenvolveu seu ato mais icônico: a pedalada em uma minibicicleta (para ter noção do feito, é recomendável assistir a este vídeo). Inicialmente, a bicicleta media 30 cm, o que já lhe garantiu uma menção no Guinness Book. Com o passar do tempo, a bicicleta foi ficando ainda menor, proporcionalmente ao aumento da popularidade do ato. Kid ainda adicionou um elemento cativante: ele desafiava alguém da plateia a tentar pedalar a minibicicleta, oferecendo um prêmio que podia alcançar US$ 20 mil. “A pessoa geralmente acaba caindo, e a plateia se diverte à beça”, comenta Kid, rindo da própria criação mesmo após três décadas de apresentações.

Sem dúvida, Kid Lima é um nome que ficará para a história, não apenas do ciclismo, mas como um símbolo de determinação e sucesso.

Inaugurado em 1951, este farol, com seus 37 metros de altura, não é apenas uma estrutura de concreto e luz. Ele é um monumento à história de uma mulher de nome Luiza, mais conhecida como Mãe Luiza, que teria sido uma das primeiras moradoras do local onde o bairro que leva seu nome está localizado. Conta a lenda que ela era uma parteira, lavadeira e líder comunitária amplamente respeitada na região, conforme diferentes relatos.

Localizado em uma das áreas mais elevadas da cidade, o farol permite uma vista panorâmica incrível de Natal. Dali, é possível enxergar o contraste entre a urbanização e a preservação da natureza, particularmente das dunas que compõem a paisagem local. O farol foi tombado pela Fundação José Augusto por sua importância cultural para o Estado do Rio Grande do Norte.

Erguida em forma cilíndrica e composta por tijolos, esta torre destaca-se por sua lanterna e dupla galeria. A estrutura de concreto iniciada em 1949 e finalizada dois anos mais tarde é acompanhada por uma escadaria em espiral com 151 degraus. Do seu topo, os visitantes podem apreciar a deslumbrante vista da praia de Areia Preta e, em dias claros, é possível vislumbrar as praias de Genipabu e Ponta Negra. O farol, sob administração da Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte, irradia lampejos de luz em intervalos de 12 segundos, cobrindo uma distância de 44 quilômetros. Devido à sua relevância, a imagem do Farol de Mãe Luiza já foi utilizada como logomarca da Prefeitura Municipal do Natal.

O Farol de Mãe Luiza é mais do que um local turístico; é uma homenagem viva à cultura potiguar. As comunidades ao redor, em especial a Comunidade de Mãe Luiza, são um testemunho da força e da resistência do povo de Natal. Ao longo dos anos, a área enfrentou e superou inúmeros desafios socioeconômicos, sempre com o farol servindo de constante lembrete da luz que guia mesmo nas noites mais escuras. Recentemente, o farol passou por um processo de restauração, garantindo sua preservação para as futuras gerações. As autoridades locais e os moradores reconhecem sua importância não apenas como um marco náutico, mas como uma joia cultural e histórica.

Nesta sexta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou o Novo PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, que destinará R$ 45,1 bilhões para projetos e serviços no Rio Grande do Norte, conforme informado pelo governo federal. Dentro do programa para o estado, destacam-se projetos como a duplicação de segmentos da BR-304, a edificação de um novo Hospital de Urgências e Emergências especializado em Trauma e Neurocirurgia em Parnamirim, situado na região metropolitana de Natal. Além disso, inclui-se a construção de residências pelo programa Minha Casa, Minha Vida e iniciativas hídricas, como a Barragem de Oiticica, o Ramal do Apodi e a adutora do Agreste potiguar.

O plano prevê a edificação de unidades básicas de saúde e a retomada de construções em escolas e creches em diversos municípios do Rio Grande do Norte. O programa abrange a continuação de obras interrompidas, aceleração de projetos em curso e o início de novos empreendimentos. Um exemplo é o hospital de Parnamirim, um projeto anteriormente divulgado pelo governo estadual, mas que ainda não teve suas obras iniciadas.

Em relação à Barragem de Oiticica, a construção, que teve início em 2013, encontra-se em andamento e está situada em Jucurutu, no Oeste potiguar. Espera-se que, ao ser finalizada, tenha capacidade para conter cerca de 590 milhões de metros cúbicos de água, beneficiando 43 municípios e aproximadamente 800 mil pessoas. Apesar de ter 90% de seu projeto concluído, a finalização da barragem foi adiada de 2022 para dezembro de 2023 devido à falta de recursos, conforme informações do governo estadual. Além disso, entre os projetos em curso contemplados no programa, está a duplicação da Reta Tabajara, localizada na BR-304, em Macaíba. Outros segmentos dessa rodovia também estão incluídos no plano. Há ainda a previsão de construção da BR-104, que conectará Macau à Paraíba.

Conforme informações do governo federal, o Novo PAC tem previsão de aporte de aproximadamente R$ 1,68 trilhão em todos os estados brasileiros. Desse montante, mais de R$ 1,3 trilhão serão investidos até 2026 e um valor superior a R$ 300 bilhões após esse ano. A origem dos recursos compreende o orçamento geral da união, aportes de empresas estatais, financiamentos e contribuições do setor privado. A estrutura do Novo PAC é baseada em diretrizes institucionais e se divide em nove principais Eixos de Investimento.

Como será feito investimento em cada área no Rio Grande do Norte:

Inclusão digital e conectividade: Propõe-se a fornecer internet de alta performance para todas as instituições educacionais públicas e centros de saúde. Adicionalmente, enquanto se promove a expansão da tecnologia 5G, haverá a implementação de rede 4G em estradas e áreas mais isoladas. Para este propósito, o estado receberá um investimento de R$ 3 bilhões.

Saúde: O plano inclui a edificação de novas unidades de saúde básicas, policlínicas, maternidades e a aquisição de ambulâncias adicionais visando ampliar o acesso a cuidados especializados. Há também previsão de investimento no setor industrial de saúde, buscando robustecer a disponibilidade de vacinas e hemoderivados, bem como a implementação da telessaúde, otimizando a qualidade do atendimento ao público em todas as instâncias. O aporte financeiro previsto para o estado é de R$ 6,3 bilhões.

Educação, ciência e tecnologia: O foco é na edificação de creches, implementação de escolas de período integral, e na atualização e ampliação de Institutos e Universidades Federais. O montante destinado a essas iniciativas no estado é estimado em R$ 14,8 bilhões.

Educação, ciência e tecnologia: As ações priorizam a construção de creches, a introdução de escolas em tempo integral e a renovação e expansão de Institutos e Universidades Federais. O investimento planejado para estas medidas no estado é de aproximadamente R$ 14,8 bilhões.

Cidades sustentáveis e resilientes: O projeto visa à edificação de novos lares pelo programa Minha Casa Minha Vida, além do financiamento para compra de propriedades. Há ainda um compromisso com a renovação sustentável da mobilidade urbana, a requalificação de favelas, melhoria do saneamento básico, gestão eficiente de resíduos e ações de prevenção a deslizamentos e inundações. O aporte financeiro para essas ações no estado alcança R$ 2,1 bilhões.

Água para todos: O objetivo é assegurar o fornecimento de água limpa e abundante para todos, inclusive nas regiões mais isoladas, além de promover a revitalização de bacias hidrográficas e medidas conjuntas para preservar, conservar e restaurar recursos hídricos. O aporte destinado a estas iniciativas no Rio Grande do Norte é de R$ 6,5 bilhões.

Transforme eficiente e sustentável: Investimentos direcionados a rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias, buscando otimizar os custos de produção doméstica e ampliar a competitividade brasileira no cenário internacional. Para o Rio Grande do Norte, o montante estimado é de R$ 2,3 bilhões.

Transição e segurança energética: Através do programa “Luz para Todos”, o Novo PAC almeja alcançar uma cobertura total no Nordeste e acelerar o atendimento a comunidades remotas na Amazônia Legal. Também estão previstos aportes no pré-sal para ampliar a produção de derivados e combustíveis sustentáveis no país. Este eixo tem como objetivo assegurar a diversificação da matriz energética, garantindo, assim, segurança e eficiência para o Brasil. No Rio Grande do Norte, o valor destinado é de R$ 3,5 bilhões.

Inovação para a indústria da defesa: Modernizar o país com tecnologias avançadas e fortalecer a capacidade defensiva nacional. O montante alocado para o estado é de R$ 6,3 bilhões.

Estes investimentos têm o potencial de transformar a economia do Rio Grande do Norte, gerando empregos, fortalecendo a infraestrutura e melhorando a qualidade de vida de sua população.

De acordo com reportagem do Diário de Natal, publicado no dia 01 de dezembro de 1976, o trecho diz na primeira página: “Morro do Careca tem dono. Desde 1920 é aforado a D. Amélia”.

A matéria dizia: “As dunas do Morro do Careca não pertencem mais ao Estado. Essa verdade foi constatada ontem pelo Diário de Natal ao confirmar a existência de uma velha carta de aforamento, datada de 1920, onde a Sra. Amélia Machado, a Viúva Machado, é dona de pelo menos 600 hectares, desde o mar até a Barreira do Inferno, nos limites com Pirangi. Na sua casa, a Viúva Machado não pode falar sobre suas terras, mas familiares confirmaram que encontraram a velha carta de aforamento e que a Prefeitura e o Governo do Estado já estão informado. O advogado da família, Sr. César Cabral, vai discutir o assunto com o Governo do Estado, em termos de indenização, já que a própria família defende a preservação da área apoiando o Diário de Natal.”

Confira a reprodução da matéria

O Morro do Careca e parte da Barreira do Inferno são de propriedade da Sra. Amélia Duarte Machado, de acordo com velhos documentos dos idos de 1920, que comprovam o título de posse de uma área de cerca de 600 hectares, no trecho entre a praia de Ponta Negra e o município de Eduardo Gomes (atualmente Parnamirim). Por se encontrar enferma — submeteu-se a uma cirurgia no fêmur e seus 94 anos não permitem maiores esforços, a Sra. Amélia Machado não pôde atender a reportagem do Diário de Natal, no seu casarão estilo neoclássico, ao lado da igreja do Rosário. Alguns parentes, contudo, afirmaram que “as terras são da viúva Machado”.

O problema da posse do Morro do Careca surgiu há alguns meses, mas somente foi denunciado há menos de 60 dias, por uma solicitação do Sr. Daniel Gosson, junto ao Departamento de Divisão de Terras da Secretaria da Agricultura. Pretendia o requerente executar um projeto de “reflorestamento” no local. Com a ameaça de graves prejuízos à ecologia da cidade, o governador Tarcísio Maia declarou que não permitiria mais nenhum tipo de construção ao longo dos Morros de Natal, e que todas as terras seriam consideradas de interesse público. Àquela data, o governador ainda não sabia que as terras pertenciam à Viúva Machado.

Segundo informações de alguns parentes da Viúva Machado, antes de solicitar a carta de aforamento o Sr. Daniel Gosson entrou em contatos com a proprietária das terras, querendo fazer um negócio. Nenhum negócio foi feito nem os documentos mostrados ao interessado, que imediatamente entrou com o requerimento, pois acreditou que as terras pertenciam ao Governo do Estado. Quando todos acreditavam que o problema do Morro do Careca havia sido solucionada, a Sra. Amélia Machado buscou em seus velhos documentos algumas plantas daquela área e constatou que as terras lhes pertencia, como também grande parte da Barreira do Inferno. O advogado Sr. César Cabral está de posse de todos os velhos documentos. Pretende a família acertar tudo com o governador Tarcísio Maia, “sem conflitos de interesse, pois não somos políticos nem estamos com intenção de brigar desnecessariamente”, declarou o Sr. Humberto Micussi, filho adotivo da Viúva Machado, acrescentando que “sabemos da necessidade de preservar aquela área verde. O governador está certo”.

O advogado César Cabral, que se encontra em viagem, logo que retorne encontra em viagem, logo que retorne entrará novamente em contato com o Sr. Luiz Liberato, responsável pelo Departamento da Divisão de Terras da Secretaria de Agricultura do Estado, visando à realização de uma reunião com o governador do Estado, quando então seria definida qual a solução para o impasse.

Informaram ainda os parentes da Viúva Machado que a maioria daquelas terras pertencia à família, mas algumas áreas foram loteadas, há alguns anos. Em nenhum momento, pensou-se em lotear o Morro do Careca para fins imobiliários, nem mesmo com as ofertas feitas pelo Sr. Daniel Gosson. Preferiram esperar mais alguns tempos. Relembra o Sr. Humberto Micussi que há muito anos, “quando o Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales ainda era padre”, uma considerável área foi doada pela família Machado, ao então padre, para ele construir um local para retiros religiosos, que tempo depois também seria transformado em casa de Hóspedes. As terras realmente pertencem à Sra. Amélia Duarte Machado, segundo os velhos documentos. O governador Tarcísio Maia foi taxativo em declarar que toda a área seria considerada de interesse público. A área vive constantemente ameaçada pela invasão de posseiros e a cidade necessita de áreas verdes, para que sua ecologia não seja prejudicada.

Somente com a chegada do advogado da Viúva Machado e do governador Tarcísio Maia, – este último se encontra em Brasília, onde manteve contatos com o presidente Ernesto Geisel – é que será solucionado o caso do Morro do Careca. “Solução?”. Encontraremos nos contatos, que vamos manter com o governador. Só não queremos criar conflitos, concluiu um dos parentes.

Na verdade, a Viúva Machado foi tapeada

Matéria publicada no Diário de Natal afirma que as terras realmente eram do Estado e a Viúva Machado não teria o direito as terras:

Mesmo que a Sra. Amélia Machado tenha documentos que comprovem a posse do Morro do Careca e parte das terras da Barreira do Inferno, a gleba pertence ao Estado, porque nenhum tributo foi pago pela família, desde que conseguiu a carta de aforamento, no início do século. Segundo o secretário da Agricultura, Sr. Moacir Duarte, as terras devolutas mesmo que estejam aforadas só prevalece o direito de aforamento visando a utilização agro-pastoril. “O aforamento configura apenas o domínio útil da gleba e não o domínio pleno”, disse. Hoje as terras do Morro do Careca pertencem, portanto, ao Governo do Rio Grande do Norte. Além disso, tanto que a fiscalização para impedir a subida do morro tem o monitoramento da Polícia Ambiental e o Instituto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (IDEMA).